SHTF School: Matar pessoas em um cenário de crise – Consequências que poucos pensam

Cerca de três anos atrás a mulher e o filho do meu amigo estavam no carro quando bateram em outro veículo. Era um acidente bem pequeno, os dois carros estavam devagar e somente ficaram arranhados. No outro carro haviam quatro caras bem bêbados que imediatamente saíram do carro e começaram a ofender a mulher e a criança. Ela trancou o carro e ligou para o marido.

Os caras eram jovens e bêbados e provavelmente não queriam fazer nada demais além de parecerem descolados e perigosos, mas um deles sacou uma faca para assustar a mulher. Era de manhã e haviam muitas pessoas na rua, até algumas pessoas chegaram perto mas não quiseram interferir.

Uma dessas pessoas chamou a polícia. Seu marido veio rapidamente e encontrou esses caras gritando para sua mulher e seu filho, enquanto o cara com a faca estava furando os pneus do carro.

Meu amigo pulou do carro dele e quebrou o maxilar do cara com a faca e depois bateu nos outros três em poucos minutos. Eles sofreram costelas quebradas, traumatismo craniano e um externo rompido.

As testemunhas disseram que ele começou a estrangular um dos caras. Quando dois policiais vieram, eles o separaram do rapaz e então ele começou a estrangular o policial. Finalmente o outro policial o deixou inconsciente com a tonfa. Quando ele ganhou a consciência novamente, estava na prisão.

Ele saiu de todo o problema graças às testemunhas e pegou uma penalidade mínima por ter atacado os policiais (graças ao seu psiquiatra).

Ele tem 1,70m e cerca de 70kg e se você perguntar para todos (antes do evento) sobre ele, iriam dizer que “é uma pessoa muito legal e pacífica, sempre evita problemas, na verdade é alguém que tem medo de violência, um cara que confia no sistema e no amor entre as pessoas”.

Eu estava com ele durante a guerra. Nossa crise vinte anos atrás me fez conhecê-lo de forma diferente. Ele era (e ainda é) um dos caras mais perigosos que eu já conheci.

O ponto da história não é dizer que a violência acontece, vocês sabem disso, mas sim o fato de que você nunca pode julgar a pessoa pela aparência.

Para ser mais preciso, caras realmente perigosos não procuram por encrenca. Eles na verdade a evitam pois sabem que a encrenca pode gerar outras coisas. É a mesma coisa com os “psicopatas”. Se você passar por alguém usando roupas engraçadas e agindo de forma louca ele provavelmente estará só fingindo. Reais psicopatas tentam ser e parecerem normais.

Voltando à violência agora. Quando você tem grande experiência em usar violência, pode-se dizer que você entra nesse “tipo de pessoas” e isso muda as coisas para você. As pessoas não gostam de estar perto de outros que já mataram, não importa porquê o fizeram. Depois que você percebe que é capaz de fazer isso, sabe também que é capaz de fazer de novo, e de novo. Um grande tabu é quebrado quando você mata alguém. Isso é assustador para quem convive com você.

Algumas dessas coisas são ruins, mas também dão alguma vantagem sobre as pessoas normais. Sim, você pode ter certeza de que depois de tirar algumas vidas você não será o mesmo homem, você estará fora do grupo de pessoas normais.

Durante a crise faz sentido ser conhecido como o cara que não leva desaforo para casa, mas até certo ponto. Depois desse ponto a sua “fama” de ser durão pode atrair outro, talvez caras mais durões para te derrubar simplesmente para conquistar maior fama. Se o nível de violência cresce ao seu redor, você tem de “se misturar”. Não se exponha como fraco e nem como extra forte. Talvez um pouco mais forte do que o normal, mas isso é o suficiente.

Usar a violência para sobreviver e usar violência porque você gosta são coisas muito diferentes. Eu vi pessoas que se “descobriram” ao serem violentas pois elas gostaram do sentimento de poder que vêm junto com os atos.

Eu conheci um cara que gostava. Ele era um homem de família que começou assim como nós durante a crise. Ele fez o que deveria fazer para sobreviver, mas com o tempo ele começou a gostar de tudo isso. A família dele começou a não se sentir confortável com sua presença pois ele era aquele cara que tinham uma opção nova para agir. Ele pode matar e tirar a vida, simples assim. Isso assusta muito as pessoas.

