Minha familia não gosta e acha estranho, como fazê-los aceitar a preparação e o sobrevivencialismo?

Por Eremita Urbano

Diversas são as vezes que vejo perguntas similares, e sinceramente tentar fazê-los aceitar é uma grande perda de tempo. A maioria das pessoas não tem a capacidade de abstrair o assunto, elas acreditam fortemente que o governo sempre vai cuidar delas e muitos não aceitam que algo ruim possa acontecer, acreditam realmente que são imunes a crises. Sendo assim acham uma grande perda de tempo e dinheiro se preparar.

Então, Eremita… Tenho que deixar tudo pra lá então? Bom amigo leitor, se não dá para você convencer o outro, use a sutileza.

Se tem problemas com isso na família pare de usar as palavras “sobrevivencialismo” e “preparação”, porque pra muitos isso é “coisa de doido que espera o fim do mundo”. Vamos usar das sutilezas na forma de pequenos “ganchos” que vão surgir e assim implementar, sem perceberem ao menos uma preparação mínima.

Em vez de falar pra sua família que vai fazer uma cisterna e colocar uma caixa d’água de 10.000 litros como parte de uma preparação, porque pode se ocorrer uma crise hídrica, faça diferente. Não use palavras “preparação” e “crise”.

Em um dia que faltar água fale simplesmente algo assim:

-Ah, não pessoal… Ficar sem água é tão ruim, isso está acontecendo muito e eu não quero passar por isso novamente, que tal aumentar o tamanho da caixa d’água para ter uma reserva maior? Essa falta de água está acontecendo direto mesmo!

Isso pode funcionar melhor.

Quando sua esposa brigar contigo porque você comprou mais uma “tranqueira que nunca usa” para por na mochila, diga tranquilamente, fazendo alguma analogia que não tenha nada a ver com sobrevivencialismo, por exemplo:

-Olha só meu bem, tem pessoas que gostam de colecionar latinhas, miniaturas de carros e você mesmo gosta de ter vários calçados, sendo que muitos você comprou e nunca usou, é tipo isso… É só uma coleção entende, uns gostam de colecionar calçados e eu gosto de colecionar essas coisas de camping, mesmo que eu nunca use eu acho legal entende? Mas prometo que só compro com o dinheiro que sobrar, nunca vou deixar de comprar algo para a família para comprar algo para coleção, tudo bem assim? Do mesmo modo que você gosta muito dos seus calçados, eu gosto muito dessas minhas coisas. Dê um sorriso e um beijo nela nesse momento!

Falando assim, as chances dela aceitar são maiores! Em um dia que o gás acabar a noite e estiver tudo fechado aproveite e diga:

-Nossa, que chato… Para evitar isso vamos aproveitar e comprar mais um ou dois botijões sobressalentes? Assim se um dia o gás acabar novamente a noite ou em um feriado a gente já tem de reserva o que acha?

Percebeu que sem estressar e nem comentar sobre preparação e sobrevivência você já conseguiu reserva de água, liberou sua mochila e combustível extra?

Continuemos… Em vez de dizer que quer comprar um estoque de comida pra 3 meses, porque se uma crise acontecer vão estar preparados, faça diferente. Em um dia de pequenas compras de muito calor e estando preso em um engarrafamento com a família diga:

-Pessoal tá complicado ficar comprando coisas toda semana, que tal na próxima fazermos compras para uns 2 meses? Assim não precisamos passar por esse sofrimento toda semana, vamos ficar mais confortáveis e economizar combustível que pode ser revertido em outra coisa mais útil… Como pizza em família, o que acham?

Eu pronto, fechou!

Você conseguiu ficar “de boa” com a sua mochila, ter uma reserva de água, reserva de combustível e reserva de alimentos, tudo isso de forma sutil. Você está preparado com algumas coisas importantes sem sequer ter mencionado com a família os termos sobrevivencialismo e preparação.

E claro que a lista pode ser muito maior, se sua esposa gosta de plantas que tal uma hortinha juntos e talvez envolver até os pequenos nos “cuidados com as plantinhas”? Pode ser muito bom para o relacionamento familiar fazer coisas juntos. Pense nisso!

Fazer alguém “aceitar o sobrevivencialismo” no meu modo de pensar é impossível. É a própria pessoa que tem que perceber por si mesma a importância e seguir o caminho pelos seu próprios passos, não tem como forçar, mas você deve sutilmente ir implementando algumas coisas e eles nem vão perceber que estão preparados.

