SHTF School: Equipamento de porte diário – Conceitos primários (EDC)

Nós rotineiramente carregamos alguns itens conosco, seja por necessidade ou hábito. Até mesmo em uma jornada curta para fora de casa já dispara aquela checagem instintiva de nossos bolsos e mochilas: Eu estou com o meu celular? Chaves? Carteira?
Nós sobrevivencialistas temos alguns outros itens que acabamos por adicionar em nossos bolsos e mochilas, todos eles seguindo uma lógica e funcionalidade – Estes são os itens de porte diário, ou EDC.
O conceito está longe de ser novo e não deve ser intimidador, apesar de encontrarmos algumas pessoas obstinadas em complicar o assunto e defender itens e orientações específicas.
Uma tendência generalizada dentro da área de preparação é a obsessão e confiança desmedida em “listas”. Eu tenho a impressão de que para a maioria das pessoas é mais simples recorrer a uma lista pronta com o que elas devem comprar, é mais fácil, requere menos esforço e dá uma rápida “sensação de paz”.
Com isso em mente, por que eu deveria me preocupar com essas “listas”? O meu problema é esse: Se estamos olhando para os conceitos fundadores do EDC, nós percebemos que seguir uma lista não nos dá a proteção e segurança que precisamos, na verdade, em algumas circunstâncias, pode nos por em mais risco dependendo do que e como nós carregamos os equipamentos de escolha.
O objetivo deste artigo é passar pelos conceitos mais basais e simples para entender a função destes itens de porte diário.
Existem três categorias chaves para se considerar:
- Porte – Onde e como você carrega;
- Quais itens você carrega;
- Quais são suas demandas e expectativas para os equipamentos;
Vamos expandir eles agora:
1) Porte
Qualquer coisa que nós decidirmos carregar precisa ser portada de uma maneira que não restrinja o nosso movimento, esteja presa de maneira firme mas ao mesmo tempo possa ser acessada quando necessária (este ponto é importante principalmente para itens de defesa).
A maioria dos militares divide os equipamentos individuais em escalas. O conceito é simples, existem três níveis:
Nível 1 – Itens carregados com você durante TODO o tempo. No meio militar estes seriam os carregados em bolsos, fixados no seu cinto ou semelhantes. Este nível pode ser traduzido facilmente para os padrões civis, os nossos itens desta escala seriam: chaves, celular, carteira, itens de defesa pessoal e etc.
Nível 2 – Estes são os itens que estão sempre ao alcance do seu braço, mas podem ser removidos do seu corpo. Em termos militares seriam suas armas e seus equipamentos de combate (coletes e semelhantes). Aqui entram os coletes modulares táticos feitos para carregar as provisões necessárias para uma batalha.
Este nível também pode ser traduzido para os civis com a exceção de que em vez de usarmos coletes, usamos mochilas, bolsas e semelhantes.
Nível 3 – Aqui entram os itens necessários para operações estendidas (mais de doze horas), mas talvez carregados em mochilas de ataque. Normalmente esta mochila maior vai conter alguns suprimentos extras (munições e baterias), comida, saco de dormir, equipamentos de campo e semelhantes.
Para aqueles que levam em consideração uma preparação mais abrangente, o nível três é o equivalente à mochila de fuga, ou BoB. A intenção aqui é carregar os itens essenciais para sustentar uma pessoa por um período de até 72 horas. Esta mochila é normalmente colocada em um veículo ou deixada em casa/trabalho, em vez de carregada constantemente.
Existe muita coisa escrita dizendo quais são os itens que constituem a “melhor” mochila de fuga, mas geralmente, na minha opinião, há MUITOS equipamentos aconselhados para se carregar neste nível, e é aí que o perigo ‘da lista’ começa a aparecer. Nós vamos falar sobre carga em excesso na próxima sessão.
Nível 4 – Estes são os itens maiores e de montagem de base, que podem ser mantidos no porta malas, armários ou equivalentes.
Em termos de EDC, o nível 4 serão itens que você manterá guardado em casa para substituir ou repor equipamentos dos níveis anteriores.