Tenha em mente que as pessoas falam sobre o que aconteceu. As pessoas falarão se você matar alguém. As histórias voltarão para seu grupo e algumas pessoas terão uma péssima impressão de você pois não compreendem a situação em que você estava.

Esse cara que eu estava dizendo não era traficante ou mente criminosa. Era um cara normal de família, ele só achou algo estranho e escuro que estava dentro dele durante a guerra. Ele morreu quando se tornou muito descuidado pois acreditava que era forte e inteligente demais.

Uma mulher de vinte anos apunhalou ele durante uma troca. Ele estava muito confiante. Veio como uma surpresa para um homem que era orgulhoso e famoso por ser assassino…Isso pode acontecer com qualquer um. Essa história é uma lição importante que nunca perde o prazo de validade.

O que você deve entender é que o sentimento de estar no poder de tirar outras vidas pode colocar ideias estranhas na sua cabeça, todos nós sofremos com isso, mas alguns caras esquecem que a sobrevivência não se trata disso.

Hoje em dia a maioria das pessoas são consideradas “duronas” pois outras pessoas dizem, eles estão vivendo na fama e no medo de outros. Reputação é tudo, então a maioria das pessoas acreditam e nem se quer questionam-se sobre isso. 

Quando a crise ocorrer ter um homem no seu grupo ou família que parece uma versão estranha de um herói de filmes de ação não é aconselhável. Não existe competição de contagem de corpos e desejar cegamente em fazer violência com certeza lhe trará muitos problemas.

Atualmente no mundo “normal, quando eu ando durante a manhã e vejo algum problema na minha frente como por exemplo alguns caras bebendo e me encarando, sabe o que eu faço? Eu vou evitar, atravessar a rua. Você pode me chamar de covarde que eu não ligo, mas a verdade é que eu sei que se eu me envolver em uma briga, farei algumas coisas sem hesitação.

Eu sou conhecido pelo que sou capaz, e eu lembro (muito bem) do que fiz anos atrás quando encarei a violência. Eu não teria “botões de segurança” (ou algo que me diria “ok, é o bastante”) então eu prefiro evitar.

Se você carrega uma arma e um cérebro ao mesmo tempo, você também não vai procurar por problemas.

Uma das coisas que minha experiência me trouxe é a habilidade estranha de “reconhecer” caras perigosos, eu sei que alguns também podem ver isso em mim. Eu não estou falando aqui sobre algum poder estranho, estou falando sobre olhar nos olhos do cara e eles dizerem “Ah, eu sei te machucar bastante, já fiz isso antes. Farei isso novamente se for forçado e farei de forma muito eficiente”. Alguém que tem todas as possibilidades, incluindo colocá-lo em dor extrema e acabar com sua vida… Pessoas que pensam assim e viveram isso são diferentes, interagem de forma diferente.

Veteranos de guerra com experiência em combate em locais fechados sabem perfeitamente do que eu falo. Condenados e outros que viveram em ambientes violentos sabem também.

No final do dia, usar violência é algo muito ruim, te destrói. Também pode destruir relações entre as pessoas pois te muda e muda também a forma como te vêem. Você pode trabalhar em si estas questões durante muitos anos, mas isso não muda o fato de que você é um homem diferente da maioria das pessoas à sua volta.

Anos depois do colapso que eu vivi você pode pensar que eu sou como todos que estão ao meu redor, mas na verdade não sou. Em uma fração de segundos eu estou pronto para voltar ao que eu era naquele tempo. Pessoas que não estiveram nesse tipo de cenário acham que é uma boa opção ter isso…”O Selco está preparado”… Sim, mas eu também carrego isso comigo quando estou no parque para relaxar e ver famílias se divertirem. Esse lado negro nunca te abandona.

Se você tem experiência ou já se envolveu com violência, por favor, compartilhe nos comentários como isso mudou a sua vida ou a vida de quem você conhece.

