Encontrando a melhor propriedade para um abrigo secundário

Quando se trata de comprar um abrigo secundário a localidade é realmente a chave. Aqui vão algumas considerações que você precisa ter em mente quando estiver procurando por uma propriedade com potencial de abrigo.

remote-cabin

Lista de itens do abrigo secundário

Distância: Se você está comprando uma propriedade para servir de abrigo secundário, então você precisa considerar o quão longe ela é da sua casa atual. Qualquer propriedade que você não consiga alcançar com apenas um tanque de gasolina deve ser reconsiderada.

Se você está procurando por um abrigo de sobrevivência principal (onde você morará), distância não é um problema. Na verdade, penso que quanto mais distante possível das cidades principais, mais seguro você estaria em um cenário de crise generalizada.

  • Qual é a distância entre a propriedade e sua localidade atual?
  • Você conseguiria se deslocar até ela em uma situação de crise?
  • O quão distante sua propriedade é de áreas com alta densidade populacional?

Fontes de água: Uma fonte de água confiável é uma das considerações mais importantes quando você estiver escolhendo um local para seu abrigo. De água fresca dos rios até poços subterrâneos, a necessidade por água limpa e renovável é o fator número um à considerar.

  • Quais são as fontes de água que a propriedade tem?
  • Elas são renováveis e estarão disponíveis o ano todo?
  • A propriedade oferece espaço para criação de um lago ou cisterna para coletar água da chuva?

Camuflagem: A habilidade de esconder ou dissimular sua localidade poderá se tornar algo necessário durante uma crise generalizada. Ter uma localidade que providencia recursos adequados para esconder seu “quartel general” poderá ser um outro fator importante de escolha da propriedade.

  • O quão fácil seria para alguém passear na sua propriedade durante um cenário de crise?
  • Existem obstáculos naturais no local que ajudam a esconder e abrigar você? Eles não vão prejudicar o uso da terra? Este ponto será BEM complicado de decidir!
  • Você pode facilmente dar segurança e defesa para este local?

Auto suficiência:  Escolher uma localidade onde você pode sustentar seu estilo de vida é uma consideração importante. Desde ter luz do sol suficiente para manter um sistema de painéis solares até escolher um local que tenha bastante lenha para aquecer sua casa, a habilidade de manter seu estilo de vida precisa ser uma das principais questões a serem pensadas na sua lista.

Recursos naturais: Outro fator importante para escolher sua propriedade é pensar em recursos naturais.

  • É fácil plantar na terra da propriedade?
  • A área tem um tamanho decente para suportar animais selvagens para eventuais caças?
  • Você terá como separar espaços para criar animais?

Custo de vida: Infelizmente o governo está montado de uma forma que garante que você nunca realmente será dono da sua propriedade. Desde confiscos de terra, reforma agrária  até pagar taxas mensais em cima de um terreno que você já quitou, parece que nosso governo está sempre com as mãozinhas dentro do que é nosso. Quando considerando a localidade, o custo de vida deve estar incluso no seu plano. Impostos, custo de produtos na região e sua habilidade para manter todas as contas em dia são itens que precisam receber atenção.

Problemas com zoneamento: Como dissemos acima, o governo tem ótimas formas de ferrar com o seu plano. Tenha certeza de investigar em que qualificação está a sua propriedade (rural, urbana…) para saber exatamente o que você pode e não pode construir, quais permissões são necessárias e quantos problemas os fiscais têm causado para os residentes do local.

Densidade da população: Durante a crise, áreas com maior densidade populacional irão experienciar a maioria do crime e violência, bem como maior probabilidade de epidemias e maior índice de mortes pela falta de recursos e saneamento. Quando escolhendo uma localidade, nós sugerimos estar o mais longe possível de áreas com população grande.

Ameaças naturais: De tornados à terremotos e enchentes, os padrões de clima e ameaças do ambiente devem ser pesquisadas à fundo antes de decidir sobre a compra do local. Tenha certeza que você sabe exatamente quais ameaças poderá encontrar e como o clima local afetará sua habilidade para plantar comida, caçar e ter recursos durante o ano.

Notas do tradutor: Eu (Julio Lobo), estou em busca de opções neste momento. Fato é que um dos pontos que mais me preocupam são as documentações, registros, burocracia e evidência nos cartórios, logo, recorri a uma alternativa interessante. Após vários anos acampando em uma determinada fazenda, consegui a permissão para utilizar o topo de um dos morros do local (que não tem serventia nenhuma para o proprietário) para criar minha BoL “terciária”.

Não há estradas marcadas até lá, não há registros sobre o local e o dono sabe somente que faremos uma estrutura para acampar com mais conforto. Já fiz a análise do terreno e ele propicia potencial para o estabelecimento de uma infraestrutura bastante sustentável. Assim que começar os trabalhos por lá, vou relatar aqui para vocês. Quis adicionar esta nota somente para mostrar que existem alternativas para conseguir um abrigo que não exigem gastos enormes, principalmente se você não pretende morar no local.

