Post do Leitor: A história do pombo correio e sua utilidade em cenários de crise

Quem os vê nas cidades hoje em dia, sujando monumentos, calçadas e por vezes as nossas cabeças não imagina a versatilidade e incríveis qualidades dessa ave. “Ratos com asas”, “praga urbana” são alguns dos apelidos que o pombo “conquistou” ao longo dos anos. Imóveis abandonados, comida à vontade e a falta de predadores fez com eles se proliferassem sem controle no ambiente urbano e hoje podem ser encontrados em praticamente todas as nossas cidades.

cidade

E sim, eles transmitem doenças, mas há muito mais mito e má informação do que verdade por trás dessas afirmações passadas de pai pra filho e geração em geração. A grande maioria dos casos registrados são de criadores que mantinham muitas aves em espaços pequenos, escuros e sem nenhum tipo de ventilação e higiene. Não existe uma doença exclusiva que os pombos carreguem, qualquer animal pode transmitir doenças ao homem se não forem respeitadas regras de higiene na criação. Sol no pombal, limpeza e higiene são suficientes para minimizar o risco de qualquer contágio a praticamente zero.

pombal bem cuidado

Pombal bem cuidado

O que a maioria das pessoas não conhece é a estreita relação que essa ave tem com o ser humano há milhares de anos. Com um incrível senso de direção e capacidade de sempre retornar ao seu ponto de origem, não demorou muito para o homem usar essa habilidade a seu favor. Reis, faraós, generais e imperadores souberam aproveitar esta habilidade, de Júlio Cesar em Roma aos generais na Segunda Guerra Mundial.

Após a invenção de meios de comunicação mais modernos como telégrafo e o telefone o serviço de pombo-correio ficou obsoleto e hoje em dia a criação é voltada para o esporte. Existem clubes espalhados pelo mundo organizando corridas que por vezes movimentam muito dinheiro e apostas.

As pessoas sempre perguntam: Como eles sabem para onde devem ir? E a resposta é… eles não sabem! Eles apenas conseguem voltar ao ponto onde nasceram e foram criados, não importando o local ou direção onde sejam soltos. Distâncias de até 800km não são incomuns nas competições, existem casos registrados de mais de 1200Km percorridos por esses verdadeiros maratonistas do reino animal.

Vou dar um exemplo de como era usado em grande escala pelas civilizações antigas. No império romano que tinha um território gigantesco, haviam pombais intercalados por todo o império. Funcionava em linha. Por ex: pontos: A > B > C > D. Cada pombal mantém, vamos supor, dez pombos do pombal mais próximo. Esses ficam presos e não saem para voar. Quando o pombal D precisa enviar uma mensagem ao pombal A, ele coloca a mensagem em um (ou mais) pombo do pombal C, a mensagem chegando ao ponto C eles a retransmitem ao ponto B e esses na sequência a retransmitem ao ponto A. Considerando a distância entre 500 e 1000Km entre cada ponto e que o pombo poderia fazer essa distância em apenas um dia, era absurdamente mais rápido do que enviar um mensageiro à cavalo.
Nas guerras mais recentes como primeira e segunda guerra mundiais o pombo correio também foi usado! Havia um soldado ou um grupo responsável por essa comunicação entre a frente de batalha e o QG.

soldado carregando

Quando os alemães perceberam que as comunicações principais estavam passando através dos pombos e não pelos rádios que eles estavam monitorando 24hr/dia eles trataram de contra atacar criando falcões para abater os pombos, foi uma guerra a parte. Os alemães aperfeiçoaram tanto a técnica de contra ataque que os falcões foram ensinados a ignorar o instinto natural de comer os pombos e foram treinados a trazê-los de volta até a base para que a mensagem fosse interceptada e lida.
Para os que compreendem inglês, segue um documentário sobre a importância dos pombos correio na grandes guerras:

Agora quero entrar no assunto a que esse blog é especializado o sobrevivencialismo. A que essa ave pode ser útil para um sobrevivencialista? Num cenário de caos, principalmente a longo prazo, em dois pontos principais: Comida e Comunicação.

