SHTF School: Um dia “comum”

Muitas pessoas perguntam como era um dia “comum” enquanto eu estava na guerra. Eu estava pensando nisso e lembrei deste dia. Acho que é um bom exemplo e responde esta pergunta… É estranho dizer mas nós ficávamos felizes com “dias comuns”, onde nada de ruim acontecia…

A chuva estava caindo por dias, e nós todos estávamos encharcados com ela. A umidade estava nos nossos poros, nossas roupas e de certa forma dentro de nossas cabeças também. Era aquele tipo de tempo que empurrava a fumaça da chaminé para dentro da casa.

Os buracos em nossa casa estavam tampados (mais ou menos) de forma que nós conseguimos “canalizar” os vazementos em inúmeros potes e lates, para nos manter secos e coletar água.

Estar sujo é ruim, mas estar sujo e fedorento durante diversos dias de chuva é simplesmente horrível.

Nós secamos nossas roupas em cima do fogão e a evaporação da sujeira junto com o cheiro de corpos sujos, cigarro ruim, lamparinas de óleo e chá fervendo no fogão fazia uma mistura de cheiros que simplesmente adicionava mais depressão ainda para toda a situação.

Em dias como esses o consumo de álcool subia muito.

Quando o clima estava bom eu gostava de ir para o segundo andar, retirar a lona e as madeiras que tampavam o buraco do telhado que foi feito por um bombardeio, sentar ali, ver o céu azul e beber.

Outros caras diziam “ele está lá em cima de novo, esperando um morteiro cair na cabeça dele”, mas eu me sentia em paz ao fazer isso e simplesmente não me importava.

Até esse relaxamento estranho estava fora de cogitação por conta da chuva infinita.

Em dias como esses nós chegávamos bem perto dos animais que podemos ser.

Comemos batatas por dias, essas que havíamos conseguindo em um comboio das Forças de Paz que de alguma forma havia entrado na cidade no mês passado. Tinha sido uma grande bagunça para conseguir aquele saco de batatas pois enquanto as Forças de Paz estavam tentando estruturar um sistema para distribuir os alimentos as pessoas simplesmente brigavam por eles.

Muitas pessoas morreram nessa confusão, mas nós conseguimos levar para casa uma boa quantidade.

Nós estávamos felizes por causa das batatas, mas alguns dias depois rumores surgiram dizendo que elas estavam envenenadas e que não eram para consumo humano, eram apenas para serem usadas como sementes e haviam sido tratadas com químicos muito fortes. Nós continuamos a comê-las, a diferença é que não estávamos tão felizes ao fazer isso.

E então uma oportunidade de troca surgiu para nós.

Era a minha vez de visitar o cara que “tinha algumas coisas para vender/trocar” ou pelo menos era a informação que a gente tinha.

A coisa boa desse cara é que eu conheci ele um pouco antes da guerra, e quanto tudo aconteceu ele tinha conexões fortes que garantiam “coisas interessantes” para ele de períodos em períodos. Ele era algo como um “comerciante confiável”, mantinha as suas coisas em casa e fazia as negociações ali, o que significava que ele era ou muito estúpido ou muito protegido… E ele não era estúpido.

“Gogo” era seu apelido, e nós nos sentimos bem em saber que íamos trocar com ele pois a reputação dele era grande e ele sabia que não era interessante para os negócios ter boatos de coisas ruins que ele fez com alguém.

Era a troca mais segura que podia haver naquele tempo.

Um parente meu me mostrou o que tínhamos para trocar enquanto estávamos nos preparando para a jornada. Eram 10 pacotes de cigarros “Kent”. Quando eu vi isso era como ver um alienígena pousando no meu quintal, nos dando água, comida, doces, segurança e me levando para um show de rock.

Naquele período os cigarros eram muito raros, algumas vezes impossíveis de serem achados e quando encontrávamos eram cigarros improvisados com a árvore de tabaco inteira sendo moída para fazer o cigarro, não somente as folhas.