Traduzido e adaptado do blog Off Grid Survival

34 Comentários

  • DANIEL MALAGOLI DE RESENDE

    Boa noite Júlio lobo! O que você acha das montanhas da serra da mantiqueira em Minas Gerais para esse refúgio, abrigo? Abraço!

  • Muito bom! Por acaso me deparei como tema sobrevivencialismo e estou muito interessado no assunto. Com o nosso estilo de vida moderno perdemos feio para os antigos que até pouco tempo eram bem mais auto suficientes em quase tudo. Existem livros que ensinam a se produzir de tudo em pequenos sítios, até mesmo a produzir gás que pode ser usado pra gerar energia. O assunto é muito amplo e com certeza a “troca de figurinhas” enriquece muito o nosso conhecimento.

  • Murilo Almeida

    Instruções
    ( 1 ) Informe-se sobre os licenciamentos necessários para construir o seu abrigo. Ou você precisa de uma permissão ou isso não se aplica às leis da sua área. Alguns preferem sigilo ao construir um abrigo, para que a menor quantidade possível de pessoas saiba a respeito dele. Entretanto, ter as permissões certas vai facilitar vários aspectos da construção… Adica da ADEGA foi muito boa; ( 2 ) Planeje a localização e o tamanho do abrigo. O ideal é que o abrigo esteja bem longe das árvores e prédios que podem entrar em colapso com a porta, tornando a saída impossível, mesmo quando o perigo já passou. O abrigo deve também ser construído perto o bastante para que todos na família possam chegar lá facilmente. A Agencia de Gestão de Emergências Federal (FEMA) recomenda que um abrigo tenha ao menos 3 metros de altura e comprimento, para que até 6 pessoas caibam confortavelmente. Planeje o tamanho do seu abrigo baseado no numero de pessoas que podem usá-lo; ( 3 ) Escolha o método de construção subterrânea. O método mais direto envolve escavar a terra para fora em um padrão um pouco mais largo do que a estrutura vai ser. Esse método, entretanto, pode gerar dificuldades ao levar os materiais ao fundo do buraco para completar o projeto. Outro método envolve construir a estrutura em um vale natural dentro da sua propriedade, acima do solo e cobri-la com terra quando terminada. Esse método permite o acesso a cada muro e facilita o transporte de materiais de um abrigo a outro.

    Comece a construir: ( 1 ) Cave um buraco usando uma enxada. Faça um buraco que tenha ao menos 1 metro a mais do que o tamanho pretendido do abrigo. Você também deve deixá-lo uns 60 centímetros mais fundo do que a altura do abrigo. Isso vai permitir que se faça uma construção sólida da cobertura do teto consistindo de uma camada de concreto e uma camada de solo; ( 2 ) Faça a armação do abrigo. A fundação deve ser 20 centímetros mais larga e longa do que as dimensões reais do abrigo. Coloque um isolante de umidade de 8 milímetros no fundo do buraco e construa a armação para a fundação em cima dessa barreira; ( 3 ) Coloque um poste quadrado de 5 centímetros a cada 45 centímetros da largura e altura do abrigo. Use placas de 2 centímetros de compensado e prenda-as em cada poste usando parafusos auto-ajustáveis; ( 4 ) Coloque vergalhões na fundação em um padrão de tabuleiro de damas. Finque os vergalhões no chão e prenda com um martelo para segurar; ( 5 ) Chame um pedreiro profissional para acimentar a fundação. Um profissional em concreto será capaz de inspecionar a armação para verificar a força da fundação antes de aplicar o que vai ser a parte mais cara do seu abrigo. Deixe o cimento secar por uma semana, para que ele possa se ajustar à dilatação e contração natural ao cimento molhado, antes que os blocos de concreto sejam aplicados.

    Construindo os muros: ( 1 ) Instale a armação da porta que você vai usar no seu abrigo. Use pinos de concreto na fundação. Os blocos de concreto vão ficar presos ao redor da armação de madeira; ( 2 ) Use uma espátula e espalhe argamassa nas extremidades da fundação. Pressione cada bloco no lugar em cada fileira. Uma fileira de blocos é chamada de “curso”. Espalhe argamassa nos lados de cada bloco antes de adicionar outro bloco ao curso. Você também pode cambalear o padrão dos blocos porque você vai encher os espaços nos blocos com cimento para dar aos muros uma força adicional. Repita a colocação dos blocos até que o abrigo atinja a altura que você deseja. Permita que a argamassa segue por 3 dias; ( 3 ) Aplique uma camada generosa de isolante de umidade do lado de fora dos muros. Deixe secar e repita o processo mais duas vezes; ( 4 ) Encha os espaços vazios com concreto. Isso vai adicionar força aos muros; ( 5 ) Pregue um cano de PVC em cada canto da edificação com presilhas de encanamento e parafusos de concreto. Cada cano deve ter 1 metros além do teto do abrigo quando ele for coberto, e pelo menos 1 metros a partir do teto do abrigo. Esses canos serão o sistema de ventilação do abrigo.