COMIDA: O pombo é muito prolífero e com uma manutenção baixíssima. Aqui no Brasil tem a questão cultural, mas ele é criado como comida em vários países na Europa e Ásia. A carne é comparada a de aves menores como a codorna. É uma fonte de proteína barata e que pode ser adaptada a espaços pequenos como uma sacada de apartamento.

COMUNICAÇÃO: Rádios, celulares, baterias extras, nada disso seria útil após algumas semanas ou meses sem energia elétrica. Ao sair numa busca por comida e recursos à quilômetros de distância seria interessante poder se comunicar com seu grupo, seja para apenas avisar sua localização e que encontrou o que achava como para pedir socorro. Isso poderia ser feito levando uma ou algumas aves junto com o grupo (assim era feito com soldados). Comunicação com outros grupos poderia ser organizada também com troca de alguns pombos. São muitas as possibilidades e elas crescem conforme o tempo sem energia passa.

A criação é simples, não exige muito dinheiro nem investimento. Mas exige tempo e dedicação diária para abrir o pombal e deixar as aves voarem e esperá-las voltar depois de sumirem no horizonte por algumas horas. Ensiná-las a reconhecer seu chamado, alimentá-las e manter tudo limpo todos os dias.

pombal interno

Pombal interno

A ideia não é que você saia atrás de começar já sua criação. Mas que tenha em mente que esse conhecimento pode ser adquirido e você saberá como se beneficiar dele quando precisar. Afinal é uma arte milenar que serviu de comunicação até pouco tempo atrás, salvou milhares de vidas nas frentes de batalha e que poderia sim ser usada novamente caso necessário. Porque não?

Existem muitos grupos columbófilos espalhados pelo Brasil e uma infinidade de informação na web. Conhecimento nunca é demais e todo sobrevivencialista está sempre em busca de informações e técnicas de sobrevivência.

Fatos curiosos

  • Alguns achados arqueológicos indicam a existência do pombo 6.500 anos A. C.;
  • O faraó Ramsés III deu a conhecer ao povo a sua subida ao trono através dos pombos-correio;
  • O Rei Salomão utilizava exclusivamente pombos correio na transmissão das suas ordens aos governadores das províncias do seu vasto Império;
  • As vitórias nos Jogos Olímpicos eram dadas a conhecer através dos pombos-correio;
  • Na 1ª Guerra Mundial, mais de 30.000 pombos foram utilizados nas frentes de combate;
  • Na 2ª Guerra Mundial assistiu-se ao êxito das mensagens aladas sempre que as comunicações via rádio eram interceptadas ou perturbadas pelos adversários;
  • Na década de 50, na Argentina, cerca de 60.000 pombos ainda serviam como meio de comunicação postal;
  • Estima-se uma população de pouco mais de 110 mil pombos-correio nascidos no Brasil em 2007.

A minha intenção aqui é ajudar a divulgar essa arte milenar que hoje está obsoleta, 99,99% das pessoas não tem ideia de como funciona. É um conhecimento importante para se ter num cenário de caos a longo prazo. Se foi importante para reis, generais, imperadores e até faraós no passado, não podemos desprezar esse conhecimento.

Autor e leitor do blog: Epassere

19 Comentários

  • Eduardo Passere

    Relendo esse post em outubro 2021. Essa semana tivemos uma pequena amostra de ficar sem redes sociais para nos comunicar por apenas algumas horas quando o whatsapp, Instagram e Facebook saíram do ar. Esse assunto de comunicação é sempre atual.

  • Luiz Gustavo

    Ótimo post. Se não for muito incomodo, irei utilizar como referência para criar uma peça que fará parte de uma campanha em minha agência de publicidade e social mídia.

    PS. O blog tem ótimos conteúdos de credibilidade altíssima. Parabéns pelo trabalho.