Os cigarros Kent de filtro branco eram naquele momento como um “sonho molhado” para qualquer fumante. Me causava um prazer enorme apenas de vê-los, fumar então seria a felicidade mais pura que já senti.

Quando eu perguntei onde ele havia conseguido ele apenas respondeu “de alguns mercenários”. Eu não perguntei mais, não me interessava.

Nós seguimos rumo à casa do Gogo perto da meia noite, pois o plano era passar pelos terrenos mais perigosos cerca de uma hora da manhã. No caminho de volta nós escolheríamos um outro roteiro.

Este lugar perigoso era uma abertura entre duas casas, algo como 150 metros de espaço onde estaríamos completamente expostos perto de uma colina onde uma metralhadora anti aérea e algumas metralhadoras M84 estavam montadas.

Aquelas metralhadoras tinham como apelido “sijac smrti”, que tem uma tradução de “entregador de morte” ou semelhante. A primeira vez que ouvimos este apelido nós ficamos pensando “ah, qual é, alguém está vendo muitos filmes, é um nome bombástico para uma arma normal”. Mais tarde quando eu fui alvo pela primeira vez desta arma, quando eles atiraram em mim eu me corrigi e pensei algo como “entregador da morte? É mais, muito mais, é o Satanás, é o inferno, é o horror puro…”.

E mais tarde eu também percebi que este era um apelido bastante comum para muitas outras armas semelhantes.

Então, construí meu respeito pela “sijac smrti” muito rapidamente, aquela desgraça era rápida demais e muito mortal. Soava como se um monte de pequenas mortes estavam voando na sua direção enquanto gritavam.

Anos depois, depois que a guerra havia acabado e as coisas haviam voltado para algo que pode se chamar de normal, eu estava assistindo um membro das forças especiais de paraquedistas do exército Sérvio enquanto ele tentava explicar essa experiência de batalha para outro cara.

Ele e sua unidade estavam segurando a posição em uma floresta densa em uma colina durante os bombardeios da NATO na Sérvia, em Kosovo. Eles foram atacados por Albanos que tinham um número muito maior de soldados, porém eram pouco treinados e sua unidade se saiu muito bem, a moral estava alta e os caras eram fortes.

Então ele disse que os aviões vieram. Os aviões estavam atirando de canhões e destruindo árvores de centenas de anos como se fossem fósforos e obliterando sua unidade. Mas ele disse que a parte de maior horror possível era o som dos aviões e canhões atirando neles. Enquanto ele tentava explicar ele abriu bastante seus olhos e disse “era como se haviam dez vacas grandes voando no ar na sua direção e elas estavam gritando por que estavam sendo mortas”. 

O outro cara estava ouvindo ele e provavelmente não entendendo o que é tão horripilante neste som para aterrorizar um cara grande e forte de uma força de elite.

E eu disse para mim mesmo… “Ah cara, eu conheço esse horror”.

Enfim, nós passamos pela clareira sem ter muitos problemas.

Ninguém sabia qual o tipo de visão eles tinham lá da colina, mas durante a noite eles atiravam com constância e sem ter muita razão naquela clareira… Então era questão de sorte você passar e eles não atirarem.

E por alguma razão havia um mito de que o melhor horário para cruzar ela era a 01 hora da manhã.

Naquele tempo haviam muitas aberturas como essas na cidade onde haviam diferentes armas e diferentes táticas para cruzar cada uma delas, além de diferentes mitos de como cruzá-las com segurança.

Muitas pessoas encontraram Deus e a fé em lugares como esse quando corriam e rastejavam por essas aberturas. Outros, muitos, acabaram mortos ali também.

Eu vi caras serem mortos enquanto corriam o máximo que podiam, e vi caras loucos andando como se nada estivesse acontecendo. Alguns caras eram feridos e ficam ali, gritando por horas com suas entranhas expostas até morrer.

Não haviam regras.

Nós sentamos atrás de uma parede perto da abertura e eu disse para meu parente “Ok, me dê os cigarros”. Ele disse “não é uma boa ideia, estes são para trocar”.

Eu não ligava, então ele me deu um pacote, eu abri e fumei um cigarro.