    Construindo o teto: ( 1 ) Prenda compensado de 2,5 centímetros ao topo do bloco de concreto usando parafusos de concreto. O compensado deve se estender por todo o abrigo; ( 2 ) Prenda quatro vigas de suporte de 10 por 10 centímetros nos muros internos do abrigo próximos ao cano em cada canto. Use as presilhas em “L” no topo de cada viga, onde ele encontra o teto e parafuse as presilhas em cada buraco. Essas vigas de suporte deverão sair do chão até o teto de compensado de dentro do abrigo. Coloque mais três vigas de 10 por 10 centímetros no centro do abrigo, uma no muro direito, outra no esquerdo e a ultima exatamente no centro; ( 3 ) Assente cada viga até que estejam niveladas. Mantenha-as no lugar usando as presilhas em L. Uma vez que a viga está assentada entre o chão e o teto, posicione uma presilha em L ao topo da viga e prenda-a ao teto, usando os parafusos auto-ajustáveis. A viga do dentro pode ser removida quando o teto de concreto estiver seco, ou mantida no lugar, se desejado; ( 4 ) Coloque uma barreira de umidade, como você fez com a fundação, e coloque uma camada de 3,5 centímetros de concreto para o teto. Você pode contratar o profissional de concreto que você chamou para a fundação. Deixe o concreto secar por três dias. Seu abrigo, agora, está pronto pra uso…

    FONTES:
    http://www.ehow.com.br/abrigos-subterraneos-blocos-concreto-como_81094/
    http://www.ehow.com.br/construir-abrigo-subterraneo-como_110655/
    http://www.ehow.com.br/abrigo-subterraneo-barato-como_47414/
    http://www.ehow.com.br/construir-abrigo-nuclear-como_25649/

    Forte abraço,
    Em QAP e QRV

  • Pingback: Abrigo secundário: Conceito e apresentação – Parte 1 |

  • é de extrema importância o treinamento físico para conseguir caminhar até o BOL se for necessário. Quem aí ja colocou a BOB nas costas e foi até o local caminhando.? Tem que treinar, treinar, treinar…

  • Yoseph Makabi

    Parabéns Júlio. Mais uma na mosca.
    Eu já tenho o meu refúgio e está quase autossuficiente. O prazo que me dei foi de mais dois anos e não dependerei mais da cidade para viver e sobreviver. Recomendo que se pense em UM DIA DE CAMINHADA de distância da sua casa na cidade. De preferência que não exista grandes rios no caminho, pois poderá não existir pontes. Pode ser que não vá dispor de carro então você vai ter que ir a pé, com sua mochila no lombo. Recomendo lugares sem indústrias, quartéis, radares, grandes aeroportos… essas coisas são alvos de ataques em caso de guerra. Longe, bem longe, do litoral. Como dica da casa recomendo fazer um porão ou buraco, com entrada disfarçada e uma rota de fuga, tipo um túnel, para algum lugar externo onde possa fugir para o mato ou o morro se for localizado e o abrigo invadido…

  • Gostava de uma opinião
    -> 4000 pessoas numa terra é muita gente?

    Aprofundando:
    Moro numa fazenda
    1 Carro sem dependência nenhuma eléctrica(PEM)
    1 Jipe 4*4
    Grupo de sobrevivencialistas 20 pessoas(aprox)
    BOL
    BOB

    • Yoseph Makabi

      Quatro mil pessoas é muita gente num pedaço de terra, mesmo se for uma enooooorme fazenda… Até umas cinquenta pessoas dá pra segurar a onda, mais do que isso é melhor dividir em grupos menores… Melhor é ter vários pequenos agrupamentos em um mesmo distrito. O pessoal das ECOVILAS tem experiência nesse ramo. Pense que o seu 4×4 pode não ter problema de PEM, mas pode ter problema de gasolina/álcool/diesel…

      • Ricardo Lourenço

        A menos que você saiba usar seu conhecimento sobre gasogênio (muito utilizado durante a 2ª Guerra, inclusive aqui no Brasil). Pesquise e verá como funciona. Ou obter energia de outras fontes.