2) Quais itens você carrega
Lembre-se que estamos abordando o nível conceitual aqui, então o que deve se considerar quando falamos da escolha de itens? Eu acredito que existam 4 considerações essenciais:
a) Individual – Quem é você, o que você faz, qual o seu biotipo, qual seu condicionamento físico, você tem condições ou doenças permanentes, você está carregando para suprir suas necessidades ou também de sua família? Responder a todas estas perguntas irá influenciar as suas escolhas de itens de maneira significante.
b) Competências – Quais suas habilidades, qual o seu nível de treinamento (especialmente em termos defensivos), qual sua experiência em lidar com situações inesperadas? O ditado “quando mais você sabe, menos você carrega” é muitas vezes verdade. Quanto maior seu treinamento, habilidade e nível de experiência, menor é a probabilidade de você ter que carregar itens que ‘substituem’ conhecimento.
c) Preocupações – Este é um dos pontos mais críticos e mais subestimados. Quais são suas reais preocupações em termos de segurança pessoal? Ou melhor, para que você está se preparando? Se você não consegue especificar o seu objetivo será incrivelmente difícil de identificar suas necessidades de equipamentos. Da mesma forma, saber exatamente quais são os seus objetivos com um EDC fará a escolha dos itens ficar bem mais simples.
d) Ambiente – Como é o ambiente físico à sua volta (quente, frio, urbano, rural), quais são as ameaças ou perigos potenciais no seu ambiente? Novamente, ter uma análise clara e uma identificação simples de quais perigos você quer evitar/superar vão influenciar nos equipamentos escolhidos.
3) Quais são suas demandas e expectativas para os equipamentos
A parte final dos nossos conceitos fundamentais é entender quais as demandas que você terá para o seu equipamento. Eu identifiquei cinco considerações neste ponto. Antes de começar já gostaria de clarificar, é muito raro encontrar um item que cumpre estas 5 considerações.
Pense como se tivesse “marcando pontos”, um item que consegue atingir 4 pontos irá ter maior chance de entrar no seu EDC do que outro que tenha atingido apenas 2 pontos.
a) Cumpre uma função essencial – É muito fácil ficar lotado de itens supérfluos e demasiadamente especializados. Na primeira estância, EDC é carregar pequenos itens que fazem uma GRANDE diferença. Investigue cada peça de equipamento e tenha certeza de que você está carregando cada um porque são itens essenciais.
b) Dificuldade de replicar no seu ambiente – Procure por itens que não poderão ser substituídos facilmente no ambiente. Por exemplo, não faz sentido carregar um cantil no seu EDC sendo que em ambiente urbano é fácil de encontrar garrafas e outros substitutos para este item.
c) Multifuncional – Alguns itens claramente possuem mais de um uso (Ex.: canivetes suíços), entretanto, com certo pensamento criativo nós podemos criar múltiplos usos até para os itens mais banais que carregamos. Este é um ótimo exercício mental e também uma boa forma de analisar seus equipamentos e ver se não está carregando coisas demais.
d) Legalidade – Devido a chance constante de ser parado e revistado por um policial, não é interessante carregar nada que esteja fora da lei. Não conhecer a lei também é um problema, então se informe. Entenda também que existem várias, várias alternativas legais para os itens que podem ter sido banidos. Isso nos leva ao ponto “Competências” que falamos anteriormente.
e) Discrição – Eu sou um grande credor da teoria do ‘homem cinzento’. Você pode andar por aí preparado para uma ação apocalíptica iminente, apenas não demonstre isso. Se misturar com o seu ambiente é algo que você deve perseguir e conseguir fazer. Sua seleção de itens no EDC podem te ajudar ou dificultar este processo.
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Com um entendimento claro e prática destes conceitos fundamentais será mais fácil carregar itens que estejam mais adequados para a situação de cada um, em vez de carregar itens genéricos de uma lista formatada. Isso não nos deixa apenas mais preparados, mas também mais informados e confiantes nos equipamentos que carregamos.
Depois de tudo isso dito, a nota final é que você deve entender que o EDC precisa ser fluído e dinâmico, sendo fácil de remanejar, trocar, modificar, adicionar ou remover itens de acordo com as necessidades e circunstâncias.
Este artigo lhe dá mais clareza nos pontos que você precisa melhorar em seus equipamentos de porte diário? Se sim, comente o quê, como e de que forma você vai mudar!
Traduzido e adaptado do blog SHTF School.