Foi muito gostoso fumar um cigarro de papel branco com filtro depois de muito tempo fumando tabaco porcaria em qualquer tipo de papel que encontrávamos.

Cheirava como perfume para mim naquele momento. Eu terminei e disse “Ok, agora eu posso morrer se for necessário” ele simplesmente respondeu “Vai se F%der cara”.

Nós corremos enquanto a chuva estava caindo pesadamente. Nada acontece, nenhum disparo na nossa direção.

A casa do Gogo estava próxima depois disso e nada perigoso havia acontecido até chegarmos na casa dele. Depois de um cara nos receber no quintal nós fomos autorizados a entrar na casa com nossas armas, o que era um bom sentimento mas não necessariamente um bom sinal. Quando entramos e vimos o Gogo e ele nos reconhece, começamos a conversar casualmente sobre pessoas que conhecíamos e o clima fica um pouco melhor.

Nós entramos em um quarto pequeno, dois de nós e dois deles. Sentamos e bebemos uma dose. Rakija (uma bebida local, forte) estava disponível, então não foi uma surpresa quando ele nos deu dois copos bem servidos.

Diferentes tipos de bebidas estavam circulando, a maioria era veneno puro, produtos simplesmente não finalizados retirados das destilarias destruídas e diluídos em água, mas esse era bom e agradável.

O quarto onde sentamos era como uma versão estranha de um quarto demonstrativo para clientes, então nós podíamos ver um monte de coisas diferentes em sacolas e armários abertos.

Vi um pacote de cerveja e até algumas garrafas de coca. O quarto estranhamente cheirava café, o que era um luxo enorme naquele tempo. Tudo naquele quarto fazia seus sentidos dispararem para que você “quisesse comprar tudo”.

Sacos cheios de alguma coisa estavam por todo o quarto e um armário de metal militar estava trancado em um canto.

Depois de alguma conversa ele colocou a mão embaixo da mesa e colocou uma “Zolja” (vespa) que era uma munição de uso único de RPG na mesa e disse “isso aqui é coisa boa para vocês caras, e está barata”.

Eu peguei e disse para ele “está vazia cara, disparada… é inútil”.

Ele abriu sua boca dando risadas e disse “Ok cara, ok, sabe o que é engraçado… Muitos idiotas não sabem disso, sabia? Você poderia pintar um cano de água de verde e dizer que é um RPG e 90% deles iam confiar facilmente, e olhe que esse parece real. Apenas encha com alguma coisa, aponte para alguém e você vai ter o mesmo resultado”.

“Sim, e aí eu posso ser morto pelo cara que sabe que a arma já foi disparada. Ele poderia me estrangular com suas próprias mãos… Não obrigado”.

Ele disse “Ok, eu também tenho isso, eu vendo muitas e todo mundo está satisfeito”.

O seu parceiro abriu a porta de madeira atrás de sua cabeça e lhe deu uma caixa de madeira do tamanho de uma caixa de sapatos, um pouco menor.

Eu olhei para meu parente e ele olhou de volta para mim com breves expressões de surpresa.

Era uma caixa toda gravada, muito comum em residencias da região antes da guerra, algo que você colocaria na sala para decorar. Quando você abria ela um pequeno pássaro de madeira com um mecanismo era ativado e uma melodia começava…

Ele está tentando vender uma caixa de música para nós no meio da guerra civil?

Então ele abriu a caixa e a empurrou na minha direção.

Não havia um pássaro dentro, mas uma caixa cheia de algo como 25 garrafas de Penicilina. Era uma coisa MUITO cara.

Eu peguei uma garrafa e chequei. A data de validade era boa, o fabricante era Sérvio, os adesivos pareciam originais. Mas no topo da garrafa estavam faltando as tampas de metal que cobriam a borrachas seladas (era por essa borracha que a penicilina era diluída e retirada do frasco com uma seringa).

O primeiro pensamento que me surgiu era que as garrafas já estavam usadas e então alguém as encheu de farinha.