  • marconys ramos de sousa

    Muito interessante este artigo,sempre quis saber como funcionava o treinamento dessas aves que tanto já ouvir falar,
    Obrigado pelos esclarecimentos.

  • Yoseph Makabi
    vc não é só crudivoro não, vc tb é um iguinorante. e muito sem graça, vc deve gostar de uma corrida de cavalo ou uma tocada de cachorro. esse assunto é sim, de muito interesse dos mais sensatos, e se vc não sabe, podemos aprender muito com esses animaizinhos, principalmente a monogamia que eles adotam. falei ?

  • Yoseph Makabi

    No estado do Espírito Santo existem grupos que criam esses pombos e até fazem campeonato. O problema com esses bichos é que você tem que levá-los para que eles possam retornar ao local de origem. Além disso um gavião malvado pode comê-los, um caçador pode abatê-los, além de problemas como cansaço e captura por outras pessoas. Mas, caso não sirva de “correio” o bicho pode ser comido, assado ou cozido…. Mas só em emergência, pois eu sou crudívoro.
    SELVA!!!

  • eddygunslinger

    não entendi muito bem. A capacidade deles de levar mensagem é apenas de um determinado ponto até o local onde nasceram? Se eles nasceram no seu refúgio, onde serão criados, eles não levaram mensagens a lugar nenhum, basicamente?

  • Realmente, “ressuscitar” antigas práticas de comunicação – e outras técnicas utilizadas pela humanidade há um século atrás- será fundamental num ambiente sem energia elétrica e combustíveis a base de petróleo.

  • Luís Felipe J.B.

    Excelente esse post. Muito explicativo e interessante. Por muitas vezes os meios já existentes superam quaisquer protótipos minuciosamente elaborados. E essa situação exemplifica isso. Toda a tecnologia de nada vale se não houver recursos nos quais ela possa se sustentar. E as boas e velhas saídas, por esse lado, são infalíveis…

  • Rock Shooter

    A idéia do uso do pombo-correio no sobrevivencialismo é curiosa e interessante. Creio que vale destacar que os “columbófilos” (criadores de pombos) alegam que existem diferentes raças de pombos, os pombos-correio e os pombos comuns, e os pombos de raça nobre (correio) são mais adequados para o uso na prática de correio.
    Porém os biólogos brasileiros não fazem essa distinção, visto que os nossos pombos são da espécie “Columba Livia” e esta é naturalmente mais rústica e vigososa que as raças nobres dos columbófilos e fazem o mesmo serviço que as raças nobres.
    As raças nobres são naturalmente mais frágeis e menos vigorosas. O pombo-correio deve ser vigoroso para poder percorrer os longos caminhos que lhe são impostos.
    .
    Quanto ao uso no sobrevivencialismo, existe a barreira do treinamento, que é simples porém um pouco demorado. Um pombo pode ser usado para correio após 1 ano de treinamento para distâncias entre 40 e 150 km e após dois anos de vida cerca de 500 km. Os treinamentos são feitos em grupos, onde soltam-se muitos pombos esperando que a maioria volte pra “casa”… quanto mais treinados, menos pombos se perdem. Após muito treino, finalmente nenhum se perde… Ou seja, exige tempo e disposição para se deslocar levando os pombos a longas distancias.
    Não sou mestre no assunto mas suponho que num eventual desastre onde não haja energia nem combustível, será bem difícil se deslocar muitos kilometros para treinar pombos, isso exigiria que o sobrevivencialista sempre tivesse uma quantidade mínima de pombos treinados. Mas essa é apenas a MINHA conclusão!