Julio,
Belo artigo e bastante esclarecedor. Eu mesmo mudei o meu EDC, retirando algo que estava trazendo um peso considerável para mim e que percebi que não havia necessidade de transportá-lo diariamente. Trata-se de um kit que chamo de tech-tools. Caso você e os amigos sobrevivencialistas desejem entender do que estou me referindo, se me permite, deixo um link para um vídeo no meu canal no Youtube onde mostro a mochila do meu EDC e, obviamente, o tal kit: https://www.youtube.com/watch?v=KoijJRy8U4Q
Num cenário apocalíptico ou não se faz necessário uma arma, pois a preservação da vida é imperativo. Desarmado estaria vulnerável.
Não abro mão do meu canivete multi, operator band, lanterna e meu 38oitão.
Porto isso junto ao corpo. De forma velada. Praticidade é o que devemos ter em mente. Afinal estaremos sobrevivendo no caos, e não num acampamento. Alguns hábitos poderão ser adotados visando essa realidade.
Ótimo post. Mesmo já tendo sido conversado várias vezes, sempre é importante rever alguns conceitos e idéias. Meu kit já foi muito “completo”, me safando de muitas panes (Trabalho nas estradas) e auxiliando muitas pessoas também. Mas com o tempo vamos percebendo que alguns itens não são tão “necessários” assim. e deste modo, deixei bastante “enxuto”. Parabéns ao Júlio Lobo e parabéns aos colegas pelos excelentes comentários.
Como a maioria de vocês eu também tenho um EDC no carro, que fica na garagem em casa e no trabalho (apesar que raramente vou trabalhar de carro, costumo ir a pé), quando estou em casa tiro o EDC do carro e guardo em casa. Já tive o carro furtado e perdi várias coisas importantes, que o seguro não nos indeniza, e algumas não são fáceis de encontrar para comprar novamente.
Gostei da ideia do Hwidger de ter um extintor de 5 quilos no carro, assim que der vou comprar um, atualmente uso 2 um ABC e um daqueles antigos. Já passei por problema de fogo no meu carro e já vi outros pegando fogo, e digo por experiência própria que extintores de um quilo não são suficientes para apagar incêndio veicular!isto tem que tirar todas as ferramentas de cima, serve para imprevistos, como cortar um galho, mas não para defesa pessoal pois fica inacessível!
Uso também uma serra dobrável, que fica mais a mostra na caixa de ferramentas e é muito boa para cortar madeira verde e não é “proibida”.
Tenho um facão no carro, que fica dentro da minha caixa de ferramentas, para que seja v
O artigo está ótimo, e os comentários também!
Como a maioria de vocês eu também tenho um EDC no carro, que fica na garagem em casa e no trabalho (apesar que raramente vou trabalhar de carro, costumo ir a pé), quando estou em casa tiro o EDC do carro e guardo em casa. Já tive o carro furtado e perdi várias coisas importantes, que o seguro não nos indeniza, e algumas não são fáceis de encontrar para comprar novamente.
Gostei da ideia do Hwidger de ter um extintor de 5 quilos no carro, assim que der vou comprar um, atualmente uso 2 um ABC e um daqueles antigos. Já passei por problema de fogo no meu carro e já vi outros pegando fogo, e digo por experiência própria que extintores de um quilo não são suficientes para apagar incêndio veicular!
Tenho um facão no carro, que fica dentro da minha caixa de ferramentas, para que seja usado tem que tirar todas as ferramentas de cima, serve para imprevistos, como cortar um galho, mas não para defesa pessoal pois fica inacessível!
Uso também uma serra dobrável, que fica mais a mostra na caixa de ferramentas e é muito boa para cortar madeira verde e não é “proibida”.
Julio a formatação do texto acima ficou “louca”, e não consegui formatar, desculpe, se for possível apague, obrigado!
Tenho uma dessas serras dobráveis no carro também. Como não é de muito boa qualidade, eventualmente torna-se um pequeno inferno abri-la… Quanto aos instrumentos cortantes…facão…machado. . dia desses retornando de Naviraí para Londrina fui abordado por dois PRF´s. Eles deram uma boa olhada no carro e pediram para ver a caixa no bagageiro. Tirei os cadeados e pedi que eles mesmos abrissem a caixa, em virtude de haverem instrumentos cortantes logo na parte de cima. Eles olharam o fação, gostaram da machadinha, viram o resto do equipamento e desejaram boa viagem. Facas não são armas. Se fossem, seria necessário autorização para compra e transporte até em casa. Claro que no RJ e SP, se não me engano, portá-las é uma infração administrativa por lei local, fruto da desonestidade dos parlamentares locais.