Ele percebeu o que eu estava chegando e disse “sim cara, alguma das tampas estão faltando pois elas foram transportadas por lugares muito difícil antes de chegarem até mim, mas elas são boas”.

Eu disse “legal cara, mas nós não precisamos delas agora”. Era algo muito suspeito e muito caro para nós naquele momento.  Então ele finalmente perguntou o que queríamos.

Eu disse “Carne, cara!”.

Ele deixou o quarto e volta com uma lata e finalmente eu percebi que estávamos negociando direito pois ele havia trazido apenas uma, sem mostrar quantas unidades ele realmente tinha.

Ele colocou na mesa e disse “Eu tenho isso, é Konj” (cavalo).

Naquele tempo diferentes tipos de comida enlatada estavam circulando, muitas coisas já estragadas, quebradas… Mas a mais popular era o “cavalo”.

A carne de cavalo tinha lados bons e ruins, mas mais positivos que negativos. Era carne enlatada com um rótulo dizendo apenas “Ajuda da Europa” ou “Ajuda da UNHCR”, mas eu não me lembro exatamente.

O mais engraçado era que embaixo da marca”tipo de carne” estava escrito “carne”. Apenas isso: Carne.

Era uma espécie de carne parcialmente cozida com uma enorme quantidade de gordura que parecia como neve.

Se você comece apenas a gordura ela causaria casos sérios de diarreia, porém ela era útil para cozinhar, derreter e usar como combustível de lamparina ou até mesmo para colocar em lugares onde você sente dor, como uma espécie de pomada.

A carne não tinha nenhum gosto particular, era algo irreconhecível e as pessoas começaram a falar que era carne de cavalo porque ninguém sabia o que exatamente era.

Era simplesmente usável.

Enfim, ele perguntou o que tínhamos e eu mostrei um pacote de “Kent”. Ele disse “legal” sem muito entusiasmo mas seu parceiro levantou e disse “onde você conseguiu esses cara? Legal!”. Naquele momento eu sabia que íamos conseguir um bom negócio porque eles estavam interessados, eles “piscaram”.

Ele disse para o parceiro “senta e fique queto, você fumou muita maconha” (o uso de Cannabis era intenso durante a guerra).

Ele perguntou quantos desses nós tínhamos e eu disse que dependia do quanto de carne de cavalo ele tinha para negociar, então a barganha começou. No final, nós concordamos que daríamos 9 maços por 15 latas.

Era um ótimo negócio para nós e um bom negócio para ele, pois sabíamos que ele tinha clientes que apreciariam esses cigarros, com certeza. Depois de finalizar o acordo e trocar os itens nós conversamos um pouco e ele me ofereceu um cigarro caseiro.

Ele me deu uma pequena caixa de lata com cigarros enrolados à mão. Eu olhei a caixa que era feita de metal e parecia linda, eu gostei muito dela. Nós carregávamos nosso tabaco em todo tipo de sacos, caixas ou qualquer coisa, mas aquela latinha de metal simplesmente parada na minha mão era muito legal.

Eu dei a caixa de volta e perguntei onde ele havia conseguido ela e ele claramente viu que eu “pisquei” dessa vez. Ele disse “me faça uma oferta, é uma caixa bacana”.

Eu tinha apenas mais um maço de Kent e com um cigarro faltando dentro (que eu gostaria de manter para mim). Tirei-a do meu bolso, dei para ele e disse “ok, eu dou este maço pela caixa”.

Era um preço absurdo, eu quase conseguia sentir meus parentes mandando pensamentos do tipo “Seu burro, um maço de cigarros por uma caixinha de metal? Nós poderíamos pegar mais carne por isso…”

Mas eu gostei da caixinha.

Então o Gogo disse “Ei, calma, tem cigarros faltando aqui, ela já foi aberta”.  Eu disse “sim, mas ainda cara, só tem um faltando e são cigarros reais”.