    Encontrei algumas fontes em sites para dar uma noção sobre o assunto.
    Nesse site mostra as características dos pombos e alguns métodos de treinamento:
    http://pombocorreiopead.pbworks.com/w/page/17632141/As%20diferen%C3%A7as

    Nesse existem algumas raças de pombos:
    http://www.acdaveiro.org/?menu=racas

    Aqui existem duas opiniões, mas a opinião do “JOSÉ EDUARDO DE ALMEIDA” distingue de forma mais real o pombo-correio do pombo comum:
    http://br.dir.groups.yahoo.com/group/columbofiliaprap/message/230
    .
    A minha conclusão final é que o sobrevivencialista deve investir em:
    – aquisição de aparelhos de comunicação do tipo “radio amador”;
    – Aquisição de rádios portáteis (radinho de pilha) para saber qualquer informação de alguma rádio que ainda funcione.
    Aqui no fórum tem uma postagem que o Julio Lobo colocou muito interessante sobre “comunicação em cenário de emergência”.
    – O sobrevivencialista deverá (de todas as formas possíveis) saber como gerar energia elétrica e se possível possuir alguns meios consigo, tais como moto-geradores, baterias, pilhas, células foto-voltaicas… enfim, o que seus meios ($$) lhe permitirem… Se não possuir meio$$, então deve sempre saber onde conseguir no caso de desastre (lojas, fabricas, empresas). Desse modo ele poderá utilizar seus meios eletrônicos de comunicação e não dependerá de pombos-correios.
    .

    • Amigo Rock Shooter

      Eu entendo seu ponto de vista e respeito totalmente a sua opinião.

      Eu também confiaria mais em ter um rádio ou celular num cenário de crise do que um pombo-correio. Não apenas pela praticidade e rapidez e mais pelo fato da aplicação. O pombo serve para enviar mensagens e não é possível receber respostas imediatas de volta. Não se pode comparar os dois “meios de comunicação”.

      A intenção desse post foi apresentar uma opção num cenário hipotético de crise a longo prazo sem energia elétrica. Longo prazo mesmo!

      Só gostaria de defender meu ponto vista com algumas observações que podem vir a somar.

      Eu concordo que o treinamento é simples, mas quanto ao demorado… depende. O tipo de treinamento a que você se referiu é o clássico para as aves juvenis, existem alguns sistemas diferentes, tanto de criação como de treino, mas que não vem ao caso aqui. Esse tipo de treinamento é voltado para as competições.

      As competições na columbofilia são disputadíssimas e a diferença entre o primeiro e o segundo pombo às vezes é de poucos segundos. As aves atingem médias de 60 a 70Km por hora e voam sem parar o dia todo se preciso.

      São atletas profissionais, e isso é o que mais as difere das pombas de rua comum. São gerações de pombos maratonistas gerando filhotes maratonistas e o criador vai fazendo seleções para gerar filhotes mais aptos a curtas, médias e longas distâncias, observando as características dos pais. Imagine essa seleção por todos esses anos, com certeza gerou pombos mais rápidos, mais resistentes com mais senso de localização etc. Esses pombos com certeza estão bem guardados nos pombais e não nas ruas.

      A parte técnica não vai somar aqui, o propósito do post foi apenas apresentar os princípios desse meio de comunicação praticamente extinto e fazer com que os amigos sobrevivencialistas saibam que é possível e que caso se interessem podem buscar conhecer mais. Conhecimento é a chave do sobrevivencialista, podem te tirar todo o resto, mas o conhecimento não!!.

      Esquecendo um pouco as corridas, os filhotes não demoram muito a aprender o caminho de seu pombal. Eles vão se unindo naturalmente ao bando em revoada aos poucos, num sistema tranquilo e natural.
      Questão de meses apenas e eles já voam 10km tranquilamente… Talvez façam mais que isso sozinhos a cada manhã que você abrir as portas para eles. Localizar o caminho de volta não é problema. Lembre-se que estamos falando de longo prazo, 1 ano, 2, quem sabe até mais…

      Num cenário desses com um longo tempo sem energia, se você tiver gasolina para ir atrás dos suprimentos, comida, água etc com certeza você não precisa se comunicar com ninguém, voltará em horas se tudo der certo. Sem o carro, pode demorar bem mais para se deslocar e talvez demore dias para voltar, ai sim seria útil poder se comunicar. Acho que distâncias mais comuns nesse tipo de deslocamento seriam de alguns quilômetros, com certeza dentro do raio das aves.