      • 4000 pessoas e quanta gente tem na minha aldeia

    • Costumo dizer que não se deve andar sozinho seja fazendo uma trilha, escalando ou mesmo fazer um treino mais puxado. Mas também não recomendo grupos grandes. Quando tenho que me deslocar com grupos grandes costumo dividir-lo em grupos menores. Neste caso não penso diferente, no caso de uma quantidade de pessoas mencionadas o ideal seria dividi-las em grupos menores seja para deslocamento seja abrigo.

  • Mais um ótimo post Julio! Como já foi mencionado no blog, a distância de grandes centros é fundamental, já que numa situação de caos (natural/antrópico/”outros”) grandes centros são sinônimos morte certa.
    No momento não posso me dar ao luxo de considerar a aquisição de mais um imóvel/terreno mais afastado do que o que minha família possui no interior, mas por enquanto, nossa terrinha servirá.
    Dispomos de terra cultivável, fontes de água para irrigação e potável, bem como uma cisterna recém-terminada e já cheia até a borda (o último ano foi severo com as plantações lá de casa), pastagem, animais domésticos para alimentação/renda, além de alguns pequenos trechos de mata com algumas pequenas caças e árvores para obtenção de lenha/material de construção, além de árvores frutíferas como jaqueiras e cajueiros, que volta e meia nos rendem uns trocadinhos.
    A camuflagem é precária, e estamos próximos de outros vizinhos, bem como de uma pequena vila, e levando em conta nossos números/condição física, a defesa é um ponto preocupante.
    A autonomia energética também é um ponto fraco, pois dependemos da rede elétrica estatal completamente, inclusive pelo uso de maquinário médio (motobombas e máquina forrageira). O deslocamento do meu grupo familiar também é precário, já que dispomos de uma motocicleta, e na minha família, apenas eu sei conduzi-la.
    Em contrapartida, temos um nível relativo de conhecimentos e habilidades, como o que concerne a produção de alimentos, manuseio da terra e de animais, vendas e similares; meu pai também dispõe de conhecimento e experiência na área da saúde, que somado ao meu nos dá uma vantagem.
    Mesmo assim, há muito o que fazer!
    Investir na segurança, tanto pessoal como do terreno é algo urgente, o que já estamos planejando a um tempo. Tenho buscado me capacitar, mesmo que muito superficialmente, em áreas como mecânica/elétrica/eletroeletrônica, e estou buscando alternativas para geração de energia alternativa (como pesquisador já tenho alguns projetos em mente). Fora isso, tentamos nos “ajeitar” para comprarmos um veículo que se adeque melhor às nossas necessidades, mas nosso governo e seus impostos não tornam a tarefa fácil.
    Enfim, o post não trata disso tudo, e acabei me empolgando, mas acredito que essas são preocupações e experiências que eu deveria compartilhar, levando em conta que muitos nunca nem dormiram no interior e não tem experiencia alguma na vida campestre. Por isso amigos, como bisneto (ou mais) de quem já viveu exclusivamente da terra, digo que não é fácil, mas os resultados compensam, principalmente se quiserem sobreviver ao que vem pela frente!

  • Parabéns mais uma vez Julio.
    Gostaria de atentar para um fator que não foi necessáriamente considerado ainda, além das ameaças naturais, é importante dar ênfase às ameaças antrópicas em larga escala. Não estou falando de ataques nucleares ou um apocalipse com zumbis, monstros alienígenas e todo o resto, me refiro à algo mais tangível, estou falando de fatores de risco em um cenário de crise civil, guerra declarada ou até regimes de ordem mais agressivos.
    Por exemplo, eu estou à procura de uma BOL há algum tempo, pensei em Alegrete, porém Alegrete é uma cidade tomada pelo exército. Essa questão me levou à optar por uma alternativa mais distante, mais afastada da cidade, não pelo seu contigente populacional, mas por sua ameaça bélica em potencial. Uma potência bélica é certamente um problema, mesmo quando essa potência está teoricamente à seu favor. Não se deixem levar pelos filmes de ação e histórias de guerras, o exército não é uma instituição de caridade, é uma entidade de defesa da soberania do país, e PODE E VAI se valer dos meios que forem necessários para obter uma vitória. Mesmo que fosse, a última coisa que quero é estar no meio do fogo cruzado. Quem passa por lá sabe, se o exército brasileiro tem munição pra uma hora de guerra, meia hora de estar concentrada em Alegrete. Vejo os esquadrões fazendo treinamentos de guerra por lá como quem troca de roupa, taques, caminhões, batalhões inteiros as vezes… pode não parecer, mas diante da nossa realidade isso é muito. Quais locais você acha que um possível inimigo vai atacar primeiro?
    Além disso, nem sempre locais isolados são uma boa alternativa, em todo caso estes também podem ser encontrados, principalmente através de registros. Então se você exerce uma profissão ou atividade ou é filiado ou ligado à alguma entidade que possa, por alguma razão, ser visada em um cenário de crise, tenha em mente que você deve ir para um local isolado não somente em termos geográficos, mas também em termos de conexão oficial. Estamos na era da informação, tudo hoje em dia é digital, tudo é conectado, toda sua vida pode ser encontrada em uma página e catalogada com os demais. Hoje minha irmã queria pedir um cachorro quente, eu apenas pesquisei por “Cachorro do Bigode” no Google e dois minutos depois apareceu automáticamente na tela do meu smatphone uma propagantanda com telefone, promoções, tabelas de preço e anúncios dos produtos incluíndo um mapa com o caminho mais rápido da minha cada até a filial mais próxima e uma estimativa do tempo que eu levaria pra chegar de carro. É um aparelho inteligente, proativo, mas o aparelho não opera sozinho… Não foi no celular que eu pesquisei o nome, foi no computador, foi apenas um sincronismo de informações trabalhando. Não se enganem, o governo pede cópias e mais cópias autenticadas em cartório até pra você ter direito à votar apeas por mera burocracia, eles tem todo o material e os instrumentos necessários pra rastrear você com um click.
    É este o ponto que eu gostaria de salientar, hoje em dia a distância física por si só não é garantia alguma, é preciso ser discreto, procurar manter o anonimato e pensar bem antes de agir.
    Até mais.