Texto traduzido e adaptado do blog SHTF School

37 Comentários

  • Sempre fui magrela, quando estava com 14 anos tinha uma namorada na escola, certo dia um grupo de cinco garotos, um ano mais velho que eu começou a me perseguir, onde eu estava, eles estavam atras de mim, eu corri varias vezes deles. Um dia entrando na minha casa no começo da noite com minha namorada eu vi que esse grupo vinha em nossa direção, tentei abrir o portão o mais rápido possível, entrei primeiro em pânico, minha namorada ficou para trás e eles passaram a mão nela! Perdi a consciência, entrei em casa e sabia onde meu pai guardava seu .38 de seis tiros, municiei e sai a procura deles, encontrei eles num fliperama, eles me cercaram e o maior me deu uma cabeçada, saquei do revolver e descarreguei, não matei ninguém, tinha um policial no ponto de ônibus em frente ao fliper, fui preso e dei muito trabalho para a minha família. Nunca mais deixei de ter uma arma, sempre estava armado, esperando encontrar o cara que me deu a cabeçada, ia pra escola, depois pra faculdade sempre armado. Fiz boxe, jiu jitso, na esperança de me tornar mais confiante, tudo em vão, continuo o mesmo covarde, hoje sou advogado, bem sucedido até, tenho uma filha linda e uma esposa linda e maravilhosa, e tenho uma .380 16+1 sempre pronta, um canivete benchmade Adamas que me acompanha até no banho, sempre esperando aqueles caras virem atras de mim, esses dias recebi um vizinho que bateu na minha porta sem tocar o interfone com a pistola na mão! Resolvi procurar ajuda, mas decidi que minha arma e minha faca nunca sairão de perto de mim, nem na consulta com o psicólogo minha faca me abandona, parecem ter vida própria, mas sou um covarde, tenho medo de brigas, tenho muitos amigos e tenho medo por eles e pelas pessoas que amo e mais ainda, tenho medo de mim, medo da minha filha linda nunca mais olhar pra mim da mesma forma se um dia a coisa sair do meu controle, a comunidade sobrevivencialista tem me ajudade bastante a ser um homem cinza e por enquanto tem dado certo!

    Obrigado por escutarem meu desabafo.

  • Gente. Busquem o caminho da meditação. Vós precisam aprender q ação gera reação. Consequências são inevitáveis neste ou em outro plano. O controle do eu, quer dizer do pensamento q está vinculado a língua, o falar, traz estas ações negativas. Nunca passei por isso, talvez não entenda mas talvez justamente por praticar desde os 10 anos bons pensamentos … Então boa sorte, busquem o atu conhecimento que eh chave para fugir da violência.

  • Eu já passei pela experiência de ser estrangulado quase até a morte.
    Um cara drogado tinha me atacado (não sei se me confundiu com outra pessoa), eu tinha 15 anos na época.
    Nunca tinha sequer cogitado a hipótese de ter que realmente ferir alguém pra me defender.
    Esse cara me deu socos e eu caí sem reação e aí ele veio por cima e bateu minha cabeça no chão, eu fiquei atordoado e ele começou a me estrangular.
    Até o momento eu em pânico pedia que parasse, até que o pensamento seguinte veio: “Ele vai me matar”.
    Nessa hora eu resolvi liberar tudo o que eu tinha de raiva e lutar com tudo. Eu consegui rolar com ele e segurando ele pelos cabelos bati a cabeça dele no chão 1, 2, várias vezes, quando me dei conta tinham pessoas me segurando enquanto ele estava caído desacordado.
    Não sou uma pessoa briguenta, evito problemas porque aquilo ficou na minha mente: “Eu não quero confusão porque eu sei que eu já quebrei a barreira de decidir matar em caso de risco à minha vida.
    É uma coisa que só conhece quem já se fez essa pergunta enquanto estava à beira da morte.
    Ps. O meu agressor sobreviveu então não sei ainda como realmente me afetaria ter tirado a vida dele.

  • Eu estudei Jiu-jitsu, MUay-thay, Boxe, westling, Krav-maga e luta com facas. Como uma espécie de hobbie.

    Quando saia para beber nos grandes centros, por ter 1,80 e 92 quilos.
    Queriam encrencar comigo, até porque era raro eu sair com muitas pessoas, sempre fiz mais o tipo solitário que acaba fazendo amizades.

    Então mesmo dizendo, ´´não quero brigar“ as vezes fui forçado a isso.
    Eu sofria bullyng quandro criança, pois morava em outro país, eu era realmente espancado.
    Então em situações de violência eu lembro daquelas cenas, eu fico furioso da mesma forma que eu ficava, mas…eu não sou mais indefeso.

    Dentes partidos, roupas ensanguentadas, braços e joelhos quebrados foram consequência de imprudência alheia, diria falta de auto controle, mas eu recebia a agressão primeiro.