E você amigo leitor, mais alguma dica de como fazer os outros se prepararem de forma sutil e sem estresse?

56 Comentários

  • celio freitas

    Gostei muito dos seus textos, principalmente este, que senti “na pele” o problema.
    O pessoal de casa me chamava de “rei da teoria da conspiração” e as vezes diziam que se fosse eu que tivesse planejado o apocalipse, não ia sobrar um.
    Comecei fazendo um preparo meio “escondido”. Mas quando começou a crise hídrica em SP fiz um estoque de água e tive de aguentar uns sorrisos marotos. a maré virou quando ficamos sem água por pouco mais de um dia. Falei “pera lá, essa é minha, guardem a sua” e dei risada, e lógico que falei que a água era para nós.
    Ela avisou a família e quase que acabaram com o estoque de 300 litros.
    Depois disso ficou mais fácil, agora já aceitam o que eu falo, e alguns da família já estão começando a se preparar. Essa crise econômica está deixando muita gente de orelha em pé…
    Com um parente da esposa, usei o seguinte argumento:
    Você guarda dinheiro na poupança para emergências? Muito bem. mas e se a situação ficar como na época do Collor que tinha dinheiro e não haviao que comprar? Porque você não divide seu investimento, tipo 90% no banco e o resto em estoque?
    Dias depois falou que eu tinha razão e também está começando a se preparar.

  • Meus pais acham “saudável” esse meu hábito por causa da minha depressão,distraí a mente, meu marido nao da bola e nem curte mas sustenta meu hábito, segundo ele é melhor que gastar em sapato pois se nao ter emergência tem comida sempre em casa hehe

  • edsonvirtual

    Caro Eremita,

    O Sr conseguiu passar a realidade nos diálogos entre o sobrevivencialista e sua família, o que traduz uma triste e atual situação que atravessamos hoje junto à grande maioria de nossos familiares… argumentar citando os numerosos e caros pares de sapatos que a patroa compra e nem chega a usar foi ótimo! kkk… bom, sou adepto da idéia de preparar o kit para as primeiras 72 horas, que considero fundamentais para deflagração e desfecho de qualquer situação crítica, alem claro da maior capacidade de armazenamento de água potável e remédios.

    obrigado!

  • Por isso cultivo bem meu relacionamento com minha namorada rsrs. Ela é grande fã de “sobrevivencialismo”, mesmo não praticando nada. É muito fã de The Walking Dead e semelhantes, como forma de entretenimento, e entende muito bem que estamos sujeitos a crises extremas. Pode até não me acompanhar nos exercícios, mas entende… já é alguma coisa.

  • Parabéns e obrigado pelos conselhos, Eremita.
    Um outro conselho é o de podermos economizar de 5 a 10% comprando no atacado.
    A maioria desses comércios vendem caixas fechadas de mercadorias e, apesar de despendermos um valor maior na aquisição de cada item, se adquirirmos uma caixa por mês, ao final do ano teremos ao menos 12 caixas de alimentos como reserva.
    Ao final de dois anos, uma família poderá passar uns seis meses contando com alimentação enlatada variada, somente com os itens adquiridos nos atacados.
    Tornando- se um hábito, logo a economia feita vai melhorar o poder aquisitivo familiar e o pessoal contará sempre com um bom estoque.

    FORÇA e HONRA!
    CAVEIRA !!!

    • Eremita Urbano

      Boa dica, obrigado pelo comentário!

    • luiz carlos Nunes

      Ola´, Teles ! NÃO se esqueça de fazer ( e recomendar aos outros ) a ROTAÇÂO dos estoques : esclarecendo melhor, ir consumindo os produtos mais antigos do estoque e substituindo-os por outros com data de validade mais distante, OK ?

  • Gustavo Lanes

    Infelizmente minha família é do tipo que deixa os bujões de gás de todas as casas acabarem antes de tocar. Uma simples escada de madeira que dá acesso ao meu quarto e deveria ser provisória está aqui à 6 anos sem qualquer previsão de mudança. Todos estão sempre precisando de alguma coisa que eu tenha estocado, produtos de limpeza em geral, amaciante de roupas, detergente, enlatados, grãos, utensílios em geral… mas isso não impede que me critiquem e me chamem de maluco na maior cara de pau mesmo enquanto estão pegando o que precisam. Cansei de responder perguntas incabíveis sobre o porque de eu me preparar. É quase como se eu devesse justificativas à alguém por ser uma pessoa precavida. Realmente falam comigo como se eu tivesse algum distúrbio psicológico.