      Levar os pombos de carro a grandes distâncias é para os competidores. Aqui falo das raízes da columbofilia, do uso da ave como um meio de comunicação, é outro sistema de criação, outra rotina de treinos. Acordar cedo, soltar as aves, vê-las sumir no horizonte, limpar tudo, esperá-las voltar, quando as avistar, chamá-las de volta com algum barulho característico que as faça assossiar a comida, proteção, água e descanso. Repetir o mesmo poucas horas antes do por do sol. É uma rotina diária, mas sem a pressão dos resultados entende. Não pode nem ser chamado de treino, é puramente deixá-los se exercitar.

      Óbvio que você não vai pegar um pombo que nunca voou (principalmente sozinho) e o soltar a 200km de distância de primeira. Muita coisa poderia acontecer no trajeto, aves de rapina, abatido por pessoas e se perder também. Mas também não me surpreenderia se ele aparecesse na janela ao final do dia. rs

      Nossa escrevi demais. Desculpe a todos que tiveram saco de ler. rs

      Novamente Rock Shooter, eu respeito seu ponto de vista. Eu sou totalmente HiTech e gosto de tecnologia, GPS, Celular, Rádio amador, facas, armas etc. Gosto mesmo!!! Pode ter certeza que se SHTF eu vou primeiro tentar usar tudo isso antes de voltar aos primórdios da comunicação. Mas se eu precisar…

      Abro uma observação aqui: foi pesquisando uma ave que pudesse voar livremente e voltar para casa que eu descobri a columbofilia e toda a história que a envolve. A relação do pombo com o homem vai muito além do medo de ser atingido na cabeça pelos excrementos. São mais de 6,000 anos de uso na comunicação e menos de 100 anos da columbofilia desportiva.

      Esse post não tem a intenção de formar novos columbófilos do dia pra noite. É passar conhecimento. Cabe a cada um fazer seu julgamento e absorver o que acha proveitoso.

      Abraço à todos

      • Rock Shooter

        “epassere”,
        seus argumentos são imbatíveis. Realmente, em um caso de SHTF que dure anos o pombo-correio sería uma alternativa viável para o sobrevivencialismo… A história da humanidade nos dá lições cujas respostas apenas podemos copiar!

    • Os biologos também concordam que todos os cães fazem parte da subespécie canis lupus familiaris… o chiuaua e o rottweiler fazem parte da mesma espécie, mas qual deles você vai contar pra fazer a guarda da sua casa?
      Como nas demais espécies de animais (e vegetais) com serventia ao ser humano, é feita a reprodução seletiva dos que apresentam melhores resultados, e é isso o que diferencia as raças entre si: o desempenho em um uso especifico. provavelmente os pombos de rua não conseguiriam o mesmo desempenho que os pombos-correio apenas por causa disso, e uma criação de pombos-correio se pauta justamente pelo vigor e resistência dos animais, ao contrário das raças ornamentais. O vigor ao qual você se refere é quase que exclusivamente resultante da variedade genética, o que é plenamente contornável em criações responsáveis.

      Eu não teria pombos pra nenhum desses propósitos.

  • Pessoal quem tiver interesse aqui nesse site da Federação Portuguesa tem as informações básicas da criação e treinamento. http://www.fpcolumbofilia.pt/Ser.htm

  • Excelente matéria. Segue link da globo rural de como criar: http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1067413-4530-1,00.html
    Abraços a todos

  • paulo americo

    muito instrutivo esse post! só faltou indicar onde aprender para começar uma criação.

  • Sobrevivencialista Portugal

    Já que se foi buscar o tema sobre animais que tal um post sobre cães? Para defesa em caso de crise?
    cumprimentos!

  • Sobrevivencialista Portugal

    Boa Júlio!
    estava mesmo a pensar em falar num post sobre pombos-correios!!!

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