    As vezes, eu levava um soco e dizia, ok cara! chega, vou embora.
    E ai recebia um chute, mas já tava lançado o gatinho de frenesi, que me fazia segurar a perna usada junto ao meu corpo e dar um chute em direção a patela da perna de apoio do adversário, as pessoas se horrorizavam e acabava o rolé pra mim. Ia pra casa, com a moral totalmente destruída e me sentindo um lixo, lembrando da reação das pessoas ao meu redor.

    Ou os amigos do cara se doíam e o estrago era maior, tanto neles, quanto em mim.

    Eu aprendi a não sair mais, ir sozinho no cinema, em pizzaria, as vezes chamar os amigos em casa, sair de dia. Porque a noite é um risco.

    Outra coisa é não ser chamativo.

    Usei uma camiseta da Pretoriam no metro, porque acho muito legal essa camiseta, passei por um homem e ele esbarrou em mim, continuei andando e ele chutou o meu pé para que eu caísse.
    Eu senti muita raiva, mas ignorei e andei mais rápido.

    Outra vez no metro, eu subia escadas rolantes bem íngremes, 40 metros ou mais, só tinha um homem do lado direito.

    Eu passei por ele e DEPOIS de ter passado, tomando cuidado para não encostar nele, ele esbarra propositalmente em mim.

    E eu ponderei a respeito, de ele ter se prevenido de levar um ´´chute de mula“ na garganta, rolando as escadas a baixo, escadas de metal, por 20 metros.

    Olhei pra trás e estava ele de cabeça bem erguida me olhando feio.

    Mas é algo com o que é preciso conviver.

    Talvez seja um testo dos mentores espirituais, para saber se você merece continuar aprendendo artes marciais. Se é digno.
    O fato é que sempre me vêm uma oportunidade gratuita ou quase de aprender com mestres, e isso me é muito satisfatório.

    Abraços.

  • Caraca, bacana li este texto no momento certo, muito boom ! ando meu doido das ideias um tal desejo de matar .gostei !

  • Amigo, sou da paz, sou muito pacífico mesmo. Agora quando fico pensando se em um país como o nosso onde toda espécie de bandido, assassino, marginal, pilantra que só vive às custas de roubos, saques e mortes, ou seja do suor de seu semelhante, é extremamente beneficiado pela nossa justiça (não é excluído do convívio social (prisão)), comete vários atentados à segurança do cidadão honesto/trabalhador, é levado à delegacia e solto quase que imediatamente e quando volta a cometer crimes ele é novamente libertado, vezes seguidas, fico pensando se quando me confrontar com essa pessoa ameaçando a minha vida e dos meus entes queridos fico tentado à eliminar, de uma vez por todas, essa ameaça da minha vida e todas as pessoas de bom coração desse mundo. Quero entrar no modo instintivo/defensivo e só parar quando já não houver mais ameaça na minha frente, distinguindo com claridade e precisão quem representa ameaça e quem representa segurança para mim. Àqueles que tentarem me deter com a intensão de que não me prejudique com as consequências que poderão advir dos meus atos, as autoridades policiais, etc, saberei distinguir e respeitar. Quero segurança para mim e para os meus. Sei que não serei mais o mesmo depois que tudo isso acontecer, é desgastante demais, tanto física quanto emocionalmente. Quanto ao desgaste social depende muito do meio em que se vive. Se for em uma localidade muito violenta sua família vai te ter como um defensor capaz e determinado a garantir sua segurança, custe o que custar. Em casos extremos, medidas extremas. Seus vizinhos e amigos podem terminar se aproximando mais, na medida em que te percebem como modelo de atitudes a serem tomadas em situações críticas que são, infelizmente, comuns no seu dia a dia. Muitos terão a esperança de que possa apoiá-los nesse inferno em que vivem, principalmente àqueles que não sabem ou temem reagir, mesmo em defesa própria ou dos seus. Muitos são as vítimas que aparecem nos telejornais, literalmente, todos os dias. Você é obrigado à escolher entre sobreviver e proteger sua família ou morrer e deixar que todos pereçam em seguida. Ao longo dos meus meio século de vida sempre consegui evitar essa situação. Dou graças à Deus por me permitir escapar desse desgaste, dos traumas e do sofrimento intenso que esse tipo de evento nos traz, principalmente aos nosso familiares. Quero continuar seguindo em paz o meu caminho e peço à Deus que assim seja, sempre.

    Felicidades para todos e sigam em PAZ.

  • você(autor) era algum tipo de soldado? Seu relato me deixou tanto quanto curioso..principalmente a respeito dessa “crise”.