    • Leandro Bahl

      Concordo plenamente quanto ao problema de se ter o BOL num lugar registrado e documentado. Acredito que além de crises em grande escala, pequenas crises também podem acontecer, até mesmo crises individuais. Isso mesmo, crises envolvendo só uma pessoa ou uma família.
      Sou policial e já vi muita injustiça “legalizada”. Já vi gente ser expulsa da sua terra pelo governo e receber uma quantia irrisória como indenização. Já vi prisões injustas de gente inocente, perseguições perpetradas por poderosos com contatos no alto escalão do governo.
      Não se enganem, o Brasil é o país do salve-se quem puder.
      Eu sou uma pessoa honesta e equilibrada mentalmente, no entanto não descarto a possibilidade de sofrer algum tipo de perseguição, basta arranjar uma briga de trânsito com algum promotorzinho e logo aparece uma ordem de prisão por desacato ou alguma besteira qualquer.
      Já tive a oportunidade de ver um presídio por dentro e jurei pra eu mesmo que morrerei trocando tiros até com meus colegas policiais mas não passarei nem um final de semana num lugar como aquele, sou justo e minha liberdade é intocável.
      Numa crise como essa do meu exemplo não adianta ter um imóvel isolado mas registrado em cartório, a polícia iria me procurar lá. Eu diria que o mesmo vale pra armas registradas, pois numa situação de crise localizada ou não, a primeira coisa que o governo vai fazer é mandar alguém confiscar as nossas armas.

      • Penso exatamente da mesma forma, uma pessoa honesta e inteligente não pode usar a lei como parâmetro para a moral.
        O governo nunca vai colocar a segurança da população à frente de seus próprios interesses.

  • sabe Júlio, nós pretendemos trocar nossa casa na cidade, por um sítio ou chácara pois estamos “pensando mais a frente”, estamos procurando uma área em que possamos ter conforto para morar e provisões para sobreviver. também vamos começar a fazer uma “expedições” nas matas próximas da nossa cidade, para averiguar se podemos ter uma outra opção de abrigo. seu blog me deixou mais atenta a ameaça de crises e afins… estamos batalhando para sermos sobrevivencialistas… vamos compartilhando nossas experiências por aqui…

    • Olá Adryelle,

      Fico feliz em ser de ajuda. Continue nos contando sobre suas implementações!

      Abração.

    • Quando li mais uma vez que você e seu marido estão tentando JUNTOS seguir uma vida mais “preparada” para o futuro eu fiquei muito feliz. Apoio dos entes queridos é muito importante pra nossa realidade.
      Mas bem, não sei como vocês pretendem encarar essa mudança para o campo, mas planejem bem, pesquisem e fiquem atentos aos pontos do texto, principalmente se forem seguir tendências extremas como o desligamento total do sistema.
      O primeiro blog que li sobre sobrevivencialismo é escrito por um cara que tomou essa decisão, e ele enfrentou alguns perrengues, mas agora vive independente, mas ele realizou todo um planejamento.
      Enfim, espero mesmo que vocês consigam um local seu, longe dessa loucura de cidade grande. Como fiz o caminho inverso, sei muito bem o que se perde quando se mergulha na raiz do sistema, e afirmo que vocês só tem a ganhar com essa decisão.
      Tudo de bom!