    O incrível é que ninguém lembra das vezes em que essa minha “paranóia” salvou a pelo deles. Ninguém fala nada quando ocorre um apagão e eu chego com as velas e luminárias, ninguém fala nada quando acontece um acidente em uma família que tem três radiologistas e uma veterinária e a única fonte de materiais de primeiros socorros está com o cara que faz gestão ambiental, ninguém fala nada quando alguns parentes nos visitam de surpresa em pleno domingo e recorrem à mim pra fornecer a comida e bebida imediatamente. Nessas horas ninguém fala nada, mas no dia seguinte eu já estou sendo tratado feito um maluco.

    Se querem saber, por mim está ótimo. Se querem me tratar como doido, que seja… podem achar o que quiserem, podem pensar o que bem entenderem e falar como se eu estivesse errado. Porque quando há algum problema ou necessidade, sou eu quem estou preparado pra lidar com a situação. Justamente o doido e paranoico.
    Então que falem o que quiserem, se o normal nessa sociedade é ser relapso e despreparado, então eu prefiro ser o desajustado. Para mim está claro que estar bem ajustado à um sistema precário não é algo bom.

    • Eremita Urbano

      Situação complicada essa e realmente tem razão quando diz que o normal na nossa sociedade é ser relapso o que é uma pena… obrigado pelos seus comentários.

    • CHARLES REIS

      Cara eu ia deixar se f… antes de ajudar…

  • PandoraPrepper

    Olá Eremita! na minha casa somos só eu e meu marido, e é desse jeito, ele acha que é loucura se preparar, e eu acho que o seguro morreu de velho kkk Nós passamos por uma crise real, início de 2013, tivemos nossa renda bloqueada e vivemos 3 meses praticamente sem dinheiro… eu já estudava sobrevivencialismo, mas foi naquele momento que eu vi a real importância da preparação… nós economizamos em tudo que podíamos, racionamos, cheguei a fazer a compra do mês com apenas 60 reais… A crise passou e ele parou de se preocupar… mas ele agora sabe que o futuro é incerto, e agora, quando encho minha dispensa, ou quando estoco remédios ou compro aparelhos ele já não me questiona mais, ele aprendeu que o futuro é incerto… o brasileiro é assim, só abre o guarda chuva depois que a enchente já inundou… eles sempre deixam pra depois… cabe a nós preparadores fazermos a nossa parte. Hoje eu uso o discurso da sustentabilidade para mostrar às pessoas leigas a minha forma de viver… e dá certo, a sutileza é uma boa arma contra a ignorância…

    • Eremita Urbano

      Perfeito Pandora, gostei bastante dos seus comentários, obrigado por partilhar sua vivência!

  • Lembrando que muitas coisas não precisam ter nada a ver com situações de crises, são apenas coisas que todos deveriam fazer.

    Por exemplo compras para no mínimo um mês ajuda a economizar dinheiro pois quanto menos se vai ao mercado menos coisas desnecessárias se compra. Ter um pequeno estoque também é necessário para não precisar sair pra fazer compras num dia de chuva ou quando você recebe uma visita inesperada.

    Ter um botijão reserva é o mínimo, ou você irá parar de cozinhar para ir comprar gás se acabar? O mesmo vale para manter uns 5 litros de gasolina reserva num recipiente na garagem para o caso de uma eventualidade.

    Manter uma pequena reserva financeira para emergências. Uma pequena reserva em metais em caso de alguma crise financeira. Diversificar seus investimentos caso um novo Collor se eleja. São todas decisões econômicas que nada tem a ver com ser uma pessoa paranoica com o fim do mundo.

    Ter uma pequena “farmácia” caso seu filho tenha uma inflamação de garganta no meio da noite. Ou sua mulher esteja com dor de cabeça, ou você gripado. Você irá procurar uma farmácia as 3 da manhã de uma madrugada de inverno só para comprar um diclofenaco?

    Uma hortinha é uma forma de educar seus filhos e ter vegetais fresquinhos e que você conhece a procedência.

    Ter hobbies úteis para você e seus familiares, serve tanto como lazer como educação. Pratique pesca ou caça como lazer. Faça seus filhos terem aulas de defesa pessoal ou de escotismo. Pratique esportes para se manter em forma, ou faça tiro esportivo. Isso tudo é tanto lazer quanto educação.