    • Manoel Barbosa

      Ele era um civil durante a guerra, só que a coisa tava tão feia que ele teve de matar e viu pessoas matando várias vezes (de acordo com o próprio).

  • meu caso é de violencia talvez sirva para futuras reflexoes … esta eu e minha em uma ida a praia coisa que fizemos a pouco tempo e quando necessitamos de dinheiro por conta da falta de opçoes fomos em caixa eletronico dentro de um mercado ao sair pouco depois de cruzar uma esquina percebi que doi meninos (adolescentes, moleques) que ate onde vi estavam indo direto pela avenida e nos viramos em outra direção na esquina e fomos indo mas olhei para tras rapidamente e notei que eles que estavam de bicicleta pararam um deles pelo menos e o outro estava vindo pela nossas costas eu por muita sorte estaba bem preparado estava com minha faca dobravel aquela que da pra girar e sair do cabo ou faca borboleta, e quando saquei a faca esperando ele chegar “fecheii a cara” e fiquei segurando a faca deixando claro que ele teria problemas se chegasse perto então ele desistiu e deu meia volta …parte boa; minha namorada me beijou e ficou toda feliz por termos nos livrado da situação e por eu ter protegido ela. parte ruim: não gosto disso de ter que me proteger e usar algo que possa matar outro ser humano mas eu sei que entre um desconhecido potencialmente perigoso e minha familia e incluo minha namorada certamente eu mataria e prefirira por em prioridade as pessoas que eu amo mesmo que isso implique em tirar a vida de um pivete que deveri estar na escola estudando ou na cadeia por tentativa de assalto.
    bem pessoal é isso gostaria que vocês entrassem em contato comigo no facebook pois gostaria de me entrozar mais com o pessoal que tem o conhecimento de sobrevivencia e tal.
    procurar por leandro rocha unifesp

    • Olá Leandro,

      Obrigado pelo seu relato. Recomendo que procure o grupo estadual de onde você mora, basta acessar a lista na aba no topo do blog.

      Abraços.

    • Manoel Barbosa

      Leandro, aí vai uma sugestão:
      Sair em sites ou abas de comentários dando o seu contato de telefone ou similar pode lhe trazer alguns problemas, uma vez que você perde o seu “low profile”, indo completamente contra as diretrizes do “gray man”. Ouça o sobrecast entitulado “O homem cinza” aqui no portal.

  • Tudo bem em caso de necessidade usar a violência e até matar, se isso for necessário para a pessoa preservar a própria vida ou de outrem. Afinal, neste caso seria justificado.

    O que eu digo que é perigoso é o cara ligar o “modo guerra” e se descontrolar. Perder o controle sobre a hora de parar. No cara exemplificado pelo texto, ele atacou até o policial. Ele não reconheceu o policial ou atacou-o intencionalmente? Ele não iria parar até todos na volta dele estarem mortos? Se não fosse o golpe de tolfa, quando ele pararia?

    Eu digo que o poder é algo perigoso sem controle. Se um cara descontrolado desses vem me atacar e eu estiver armado, eu vou sacar a arma e ele não vai parar. Ele não parando, meu recurso vai ser puxar o gatilho, e ele pode morrer por isso.

    • Olá Adriano,

      É exatamente este o foco do texto, explicar que aqueles que passaram por violências extremas não têm problemas em fazê-las novamente. Assim que a “gaiola é aberta” ele só para quando vê que toda a ameaça foi contida. Obrigado pela opinião.

      Abraços.

    • Eu entendo o que você quis dizer cara, é importante saber a hora de parar. Porem acredito que é algo que exige um extremo controle mental, em situação como essa a adrenalina ou instinto de sobrevivência podem tomar conta, ai o pensamento do cara deixa de ser “Eliminar as ameaças” para “Eliminar” em um piscar de olhos e sem ele saber. Não tô defendendo o cara, mas sei que é uma questão muito mais complicada. Pensa comigo, se a sua vida estivesse em risco, você conseguiria mesmo se conter? Ou você faria de tudo para sobreviver?

  • Yoseph Makabi

    Muito bom o texto. Eu sei o que é isso. Passei por isso. Hoje as pessoas me temem e isso me incomoda muito. Tento ser “normal”, nas não consigo. Tenho pena dos jovens que brigam por qualquer motivo. Eu evito ao máximo o conflito, mas se entrar nele é pra destruir o oponente. Destruir no sentido lato do termo. Aniquilar mesmo. Matar. Isso não é bom. Hoje sou vegetariano e moro isolado num sítio, fora do sistema. O Bas foi bastante filosófico nos comentários. Parece um monge tibetano falando.
    SELVA!!!