Então ele abriu a gaveta da mesa, puxou um martelo e nós já ficamos preparados para brigar, mas ele pegou o martelo e acertou a caixa de metal. Depois disso ele disse “ok, você tem um cigarro faltando no maço, a caixa agora esta um pouco danificada mas ainda funcionando… Agora temos um negócio justo. Nós precisamos manter algumas regras na negociação, isso se trata de reputação cara!”.

Eu fiquei olhando para ele e percebi que ele já tinha perdido a sanidade, como a maioria de nós naquele tempo. Mas… Nós fizemos uma negociação e tudo terminou bem.

Chegamos em casa inteiros, comemos aquelas latas de carne misturadas com ervas e batatas. Membros mais velhos da família estavam felizes por ter gordura para passar em seus joelhos por algum tempo…. E eu tive que enfrentar muita encheção por conta da caixinha de metal, mas eu sobrevivi.

A guerra acabou e os anos passaram. Eu perdi a caixinha de metal, Gogo se mudou para o Canadá e eu soube que ele está decorando apartamentos e tocando guitarra em clubes noturnos, mas também tem problemas com drogas…

Então, algum dia, eu e minha mulher estávamos fazendo uma grande reforma na casa e de dentro de uma das muitas caixas ela puxa a caixinha de metal e diz para mim “Oh, é uma caixa para cigarros, vamos jogar fora ou você precisa dela?”.

Quando ela abriu, leu as pequenas letras que eu escrevi há muito tempo atrás “GOGO” e a data da troca. Ela me perguntou “o que é isso? Quem é Gogo? É um homem ou mulher?”

De todas as explicações que eu poderia ter dado as únicas palavras que saíram da minha boca foram “Sim, eu poderia ter pego dois cavalos em vez dessa caixa durante a guerra se eu fosse mais inteligente”.

“Você tinha cavalos durante a guerra? Onde vocês montavam? Eu pensei que era um cerco na cidade! Onde diabos você pegaria cavalos?” Ela disse, olhando de maneira suspeita para mim (Ela passou os anos da guerra na Alemanha e não conheceu a realidade que enfrentamos).

Eu disse de maneira bastante perspicaz “não não, não andávamos de cavalo, nós comíamos eles, era coisa boa”. Ela olhou para mim com uma face de incredulidade dizendo “você matou e comeu cavalos? Como você pôde fazer isso, eles são animais lindos!”.

E então finalmente eu disse “sabe de uma coisa, esqueça. É uma longa história, apenas jogue ela fora, é inútil”.

E então, por uma semana ou mais ela ainda tinha aqueles olhares de suspeita de tempos em tempos.

Traduzido e adaptado do blog SHTF School.

5 Comentários

  • mozart oliveira

    Que Punk ! nem a mulher do cara que passou perto da guerra entendia como era a guerra , imagina eu Brasileiro que nunca vi uma ? PUTZ ! Deve ser uma situação de extrema tensão !

  • Moral da história: Estoque cigarros, carne enlatada e caixinhas para trocar quando a guerra chegar

  • Pingback: Irma e San Martín: O desastre vai muito além do furacão – No fio da navalha Ep.20 | Sobrevivencialismo

  • A guerra relativiza tudo. Não apenas os valores atribuídos a animais domésticos: uma noite livre do som de tiros, a possibilidade de andar por determinados lugares da cidade, a opção pela vestimenta “de marca ou da moda” ou pela mais duradoura e versátil. Até mesmo o investimento dos países: vejamos, de que adianta os EUA deterem empresas como a Apple se as maiores petrolíferas são inglesas?
    Vendo o noticiário – e a constante inversão de valores na sociedade brasileira – me pergunto o porquê de ainda não estarmos em um cenário de guerra civil. Mas, relendo o texto acima, vejo que naquela guerra as pessoas utilizavam muito cannabis almejando um entorpecimento do espírito. Talvez já estejamos em uma guerra, mas o entorpecimento não deixa que a mesma seja declarada.

  • Histórias de guerra me faz pensar melhor em valores que realmente merecem ter. Hoje há uma banalização em valores. Um cão é mais bem tratado do que uma criança de rua. Inversão de valores e a burrice de uma sociedade escrota e patética.

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