Sempre levo também itens de sobrevivência básica onde quer que eu vá. E já me vi algumas vezes em situações de quebra de veículo em deslocamento no meio da noite, sempre me tiraram dessas situações, quer sejam pra segurança ou pra auxílio ao conserto dos mesmos.
Tenho um victorinox a 28 anos, com serra, lente de aumento e alicate que sempre carrego. Recentemente evoluí para um SOG e uma lâmina Sinclair na carteira. Uma luz Led LenserK1 no chaveiro. Depois que me roubaram 800 reais de ferramentas e ítens de sobrevivência do carro, nunca mais fiz um kit veicular. O proximo vai ser acorrentado no carro, talvez com uma bolsa da Pacsafe.
Gostei do artigo. As categorias são princípios gerais que ajudam a orientar cada caso particular. No meu caso, um item fundamental no EDC são as lanternas de bicicleta (aquelas que piscam) . Pego muito estrada a noite e já precisei prestar socorro em um acidente noturno com chuva — 100% escuro. As lanternas (eu tinha umas 4 na época) ajudaram a sinalizar a via bem antes do acidente além de colocar no meu cinto para que eu fosse visto, já que precisei andar a pé pela estrada. É só um exemplo. Eu considero um item muito util.
Estes dias teve um vendaval aqui em Porto Alegre, ninguém imaginava que seria tão forte. Acabou com uma parte da cidade. Luz, Telefone, Internet, água, tudo se foi. Parecia o Apocalipse chegando. Como de costume tinha comigo meu EDC, lanterna, canivete, isqueiro e um alicate muti funções que ajuda muito.
Uma das piores coisas que percebi na situação que enfrentei foi ver como a falta de Luz nos afeta. E como as pessoas estão despreparadas. Uma cidade iluminada em um momento e em outro completamente as escurar.
Sempre levo uma mochila comigo e ali tenho outros equipamentos, entre eles uma outra lanterna destas chinesas mesmo, mas com boa iluminação, ela usa aquelas baterias maiores. Foi este equipamento que deu conta do recado e ajudou muita gente, pude até fazer uma varredura na parte estrutural de onde trabalho, e pela rua que estava bloqueada por várias árvores.
Então fica a dica, pense em uma bateria reserva ou saiba quanto tempo sua lanterna vai durar.
Já tenho no meu carro um kit EDC veicular e como o makana disse que está montando o seu eu quero compartilhar, caso alguém queira aproveitar.
Fica a dica aqui para o Julio fazer um Post sobre um EDC veicular e também responder se ele tem alguns itens no seu veículo.
1 – Um cabo de bateria que fiz com cabos de Luz mais grossos que vc pode comprar em casas especializadas, vale a pena porque os que vendem são na maioria de 1,5 metros e o que fiz tem 3 metros. Aproveitei os terminais mesmos do comum que tinha, apertei bem, isolei bem.
2 – Uma garrafa PET de 2 litros com água para diversas situações.
3 – Luvas de procedimento cirúrgico e outra de “Vaqueta”, couro. Sempre que for fazer algum trabalho use luvas resistentes. Não machuque suas mãos elas são preciosas.
4 – Uma Pá, destas da tramontina, pequena, barata e serve para muita coisa.
5 – Um Pé de cabra, pois em diversas situações vc pode precisar, como abrir uma porta, ou até mesmo em resgate veicular quando a situação é critica e não há bombeiros próximos.
6 – Um kit de ferramentas, alicate, chaves de boca, de velas, chaves de fendas variadas.
7 – Algumas caixas de papelões, estas de leite mesmo. Você as utiliza para para colocar no chão se tiver que olhar algo em baixo do veículo, e eu as utilizo principalmente para fazer imobilizações em fraturas em membros superiores e inferiores, pernas e braços.
São colocadas em volta do membro fraturado e passasse uma bandagem sobre ela. Você consegue transportar a vítima de um acidente, mesmo doméstico caso não haja os meios adequados para o transporte.