    É óbvio que você gastar o valor de seu carro em uma arma de grande calibre pode soar estranho para outras pessoas, ou então ficar falando em como agir em grandes crises. Mas a maioria das precauções necessárias são coisas que todas as pessoas decentes deveriam fazer. Em vez de procurar mentiras para se ter um botijão a mais em casa, fale a verdade a seus familiares, de que ter reservas é o que pessoas precavidas fazem. A fábula da cigarra e da formiga cai como uma luva neste caso.

    Não tenham vergonha, eduquem seus familiares a estarem precavidos. Afinal ninguém aqui é índio para não ter reservas de nada.

    Óbvio, se você deseja ter um fuzil de assalto em casa, ou construir um bunker nos fundos do seu terreno, dai a coisa muda de figura e pode ter certeza que você soará como um lunático para a maioria das pessoas (e em alguns casos elas terão razão), mas o básico para a sobrevivência é o básico que uma pessoa educada deveria manter em suas posses.

    Ou seja, eduque não minta.

    • Eremita Urbano

      Perfeito, gostei bastante de suas considerações, obrigado por comentar.

    • Luís, compartilhamos o mesmo ponto de vista. Sem enrolação, pois quem estiver no mesmo barco conosco(família) deve estar precavido, no mínimo, para enfrentar uma crise econômica nacional, local ou pessoal.

  • eu já estava usando essa técnica antes de ler esse artigo,e garanto que funciona muito bem,você não perde tempo tentando convencer ninguém,como dito acima não adianta esse pensamento tem que vir de cada um.

  • Muito obrigado pelas dicas Eremita. Acredito que elas serão e são muito uteis para muitos que acompanham suas publicações a tempos.

    Eu mesmo acompanho a tempos seu blog (Forte do Erimita e agora aqui) e suas publicações sempre são muito instrutivas.

    Pena que para mim, estas não funcionaram. Quando tentei iniciar um estoque de mantimentos em casa, usei o argumento de economia que fariamos (a médio prazo) por mês e tal mas nada, minha esposa não aceita argumentos.Como ela disse, pra que mais um bujão de gás, só pra gastar dinheiro a toa. Ela pensa apenas no momento “agora”. Meus cunhados, que este ano sofreram com o risco de deslizamento, também não estão nem ai para nada. Vejo esta situação pela otica da Falta de Instrução e falta de interesse na realidade. Minha Mulher e seus irmãos preferem ver filmes do que assistir a um jornal (sob o pretesto de que so tem noticia ruim), detestam os dias de chuva, não se importando que a agua um dia falte e tenham racionamento e assim por diante.

    Eles são pessoas sem instrução (minha mulher tirou o ensino médio faz uns 02 anos pelo EBBEJA) pelo que vejo, estas são pessoas que jamais vão ter esta percepção, nem mesmo que isso pode ser vantajoso financeiramente para frente. Sabem apenas pensar no agora (se divertir e viver o agora sem se importar com o futuro e com os outros), e se um dia alguma coisa acontecer, como alguns mesmo dizem – Que se f******, vamos morrer tudo mesmo um dia.

    Instrução e educação de berço é um dos itens fundamentais para se ter a mente aberta e ser um preparador!

    • Eremita Urbano

      Realmente existem algumas situações muito complicadas mesmo, em alguns casos só resta prepararmos a nós mesmos… infelizmente algumas pessoas, não tem a capacidade de acordar e ver o mundo como ele é…Obrigado por partilhar conosco seus comentários

  • sobrevivencialismo e preparaçao eu nunca fala com minha familia essas palavras. devagar mesmo e isso sao 10 anos agora ja tenho uma horta 4 criaçoes de animais e otimas reservas e tudo com eles de acordo e participando,hoje esta tudo tranquilo mas foi muito dificil e roendo pelas beiradas.
    Otimo post parabens!