  • carlossilvapb

    É fundamental, mesmo nos dias de hoje, não estar em, ou próximo, a grandes centros populacionais. Questões como custo de vida, deslocamento e segurança já são críticas nesses locais. Muitas pessoas hoje podem sair das grandes cidades e trabalhar via internet. Acho que todo mundo que tem a filosofia sobrevivencialista deve ter em mente locais com menos gente., se não para morar, mas pelo menos como BOL. É necessário ter um plano, caso você não more ou não esteja no seu refúgio. Mas, o mais importante, na minha opinião, é ficar antenado nas notícias, nos acontecimentos, porque seus planos, sejam eles quais forem, tem muito mais chance de sucesso se você executá-los com antecedência. É muito mais fácil sair de uma cidade se você percebe que a crise chegou antes dos outros. E digo mais, é até preferível correr para seu BOL achando que uma crise está a caminho e depois vê que não era nada tão grave do que desprezar alguns acontecimentos e se vê no meio da confusão.
    Em relação ao tipo de construção de seu refúgio, ela deve chamar o mínimo de atenção, ao ponto até de ser desprezada por outras pessoas. Casas pequenas e simples são, para mim, a receita. Primeiro, nos dias “normais” de hoje, elas serão menos visadas por ladrões, que vão atrás de quem ostenta com mansões. Segundo, as casas menores são mais fáceis de manter e de consertar, em caso de danos. Terceiro, as casas menores são mais fáceis de limpar. Quarto, as casas menores são mais fáceis de defender. Bunkers e fortalezas indicam que o proprietário tem recursos e as pessoas sabendo disso, num cenário de crise, vão correr para lá.
    Volto a dizer que a melhor maneira se sobreviver é ficar atento.

    • Não poderia concordar mais Carlos, obrigado pela complementação.

      Abraços!

    • Olá Carlos….
      Gostei muito do seu comentário……
      Você tem razão quando diz que devemos observar os “sinais” que indicam que estaremos na iminência do caos. E de que devemos nos antever e iniciar nosso plano de sobrevivência, para não sermos levados pela onda dos desesperados.
      Seriam bom possuir um local para nos abrigar, longe de tudo e de todos. Pelos menos até as coisas se acalmarem, se isto vier a acontecer. Mas tenho uma observação.
      Quando falamos em bunker estamos nos referindo à qualidade e forma de construção, incluindo sua dissimulação, já que o objetivo é possuir um local seguro, confortável e de preferência imperceptível. No texto da matéria consta o subtítulo “Camuflagem” que tem tudo a ver com nosso assunto. A palavra bunker tem a ver com fortificação e discrição. Assim o ideal seria que aparentemente uma humilde e pequena casa simples, parecida com outras da região, não chamasse a atenção. As pessoas que a conhecessem diriam que ela não tem nada de anormal. Porém através de um pequeno acesso secreto você encontraria, sob a casa, um verdadeiro “cofre” feito de aço e concreto. Nele você teria alimento, água, ventilação, iluminação, comunicação (rádios), onde dormir, um bom kit de sobrevivência e se possível outra saída alternativa. Óbvio que seria um local pequeno, afinal você não irá viver a vida toda lá. Pessoas veriam você entrar naquela casa simples e viver lá. Se um dia uma população descontrolada, com fome e sede, ou então uma horda de criminosos, vissem que você é o único que continua hidratado e nutrido, chegariam à conclusão que naquela casa tem algo, e bom. E uma casa “normal” seria facilmente atacada e destruída. Qualquer um vê em reportagens o que uma população pacífica mas com ódio de tarados e pedófilos fazem com a casa e com o acusado. Quebram e queimam tudo. O que é abominável. Imaginem o que fariam quando estivessem com sede, fome e buscando alimentos e remédios para seus filhos e idosos. Uma casa normal não resistiria. Uma casa vistosa, uma fortaleza, obviamente seria atacada com mais ódio e agressão. Por mais bem construída ela capitularia. Já um bunker, que volto a dizer, na acepção da palavra, deverá resistir a ataques com armas de fogo, explosivos, fogo, fumaça, água, gases ou a investida de tratores que poderão ser utilizados para invasão. Claro que não será o seu “seguro” eterno, mas será um bom local para passar o dia ou a noite (enquanto mantida a discrição) ou te dará algum tempo para uma fuga pela saída alternativa. Claro que para fazer uma casamata assim será necessário discrição e algum recurso extra. Mas o mundo é assim mesmo, carros blindados, cercas elétricas, portas e janelas blindadas, ou um quarto do pânico, “em tempos de paz” também custam dinheiro. “Em tempos de guerra” manter-se vivo custa dinheiro, o que não é nosso caso. Em um bunker, construído aos poucos, a saída alternativa deveria ser distante (em um sítio poderia ser atrás de um morro, junto á mata, ou se em áreas urbanas a saída alternativa poderia ser em outro imóvel ou na rede de esgotos. Pesquise e veja que edificações militares possuíam e algumas ainda possuem saídas alternativas, tanto para uma reação pela retaguarda do agressor ou para simplesmente fugir. Enfim, dá trabalho tentar sobreviver e ser mais “esperto” que outros na busca e manutenção de víveres. Recursos e bens podem ajudar, mas em situação de caos total a esperteza, discrição, previsão, camuflagem e vivacidade, farão a diferença…..
      Vamos continuar trocando mais idéias sobre o assunto….
      Valeu…..

