Não, você não pode vir até a minha casa!
Este é um assunto bem polêmico. Geralmente o discurso das pessoas que sabem que você se prepara é sempre algo como “Se algo acontecer, eu irei para sua casa!”. Como reagir a isso?
A maioria dos preparadores ou sobrevivencialistas já pensaram sobre este tópico e, enquanto alguns tem ideias ou planos do que fazer, é muito difícil de ter certeza de que você será capaz de segui-lo. Parte da preparação é ter habilidades e planejar em como lidar com o lado feio da humanidade que irá bater na sua porta.
Mesmo se você tem um plano 100% sólido e não há nenhuma outra alma que sabe sobre o seu estoque de seis meses de comida, eles virão bater e pedir. Você está pronto para isso?
Para aqueles que tentaram falar com as pessoas e acordá-las para a necessidade de estocar alguma comida para usar em caso de emergência somente para ouví-las dizer “Se algo ruim acontecer, eu irei para sua casa”, você precisa dizer a eles de maneira clara e direta:
“Não, você não pode ir até minha casa.”
Não importa se eles estão dizendo isso de forma brincalhona. Não importa se isso vai incomodá-los ou até mesmo ofendê-los. Eles precisam entender que você fala sério sobre o assunto e você não é uma Ong, o Governo ou os pais deles.
Vou mostrar agora uma conversa real que tive há não muito tempo atrás sobre este assunto no meu trabalho.
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ELE: “Bom, se tudo ficar em crise, eu vou para sua casa já que você tem tudo que eu preciso!”
EU: “Uh, não. Eu acho que não. Este não seria um bom plano da sua parte. Eu não tenho nada para você na minha casa ou em nenhum outro lugar.”
ELE: “Mas você acabou de dizer que está com um estoque de três meses de comida. Isso é o suficiente para compartilhar.” (Foi aqui que comecei a ficar nervoso. Respirei fundo e mantive minha calma)
EU: “Você está certo. Eu estou tentando montar esse estoque de três meses para DUAS pessoas. Quanto tempo você acha que ele duraria se você e suas três crianças viessem? Não apenas isso, mas ainda que eu tivesse apenas o suficiente para duas semanas, o que faz você pensar que é aceitável ir até a minha casa e esperar que eu tome conta de você e de seus filhos com os meus recursos? Recursos que eu trabalhei, economizei para conseguir.”
ELE: “Mas nós nos conhecemos por muito tempo. Você realmente rejeitaria eu e minhas crianças famintas?”
EU: “Sim, sim eu iria. Você compreende a importância de se preparar e ainda assim não faz nada. Você realmente acha que está tudo bem em vir até a minha casa, comer minha comida e consumir meus recursos sem oferecer nada em troca?” (Claro que neste ponto o sorriso já não estava mais na face dele e ele não parecia muito feliz).
ELE: “Uau… Eu acho que nunca pensei que você seria tão ganancioso.”
EU: “Ganancioso? É ser ganancioso trabalhar, economizar e planejar para conseguir manter minha família em tempos difíceis e não querer colocar meus planos em risco para ajudar alguém que não tomou conta de si mesmo?”
ELE: “Bom, não compartilhar enquanto os outros estão em necessidade…”
EU: “Ok, deixe eu te perguntar algo. Eu estou sem munição para o meu rifle .22. Você tem algumas e eu gostaria que você me desse um pouco. Você sabe que não conseguirá mais nenhuma outra munição tão cedo, mas já que eu estou em necessidades eu acho que você deveria me dar.”
ELE: *Tosse* “Bom, você deveria ter estocado mais balas como eu fiz nesse caso, eu preciso das minhas.”
EU: *Olho para ele… esperando*
ELE: “Isso é completamente diferente do que se minhas crianças estivessem famintas.”
EU: “Não, não é. Se você estocar enquanto pode, também terá suprimentos. Eu estou estocando comida durante um certo tempo para que eu possa usá-la se precisar. Não é minha responsabilidade preparar a minha família e a sua. Eu não sou o governo e também não sou nenhuma instituição de caridade. Eu trabalhei, planejei, eu tenho. Um erro de planejamento e visão de sua parte não passa esta responsabilidade, emergência ou obrigação para mim.”