  • Mais uma boa matéria Eremita, assim como muitos eu também sei bem como é primeiro tentar trazer todos para o modo de vida sobrevivencialista, inclusive eu mesmo comecei tudo muito recentemente, depois arranjar boas justificativas para compra de alguns equipamentos e suprimentos extras ao que costumamos consumir no mês. Tenho usado como argumento alguns episódios que ocorreram na cidade onde moramos, como exemplo uma enchente ocorrida a alguns anos e que deixou as coisas bastante complicadas, bom nessa época nem sonhava com o sobrevivencialismo. Minha esposa ainda não aceita muito bem, mas tem aceitado mais minas aquisições, inclusive recentemente ela se sentiu mal e o que salvou foi uma dos medicamentos que carrego no meu kit EDC, que costumo chamar de kit de sobrevivência, outra vez foi quando alguns morcegos estavam aterrorizando a casa da avó da minha esposa e aí que entrou a carabina de pressão e assim foram outros exemplos, dentre eles as constantes manifestações ocorridas no Brasil. Enfim concordo que temos de tentar de todas as formas trazer aqueles que amamos para viver e ver a vida como sobrevivencialista, mas quando não está fácil as sutilezas fazem milagre. Espero que vocês continuem postando excelentes matérias.

    • Eremita Urbano

      Ok Cayo, obrigado pelos seus comentários. Obrigado mesmo!

    • Concordo com seus métodos para alertar os seus sobre possíveis crises que podem enfrentar. Acho que é por aí mesmo, mas mantendo sua posição e mostrando que muitos equipamentos e técnica sobrevivencialistas podem ser úteis a qualquer tempo. abraço!

  • Rodrigo Fiori

    ótimas dicas, eu mesmo sempre digo q estou programando um acampamento, e vou adquirindo para a mochila o q julgo necessário numa situação de crise, calamidade ou emergencia.

  • Sei bem o que é isso.Maridão acha estranho a minha necessidade de comprar certos kits.Acha bobagem, Mas quando precisou de uma faca, não usou a da cozinha e sim a minha e ainda disse: essa faca é boa! O mundo lá fora é cruel, nos momentos de crise, nós mulheres,somos os primeiros alvos.Temos que estar preparadas da melhor maneira possível, cada uma dentro do seu limite.Por isso, quando acho que tenho que comprar algo sem precisar no momento, eu não recuo. Compro, mesmo que naquele momento ele não entenda.

    • Eremita Urbano

      Certinha Sandra. Obrigado pelos seus comentários!

    • “O mundo lá fora é cruel, nos momentos de crise, nós mulheres,somos os primeiros alvos.Temos que estar preparadas da melhor maneira possível, cada uma dentro do seu limite.”

      Concordo MUITO contigo Sandra. Se do jeito que está hoje já somos atacadas, imagina numa crise? Também me preparo porque sei que sendo mulher me consideram um alvo fácil, e não vou dar moleza pra ninguém.

      Ao menos, meu parceiro entende e até coopera.

  • Otima materia. A minha esposa tmb não aceita a ideia de sobrivencialismo , éla é uma pessoa super otimista e acha que sempre vai dar tudo certo. Mas com essas sutilezas eu consegui muitas coisas. Reserva de agua. Gerador de energia. Painel solar. Kit de fuga. Comida e remedio. Radios comunicador. Um mini kit no meu carro e no carro dela. Cursos de tiro. Etc. Usando sutilezas é muito mais facil e eficaz que ficar tentando convencer e mudar a formaa de ela pensar. Hoje ela ja ve as vantagens dos investimentos. Ex. Nunca mais ficamos sem energia eletrica e ela nao perdeu mais a novela. Nao teve mais que jogar o bolo fora ou feijao por falta de gás. E nem sem tomsr banho por falta de agua. Consegui muitas coisas sem me extressar e sem descutir.

    • Eremita Urbano

      Valeu João, obrigado por compartilhar sua vivencia, o caminho que considero o melhor é esse mesmo! Obrigado!

  • Luciana Fonseca

    Oi Eremita. Gostei da postagem e já nos preparamos para eventualidades há anos…. Um ponto importante a ressaltar é ensinar as crianças a serem independentes o mais cedo possível. Uma criança, mesmo com 8 ou 9 anos já compreende o funcionamento de muitos equipamentos, aprende a lidar com animais com facilidade, sabe se localizar na cidade, enfim, basta ser ensinado e seu filho pequeno pode contribuir muito num caso de necessidade e mesmo no dia a dia, por que não?
    Abraços.

    • Eremita Urbano

      Oi Luciana, é uma boa dica a sua, realmente é importante ensinar os pequenos a serem independentes, num texto anterior que escrevi defendo bastante essa questão de ensinar o básico aos filhos e afirmo que os bons pais são aqueles que vão se tornando desnecessários a medida que o tempo passa, digo isso justamente no sentido de não deixarmos nossos filhos dependentes, é importante ensiná-los.