  • Thiago Hoffmann

    O MELHOR POST DESSE BLOG ATE AGORA… MTO BOM PARABENS JULIOO

  • Walter Santos

    Muito bom esse tópico, muita gente nem imagina o quanto esse tipo de pensamento é importante.

  • Muito bom o texto. Orienta adequadamente sobre este tipo de escolha. Mas tenho uma ressalva. Quanto a forma de adquirir a propriedade ela deve obedecer os procedimentos legais, OK. Quanto ao que você fará nela serão necessários alguns cuidados. Há normas e leis que estabelecem o que e de que forma devam ser construídas edificações. Não espere que se encontre em nossa legislação municipal brasileira previsões para a construção de “bunkers”. Isto é normal em outros países mas não no nosso ( recentemente uma brasileira me disse que ficou impressionada com os bunkers de casas e apartamentos que ela viu em um país de primeiro mundo). Muito pelo contrário, mesmo que você apresente um projeto executado por um engenheiro ou arquiteto com certeza ele não será aprovado e ainda corre o risco de você ter que justificar porque quer fazer algo do tipo. Talvez um funcionário mais zeloso durante algum tempo vá à sua propriedade periodicamente para ver se você está tentando alcançar seu objetivo. Caso constate construção comum (não um bunker) irregular com certeza vai embargar a obra e multa-lo. Se verificar que você está construindo um “bunker” com certeza este zeloso funcionário burocrático (e que com certeza pensa como a maioria da população, adepto da não violência, do desarmamento, etc) vai comunicar as autoridades policiais que há um maluco construindo uma fortificação, na certa com objetivos escusos e criminosos (esconder drogas talvez, dirá o fiscal aos policiais). Aguarde também a visita de policiais e justifique o porquê da construção. E pior, pode esperar que os funcionários da prefeitura, os policiais, todos que tiverem acesso a seu segredo (inclusive os pedreiros que construírem o abrigo) informarão a toda a população local que há um “doido” fazendo um esconderijo em tal local. (Interessante que em caso de catástrofes esta mesma população acorrerá ao seu suposto abrigo suponde que você a construiu escondida de todos. E pior, as autoridades vão querer invadir seu bunker (que eles proibiram) para conseguir víveres e se proteger da população desesperada). Ou uma opção, que não é legal e que portanto não recomendo, é observar como milhares de moradores de áreas “ocupadas” constroem verdadeiros condomínios com as próprias mãos no centro e periferia das cidades, mananciais e áreas agrícolas, sem qualquer interferência de autoridades que ainda providenciam água e luz para estas áreas “ocupadas” (falando politicamente correto). Me lembro do que disse um adepto deste site, que mora em Recife. Ele informa que preparou pessoalmente sua casa da maneira que foi possível, e não conta ou divulga a ninguém onde e como é. Para quem ainda conhece pessoas que viveram na Europa durante a Primeira e Segunda Grande Guerra tenha no mínimo curiosidade para perguntar como foi há pouco mais de sessenta anos. As pessoas que podiam se escondiam em verdadeiras “tocas”, enterravam alimentos, armas, víveres, bens, para tentar sobreviver.
    Leis não eram aplicáveis, não havia segurança, criminosos soltos, impunidade….. alguma semelhança com os tempos atuais? Por enquanto ainda temos a possibilidade de estocar água, alimentos e combustíveis…. o que faltaria em caso de catástrofes, é só lembrar da tragédia ocorrida nas cidades serranas do Rio de Janeiro.
    Enfim, há material e mídia eletrônica e em papel suficientes para pesquisas pelo leitor deste site.

    • Olá Ricardo,

      Concordo contigo, porém não posso sair incentivando o pessoal a construir ilegalmente aqui, que é canal de comunicação pública…rs. Mas dentro de minhas capacidades, digamos que para bom entendedor, meia palavra basta.

      Muito obrigado pela complementação!

      Abraços.