8 – Bandagens para imobilizações, e um kit básico de 1° socorros.
9 – Corda 15 metros, destas de ferragens.
10 – Um Facão pequeno. Se a polícia me abordar e perguntar sobre o facão, mostro os outros equipamentos e explico que tenho um kit para imprevistos. No contexto em que está a lâmina não vejo problema em o policial complicar. Lembrando que é uma decisão minha ok.
11 – Uma lona plástica com presilhas nas pontas para amarração. 4 x 3.
12 – Um Plástico que carrego junto é uma sobra de plástico daqueles que protegem colchões. É um plástico grosso e tem partes transparentes que junto com uma fita silver tape posso utilizar para substituir um vidro do carro caso quebre.
Recorto com o formato do vidro danificado um pouco maior, e por fora do veículo e passo a silver tape em volta. Quebra um galho nas emergências. E o plástico é de graça e geralmente vai para o lixo. Pode-se utilizar em casa tb caso quebre alguma vidraça.
Procurei por coisas baratas, já que ficam no carro e estamos sujeitos a arrombamentos.
Espero ter ajudado.
Também carrego facão no carro, e quando viajo levo também uma garrafa térmica de 5 litros com água gelada. Já fui abordado por policiais rodoviários e nenhum deles implicou com o facão no porta malas (até agora). Se me perguntarem, digo que é para cortar galhos para usar como sinalização na pista, caso necessário.
Outra coisa boa de se ter no carro é esse equipamento. Para quem tem carro leve pode ser a versão de 2 toneladas. Pode te livrar de um atoleiro. http://www.lojadomecanico.com.br/produto/19143/42/616/166/guincho-tifor-para-arraste-4-toneladas?utm_source=criteo&utm_medium=remarketing&utm_campaign=banner
Meu EDC Veicular (Desde que coordenei a defesa civil de uma pequena cidade).
Corda 15 e 20 metros.
Um tolo de sisal (útil para amarrar lonas sobre residências, depois de vendavais)
Um fação Parang Guepardo e uma machadinha duas folhas.
Um extintor 5kg ABC
Comida enlatada, fogareiro e ração de alimentação e agua de emergência.
Água (3 litros)
Manta, saco de dormir e barraca de emergência, metalizada.
Lanternas e iluminação química.
Diversas formas de acender fogo.
Material de pesca.
Pá e pé de cabra.
Ferramentas diversas
Compressor de ar.
Meu antigo colete da defesa civil, reflexivo.
PX 40 canais Bearcat 980SSB
Tudo fica acomodado em uma cixa no porta-malas da Blazer, com cadeado (fora o PX)
parte ainda fica acondicionado adicionalmente em uma pequena mochila dentro da caixa, caso seja necessário deslocamento a pé.
Faltou na lista um par de HTs 22 canais a manivela Wind,n Go, que já ajudaram bastante na coordenação de emergências.
Sempre tem as ferramentas de praxe que a gente carrega (ou deveria ter) no carro, como lanterna, chaves de parafuso, alicate, macaco. etc… mas hoje em dia eu me sinto cada vez menos capaz de me safar em caso de uma manutenção de emergência, os automóveis tem cada vez mais parafernálias eletrônicas.
Boas dicas, vou aproveitar e acrescentar no meu, abraço…
Boas dicas, vou aproveitar e acrescentar no meu, abraço…
Francisco, depois de uma pane que me deixou no meio do mato, carrego uma coleção de fusíveis e uma ferramenta de testes. Mas sim, a eletrônica atrapalha demais.
O meu EDC é minimalista. Um Victorinox ( que vario entre o Climber e o Tinker) e uma lanterna AAA led da Fenix.
Me supre as necessidades do dia a dia e inclusive não me deixa preso em portas de bancos.
Um ano atrás, foi abordado no site a necessidade do porte de uma lâmina. Até foi citado o caso de uma menina que afogou-se em uma piscina porque seus cabelos foram sugados pelo ralo e que, caso alguém que a estivesse socorrendo tivesse uma lâmina, poderia tê-la salvo!
Apartir daí, retomei o hábito de portar um canivete. Optei por um “canivete de resgatista”, dotado de quabra-vidro e corta-cinto. Achei que seria o ideal para ambiente urbano, além de bonito e fácil porte, mas em menos de 3 meses os parafusinhos se soltaram e acabei perdendo alguns!