  • A dica das promoções foi boa, e o texto foi muito bem pensado Eremita.
    Essa semana mesmo vi uns comentários no face sobre isso, a inclusão da família nas preparações ou cenários de crise, usar as palavras certas ajudam bastante.

  • Olá, Júlio! Discordo do seu artigo, pois acho que devemos assumir nossos objetivos e ideais. Devemos falar abertamente sobre nosso modo de pensar, mesmo sob críticas ou deboches! Òbvio que comprar equipamentos com dinheiro alheio(dos pais) ou deixando de pagar uma boa escola para os filhos para construir um bunker não é sensato.
    Até é bom ter amigos e familiares nos contrariando em determinado objetivo para não sairmos fora da realidade e virarmos paranóicos. Mas demonstrando determinação, eles vão aceitando nosso ponto de vista e vais perceber que muitos vão curtir a ideia ou puxar conversa sobre o assunto.
    Economicamente, preparativos sobrevivencialistas não são caros (exceto se for padrão americano) e muita coisa tem uso prático mesmo em tempos estáveis. Exemplos:
    – Estocar alimentos não é problema desde que seja renovado e consumido antes que estrague;
    – Ter uma horta é garantia de verduras saudáveis e de graça;
    – Uma cisterna para armazenar água da chuva é ótima para regar as plantas e pode ser usada na limpeza do pátio e carro, poupando a água do abastecimento público.
    Porém, pessoas totalmente avessas a preparativos anti-calamidades são do tipo que nem uma poupança fazem e gastam o que tem e o que não tem com superflúos. Se fossem meus pais, eu sairia de casa e se fosse minha esposa já estaria divorciado.
    Então, assumir nossos ideias é o melhor caminho, e muitos vão se interessar pelo tema – desde que não seja um extremismo maluco!

    • Street Hawk

      Não é o Julio que escreveu e sim o Eremita Urbano.
      Quando você impõe uma idéia, a força contrária de repulsão dessa idéia vem na mesma medida. De modo que é totalmente errada a sua colocação de argumentos Max, pois a sua premissa é contrária a uma relação harmônica quando alega que é necessário falar abertamente mesmo sendo debochado. Isso é exatamente o que não se deve fazer, porque você tenta convencer quem já criou uma visão depreciativa da questão. Ou seja, sua intenção foi boa, o que pôs tudo a perder foi o seus métodos. Ao contrário do que você alega, a mudança de comportamento ou aceitação de uma idéia se dá mediante colaboração e aceitação de ambas as partes (quem quer colocar um ponto de vista e seu interlocutor) visto que o que foi passado pelo autor do texto é sim uma abordagem com uma efetividade muito maior do que criar um antagonismo dentro do seio familiar. Isso se chama persuasão, poder de convencimento, muito mais plantando uma idéia do que forçando alguém à uma forma diferente de pensar. Portanto, não é a idéia em si, mas como ela é aplicada que faz toda a diferença, ninguém gosta de imposições, ainda mais hoje em dia aonde todos acham que sabem tudo. até uma situação crítica se instale. E vão lembrar daquele cara tranquilo que dava toques de como fazer um “seguro” de determinadas coisas que eram menosprezadas até então. Fica a dica

      • Eremita Urbano

        Valeu Street Hawk, gostei bastante da sua argumentação e penso exatamente da mesma forma. Existem opiniões diferentes, mas a minha experiência me leva a concordar fortemente contigo. O ser humano realmente não gosta de imposições, elas geralmente causam um desconforto e consomem uma energia que não acho interessante gastar, principalmente com amigos e família com os quais devemos procurar sempre estar buscando a harmonia. Muito obrigado pelas suas considerações, as achei muito bem expostas e bastante enriquecedoras.