      • Olá Júlio….
        Tenho 50 anos e tenho militares na família. Portanto sou de uma época muito diferente de hoje.
        Por mais que eu não goste de muita coisa do politicamente correto e estranhe muito este mundo atual onde tudo tem que ser dito com eufemismo e seguindo a atual onda da moda e do momento, sei que qualquer expressão pode ser interpretada de forma a causar perseguições e consequências. Por isto devo dizer a todos que sou um legalista e devo acatar tudo que estiver expresso nas leis e normas e no politicamente correto. Em minhas manifestações nunca vou aprovar, e ainda vou desaconselhar, tudo o que não for permitido, ilegal e imoral.
        Mesmo sabendo que estes conceitos variam se sociedade para sociedade. O que pode ser feito é convidar o leitor a somente observar o que acontece no mundo à sua volta, mas só observar e não fazer. Ou fazer somente o que é permitido. Um exemplo disto é o que este seu site estuda junto aos leitores. Basta observar em sites de países desenvolvidos que também tratam do assunto sobrevivencialismo. Ou observar o conteúdo de uma BOB (Mochila de Sobrevivência) e dos equipamentos utilizados por um sobrevivencialista, e o acesso a bens primordiais que aqui não é permitido. Infelizmente é uma realidade com a qual temos que lidar. E mesmo quando o “mundo estiver mergulhado no caos” devo dizer que seguirei estes mesmos príncipios anteriormente citados.
        Mas quero parabeniza-lo, e muito, pela sua iniciativa e trabalho que tem ao cuidar de um site tão importante com este. E coletar e divulgar dados e experiências principalmente para esta geração que não foi criada tão rusticamente e tão sem recursos como a minha geração. Fico admirado das idéias inventivas de alguns participantes. E isto Júlio, você está fazendo, mantendo viva a chama que havia nos antigos escoteiros, militares, exploradores, o “sempre alerta”, que fará toda a diferença quando for necessários que garotos(as), entusiastas, leitores ajam como os “Homens e Mulheres” de antigamente , com iniciativa, criatividade visando a sobrevivência.
        Um grande abraço.

    • Heraclio Arcoverde

      Uma sugestão absolutamente dentro da lei é projetar o bunker como se fosse uma adega subterrânea, apresentando assim o projeto na prefeitura. Explico: uma adega pode ter quaisquer dimensões, é fácil justificar a instalação de sistemas de purificação de ar (manter a temperatura das garrafas constante). Também justifica uma porta reforçada de acesso (certos vinhos são muito valiosos). O que acham?

      • Boa Heráclio…
        Sua idéia é muito boa mesmo, se mantida como adega com as características que você citou, é melhor do que nada. Lembro que há alguns anos durante uma reforma de um prédio na Inglaterra, encontraram atrás de uma parede falsa uma adega preservada do início do século dezenove. Nem os atuais proprietários sabiam que havia um refúgio que passou desapercebido por duas Gerras Mundiais.
        Mas temos que lembrar que mesmo que se faça uma obra com um objetivo e seja aprovada, qualquer alteração no imóvel depois de pronta deverá ser comunicada aos órgãos competentes.
        Pequenas alterações, desde que não estruturais geralmente são permitidas. Mas isto dependerá da regulamentação de cada município.
        O importante é que seja acompanhada por um engenheiro ou arquiteto, afinal você não vai querer matar a si e a sua família de forma esmagada, asfixiada, etc., dentro de algo que deveria proteger.
        Em hipótese alguma devemos construir estruturas, quaisquer que sejam, sem o acompanhamento de um técnico, engenheiro ou arquiteto, sob pena de causar danos pessoais e patrimoniais a você e a terceiros.
        Depois do imóvel pronto conforme permitido, somente você e sua família poderão ter acesso a ela, inclusive após “uma pequena reforma de adaptação”.
        Parabéns pela alternativa……

    • atualmente cordoba na argentina esta vivendo isso por causa de uma greve da policia.

  • Muito Bom Julio!!! Tem um tempo que eu venho pesquisando sobre um bom local para minha BoL … Considerei que o Estado de Goiás será um excelente local de refúgio.. é sustentável! Além de uma coisa que considerei na questão de segurança (caso uma possível guerra nuclear aconteça, o dano não chegaria até o local…pesquisei os principais alvos, a direção dos ventos durante o ano.. enfim!)!

  • a nota do tradutor mudou completamente a minha ideia sobre o tema…
    Parabéns 😉
    Obrigado!

  • o artigo vi bem nos pontos principais a serem observados na hora de providenciar o local para a BOL…essa ideia de conseguir um “topo de morro” é mto boa…vou ver o que consigo aqui na regiao…

    • Tenha certeza que o local que vc escolher seja um ponto que não seja frequentado por mais ninguém, se o local dispõe de uma fonte de água e uma mata próxima.
      Plantes árvores frutíferas pelo local e no interior das matas próximas para além de fornecer alimentos possa atrair animais silvestre para o local, cuide da logística, enterre pelo local ferramentas, equipamentos e o que mais for útil para que vc já tenha suprimentos disponíveis se for obrigado a ir para lá. aprenda a fazer armadilhas anti-pessoal para garantir proteção.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s