Agora uso um pequeno, multi-ferramentas até com alicate. Inútil para legítima defesa, mas já me quebrou muitos galhos.
Apesar do texto estar muito focado na parte de defesa. Tenho que concordar com várias passagens. Uma delas é das “listas”. Principalmente de querer copiar os americanos (que muitas vezes não condiz com a nossa realidade ou que para eles de mais facilidade para adquirir certos itens) Uma delas é fazer análise da sua REAL necessidade, então antes de querer copiar dos outros é ver o que mais se utiliza no seu dia-a-dia. Uma coisa que pode me servir para mim, não necessariamente será tão útil para vc ou vice-versa.
Outra questão importante, de nada adianta ter o equipo TOP, se não possuí habilidades para explorar ao máximo os recursos, ou seja, de nada adianta ter o bracelete de paracord 550, se nem sabe sobre nós e amarrações.
Admito que garrafa de água eu uso em nível 2, em vez de ficar comprando garrafa uso uma de aço chinesa, só que muito boa, e vou reabastecendo pelo dia.
Eu faço isso também. No meu kit carrego canivete, lanterna, garrafa de água de aluminio, isqueiro, toalha de rosto pq aqui no rio o calor derrete a gente e algumas outras coisas como um ipad com aplicativos realmente úteis… Valeu.
ótimo texto!!!
carrego comigo sempre o Victor inox, e vira e mexe sempre estou o usando no dia a dia. além do cartão multi tool que levo dentro do sapato.
um ótimo ponto no artigo é a desenvolver o conhecimento das leis.
obrigado pela tradução Júlio!
Abz
De uso diário mesmo, sempre tenho comigo um carregador de celular, caneta e moedas, mas acabei por me condicionar a levar sempre comigo um canivete suíço, ísqueiro, analgésico e um pacote de lenços descartaveis. Obs: tanto a lâmina quanto os lenços, volte e meia são muito úteis.
Eu fico imaginando que tipo de perturbação leva um adulto a negativar um comentário como o da Caçadora, já que ela apenas relata o que porta, e não sugere a ninguém que faça o mesmo.
Provavelmente um cara muito inseguro em relação a qualquer mulher que não tenha um comportamento passivo, talvez até em relação a qualquer mulher…rs
obrigada pelo adendo
Já tem algum tempo que estou montando o meu edc pessoal. Antes de iniciar, pesquisei muito e percebi que existe uma infinidade de listas prontas, mas nenhuma atendia inteiramente a minha necessidade, embora serviu muito para lembrar de itens importantes. Juntamente com o edc pessoal, estou montando um edc veicular. Esses dias precisei de um cabo chupeta para ajudar a dar partida em um carro e simplesmente não tinha. É nas horas mais imprevistas que as coisas acontecem.
Francisco!! Hoje vejo que sou um sobrevivencialista pois uso um canivete no bolso há mais de 20 anos e quando raramente esqueço tenho a mesma sensação de estar nú. Desde gurí que eu penso que algo pode acontecer, inclusive não saio de chinelos de casa pois tenho a sensação de que estarei vulnerável a qualquer reação que tenha que fazer como luta ou fuga. Outra cachaça que tenho são ferramentas, tenho mais que muita oficina mecânica, e uso todas elas. Arrumo 90% fica pouco para oficinas. Abraço.
Pois é Eric, desde os tempos de escola que usava um pica-fumo desses pequenos, com 5 cm de lâmina, basicamente para apontar lápis e abrir pacote de bolacha (não havia essas embalagens com aquelas tiras abre-fácil, do tipo “puxe aqui”) , era melhor do usar aquelas faquinhas feitas com lâmina de apontador e tubo de caneta derretido. Canivete suíço era um sonho de consumo distante, só fui ter o meu depois dos 25 anos de idade.
Esses dias tava pensando no que eu realmente uso no meu dia-a-dia, e percebi que tudo o que preciso é do celular, da carteira, uma caneta (comum, nada de tático), as chaves e um lenço…
Mas e as lâminas?…
Percebi que as carrego por que gosto, simples assim. E quanto maior, melhor. Se por acaso esqueço meu canivete em casa (o que é raro), passo o resto do dia com aquela sensação desagradável de estar completamente nú.