      • Olá Street, eu não quis passar a ideia de impor um ponto de vista ou comportamento a ninguém, mas assumir uma postura. Além do mais, nossa família ou aquele círculo de pessoas que queremos\podemos preservar em uma crise devem estar cientes do que pensamos e de como nos preparamos, porque obrigatoriamente deverão ser participativos no tempo de crise também. Não me refiro a discutir com o vizinho ou colega de trabalho, exceto quando demonstram interesse.
        Talvez essa seja minha opinião porque tive a sorte da aceitação da minha da esposa. Então não houve choques, apenas discordâncias de métodos. Mas confesso que nossos maiores “preparativos” são direcionados a uma crise econômica, onde basicamente guardamos algum dinheiro, investimos em máquinas e ferramentas, além de procurar fazer cursos técnicos e superior. Até aqui nada supreendente, mas pode servir até se tivermos que viver em outra cidade ou estado, quem sabe em outro país devido a uma crise local. Porém, discutimos outros projetos para crises diferentes também.
        Resumindo, sendo dono de nossos recursos, podemos estocar alimentos e comprar equipamentos sem usar subterfúgios. Se um familiar nos disser que estamos exagerando nos gastos ou no tempo dedicado aos preparativos, pode ser bom para avaliarmos se não estamos realmente exagerando na dose.
        Obrigado Street, um abraço!

    • Eremita Urbano

      Entendo seu ponto de vista Max, embora não concordemos com a forma da abordagem quando aos outros agradeço o seu comentário, afinal ideias diferentes no levam a pensar e isso é bom.

      • Desculpe pela confusão entre autores! Na verdade ainda sou principiante no assunto, além de muito distraído…abraços.

      • Eremita Urbano

        Tranquilo Max, sem problemas, tudo em paz… abraços pra tí!

  • Curti muito as dicas para pessoas que enfrentam esse “problema”, por incrível que pareça é exatamente desse jeito que tenho que fazer e está dando certo. Também não tento convence-los e ser saber estamos nos preparando.

  • carlossilvapb

    Vivemos numa sociedade que está à beira do abismo e não se dá conta disso. Para a maioria, as crises são coisa de filme, ou de documentário do Discovery. Para a maioria, a preocupação é encontrar sinal wi-fi para bater papo no Whatsapp. Crises? Que crises? Esses malucos que se preparam? São exatamente isso! Malucos! A internet jamais vai sair do ar. A energia jamais vai acabar, pois o governo não vai deixar. O governo não tem conseguido nem ao menos dar um mínimo de segurança ao cidadão. Não tem assegurado nem um atendimento médico para coisas simples. E as pessoas ainda tem confiança nele?
    Ao menos algumas pessoas de minha família se deram conta disso e estão se preparando… Posso dizer que tenho bastante sorte neste ponto…

  • Uma boa forma de comprar determinados produtos é alegando que estão em promoção, aproveitando isso para comprar algo novo ou em maior quantidade com a justificativa de aproveitar o preço baixo.

  • Um dia a tempestade vem, e as estruturas tem de estar preparadas para suportar. Mesmo que ela demore a vir, não baixe a guarda, se quiser sobreviver ! Como chefes de família temos que prever situações, mesmo que no presente pareçam absurdas. Relembrando a filosofia do sobrevivencialismo lembrei- me da antiga história de noe e sua arca, e o armazenamento para seca no Egito ! Acho que saonossos ancestrais do sobrevivencialismo.

  • Luciano neres

    Show d bola… a minha familia (esposa e filhas) até entendem um pouco o assunto pois eu uso um pouco dessa estratégia e deixo bem clro q não é loucura e sim uma forma d se sobressair bem d algumas situações do dia a dia… Minhas filhas já estão colocando lanternas e kits de primeiros socorro em suas necesser… Então “é desse jeito”… Levando as pessoas a entenderem a necessidade de sobreviver as situações!!! + a grande maioria tem q ser tratada na total discrição!!!! Valeu galera!!

  • Concordo com Você, foi assim que minha esposa começou a se interessar por preparação, hoje já temos boa quantidade de comida e água em estoque, e até plano de evacuação a um local de difícil acesso em caso de desordem publica. Comecei dando exemplos das greves na Argentina, Venezuela e outros lugares mais próximos ondem a sobrevivência em sociedade foi ameaçada por crises. Funcionou também mostrar alguns filmes de crises.

    • Eremita Urbano

      Boa esse é o espirito, acho que tem que ser com jeito mesmo. obrigado pelo comentário!

  • Boa Eremita ! Realmente nos dias de hoje não ta fácil convencer as outras pessoas de se prepararem ! Outra “malandragem” é levar a família pra acampar quem sabe eles não “aprendam” algumas técnicas básicas por lá !? Abraços!

    • Eremita Urbano

      Isso… é uma boa também, ir levando a acampamentos… aos poucos… é uma boa! Obrigado pelo comentário!

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