    • Olá Yoseph,

      Tolo é aquele que expõe sua força e provoca agressões, o verdadeiro alvo a ser temido é aquele que passa desapercebido na maioria dos contextos.

      Abraços!

  • Recomendo a leitura deste artigo. Apesar de ser dirigido primeiramente a policiais, os pensamentos são pertinentes.

    http://comunidadepolicial.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html

  • Bo a tarde JulioComo sobreviver um colapso do Yellowstone ?abs

    Date: Mon, 6 Jan 2014 15:47:08 +0000 To: jpwconsultoria@hotmail.com

  • Jonathan Castellano

    Acho muito interessante a discussão, porém alguns dos comentários acima apresentam opiniões fundamentadas em um conhecimento muito superficial ou mesmo baseados na cultura de violência dos cinemas.
    Eu realmente acredito na preparação pessoal, sou também autor de um blog sobre o assunto, Discordo que uma preparação em artes marciais de seis meses coloque qualquer pessoa em uma situação de vantagem sobre os demais, visto que dá uma base técnica muito frágil e pensar que você é capaz de enfrentar um combate real com facilidade porque você treinou artes marciais por seis meses pode te colocar em uma situação de perigo real com a qual você não será capaz de lidar.
    Por experiência pessoal como praticante de algumas formas de combate, por décadas, tendo inclusive ministrado aulas durante vários anos para os policiais no presídio e na casa de detenção do Carandiru, afirmo por amarga experiência que a violência é uma opção apenas e tão somente quando sua vida ou a de outros estiver em risco e não for possível a fuga.
    É bom estar pronto e saber defender-se, mas isso toma muito tempo, pois exige não apenas a apreensão de técnicas de combate, mas a alteração de sua própria natureza e o absoluto autocontrole que advém desta situação. Em uma situação que tire a vida do agressor, não creio que alguém que luta pela vida, sua própria ou de outros sofra tantos danos emocionais, quanto aquele que busca a violência como uma forma de estabelecer um limite ou até uma fama. Não quero ser reconhecido como alguém cuja força é maior quea a dos outros, quero passar despercebido e quero que minha força seja uma surpresa, caso eu precise realmente utilizá-la. Lembrando que não é, de fato, possível saber quem é mais forte que quem, portanto eu parto sempre da premissa de que estou enfrentando meu pior e mais capaz inimigo a cada combate e acima de tudo não estou tentando sobrepujá-lo ou vencê-lo, estou buscando sobrepujar e vencer apenas a mim mesmo.

    Jonathan Castellano
    http://www.beeready1.blogspot.com

    • Olá Jonathan,

      Obrigado pela complementação e por mostrar sua opinião. Acredito que artes marciais são sim práticas saudáveis e interessantes (todo conhecimento extra é bem vindo), mas confiar nestas para efetuar uma defesa eficaz contra um agressor não é algo que aconselho. Novamente, obrigado pelo seu ponto de vista bastante sensato.

      Abraço.

  • otimo texto, eu penso que todo sobrevivencialista tem que ter uma preparaçao tambem em artes marciais, nem precisa ser muito, seis meses ja te deicha em uma posiçao bem confortavel perante a maioria das pessoas. eu gosto de me preparar para uma crise economica mais não querendo mudar de assunto mais ja mudando, hoje eu li esta reportagem na globo acompanhe http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2014/01/foi-um-milagre-diz-gravida-que-escapou-de-desabamento-no-para.html
    cara uma cratera se abril no brasil é no minimo estranho fala a verdade…..

  • Quando criança, vi cenas fortes de violência, e na adolescência, vi cenas mais fortes ainda, com mortes e na fase adulta sofri violência, brutal, escapei da morte por disparo de arma de fogo e faca.
    me lembro de sempre andar armado com arma de fogo, porém durante os ataques que sofri, não continha nenhuma, ingressei nas artes marciais e passei a ficar mais confiante em saber me defender e atacar, com estas habilidades, obtive um controle maior do meu animo e assim consigo evitar violência.
    Não me considero uma pessoa violenta, mas sei intimidar ate lutadores profissionais, digo isso por ter sofrido perigo real, coisas que muitos não entendem, e sim quando você sofre estes ataque e ou os provoca, isso faz de você uma pessoa diferente.

  • eu também em uma situacao dessas agiria dessa mesma forma
    realmente não da para analisar todo o risco mas e preciso ser o mais racional o possível para fazer a coisa certa ,as vezes um simples erro, pode lhe prejudicar para o resto da vida.

  • é estranho ter pensado nisso e respondido de “bate pronto” – eu mataria.?
    pois já idealizei situações de crise onde minha vida corria perigo e respondi no ato que matava (na minha idealização). quando se trata da sua vida, sua integridade, defender seu território, sua família, em uma situação onde não se pode confiar em ninguém, é racional o ato de tirar uma vida. não é um comportamento “correto” segundo a fina camada de civilidade que nos cerca, mas é aceitável. na minha humilde opinião

  • Jean Steeler

    Excelente texto, Julio. Se pensarmos bem, analogicamente falando, é como o conceito Gray Man, mas evoluído e levado ao nível psicológico. Uma carapaça de civilidade como veludo cobrindo um aço bruto, tornando-o mais aceitável. Tem aquele ditado, não olhe muito para o abismo, pois ele pode olhar de volta pra você, Abraço.

    • Olá Jean,

      Exatamente minha linha de raciocínio, porém até onde percebi no texto do Selco, o abismo já olhou para ele várias vezes. Até mesmo em minhas conversas com ele via Skype é fácil sentir que o modo de funcionamento dele é bastante diferente, digo, seus posicionamentos são claros e ele evita quaisquer divergências de opiniões… é como se soubesse que não se cutuca onça com vara curta, entende?

      Abraços.

  • acho legal ver esse ponto de vista, até pq faço oq vc falou no texto tenha uma fama de forte mais não tão forte para atrair pessoas mais fortes e nem tão fraca a ponto de qualquer um querer briga com vc apenas por diversão. acredito q sim essa seja a melhor opção pois a ultima briga q tive foi com 15 anos e agr estou fazendo 18 (sei q é pouco tempo) mais desde aquele tempo não arrumei mais brigas serias ou até toscas apenas discussões q depois se acertaram com apertos de mãos e pequenos conselhos (de minha parte, não da para deixar pensar q esta tudo 100%) os homens sempre viveram atraz de fama luxo e poder. e isso nunca vai acabar

  • É o karma de todo guerreiro querer testar a sua força. Porém também é a sua sina. Força sem sabedoria é apenas auto-destruição. Você pode segurar a onda por algum tempo, manter o controle, mas esse ópio irá te consumir cedo ou tarde, te arrancar da razão e amortizar a sua humanidade. Se for orgulho, será a tua cólera a te matar; se presunçoso, a tua negligência; se ambicioso, o teu desejo; se ganancioso, a tua avareza. Quem já esteve no inferno sabe que nem tudo é fogo, mas o que começa com fogo, com fogo termina.

    Parabéns pelo seu texto.

  • Mais uma vez texto surpreendente!
    Obrigado por compartilhar!!!

  • Flávio Alexander Delaqua Lucas

    Júlio, sobre todo o tema acima, recomendo a leitura do livro “MATAR – um estudo sobre o ato de matar”, de Dave Grossman, publicado no brasil pela Bibliex, editorial de 2007.

    A grande maioria das pessoas, em razão de diversas crenças e condutas sociais, morais e religiosas, nunca mataria outro ser humano. É comprovado cientificamente que a maioria dos militares em situações de conflito não procura matar o adversário (na segunda guerra mundial, apenas de 15 a 20% dos infantes – pessoal da linha de frente – efetivamente chegaram a atirar contra o inimigo. O restante ficava inerte ou fingia usar as armas).

    Porém, existem os que efetivamente chegam a ser os grandes matadores nas ocasiões de conflito. O grande problema, que o citado livro discute, é a reinserção social destes, quando termina a situação de confronto bélico, de forma que deixem ou esqueçam o instinto assassino, quando o país não precisa mais dele. Parece que o sujeito descrito no caso apresentado é um desses casos. O instinto de matar estava sepultado sobre uma leve camada de civilidade, que foi facilmente superada quando ele viu a família em risco. Não duvido de que ele teria matado os rapazes, se os policiais não o tivessem parado.

    • Olá Flávio!

      Muito interessante sua indicação e texto. Vou procurar este título que veio no momento certo, já que estou procurando novas leituras.

      Abraços.

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