ELE: *Olhando para mim, não acreditando que eu sou tão inumano e ‘ganancioso’.*
EU: “Você é uma pessoa completamente capaz de escolher fazer a mesma coisa que eu, ou você pode esperar e torcer para o governo te dar tudo o que você precisa na quantidade em que está acostumado. Por que todos nós vimos como o governo foi útil durante os desastres que já aconteceram. Em que mundo você vive para achar que isso é aceitável? Eu não sou o governo, não sou nenhuma ONG e não tenho os suprimentos que você acha que eu tenho. Por que você acha que eu deveria dar o que tenho de graça para você? Como você pode esperar que isso seria algo normal?”
ELE: “Bom, não, mas nós estamos falando em caso de uma crise ou desastre. As pessoas precisam se ajudar para passar por esses períodos.”
EU: “Sim, as pessoas tem que ajudar as outras. Mas primeiro, elas devem ajudar a si mesmas. Eu não estou dizendo que eu seria ‘aquele cara’ que rejeitaria pessoas logo de cara. Se as pessoas estão dispostas a trabalhar comigo e com o grupo, então eu estou completamente aberto para ajudar… Porém, se as pessoas esperam que eu apenas compartilhe recursos sem contribuir ou trocar por nada, elas não serão bem recebidas.”
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Não preciso nem dizer, mas esta pessoa está muito menos amigável comigo do que era antes. Ainda assim, considero que valeu a pena se ela tiver começado a pensar sobre o que eu disse e começar planejar suas necessidades familiares.
Agora considere a mesma cena mas envolvendo seus familiares. Aquele seu primo preguiçoso que passa mais tempo buscando meios de ganhar uma bolsa do governo do que conseguir um emprego. A tia rica que vive muito bem em sua mansão de meio milhão de reais mas que só tem uma semana de comida em casa e nada mais. Aqueles seus sobrinhos que tiram sarro de você constantemente dizendo que você é um daqueles “Preparados para o fim do mundo” enquanto se endividam apenas para comprar o mais novo Iphone.
Todas estas pessoas vão ir até a sua casa quando ficarem sem comida (ou até mesmo antes, guardando o que eles tem e querendo a sua parte também) e outros suprimentos. Como você vai lidar com isso? Não existe uma resposta perfeita aqui. A pior solução é simplesmente deixá-los entrar livremente, afinal, isso coloca a segurança do seu núcleo familiar em risco.
Mas existem algumas soluções que podem ser trabalhadas hoje! Oferecer uma lista de itens extras que seriam legais eles terem em casa já os ajudará, bem como dar de presente itens voltados para a área de preparação nas datas comemorativas. A conversa acima é uma alternativa, porém tente outras abordagens mais sutis antes de ter de confrontar alguém dessa forma mais direta.
Como você lida com essa realidade? Estaria disposto em expulsar familiares/amigos que não se prepararam quando você os avisou? Adoraria saber suas opiniões nos comentários.
Até.
Texto traduzido e complementado do site Homestead Dreamer.
Nossa realidade aqui é bem diferente, no Japão ocorrem muitos desastres. Sempre conversei sobre o assunto com as pessoas e quando percebi que muitos não prepararam sequer a mochila básica de emergência, criei uma fanpage para dar dicas para tentar conscientizar as pessoas sobre a importância de estar sempre preparado aqui. É inacreditável como podem achar realmente que o governo logo virá ao socorro, nem lembram que rodovias podem estar obstruídas podendo levar muito tempo para conseguir passar e mesmo assim a ajuda irá primeiro aos hospitais, asilos, abrigos etc. Sem dúvidas eu expulso!
Tenho uma família enorme, minha vó teve 21 filhos, porém só 14 vivos, destes só 2 n tiveram filhos e a mais comportada foi minha mãe q só fez um casal. Tenho primos e primas a se perder d vista, sem contar q os irmãos da minha vó(13) tmb seguiram o mesmo caminho, e os filhos e netos deles vivem próximos d nós. Então… Passei por algo assim c uma tia q gosto muito. A ela eu questionei pq a mesma n fazia o q estou fazendo e me ofereci p ajudar a guardar o dela na casa dela c as coisas dela. Isso eu posso fazer. N posso dar o meu.
Poucas pessoas compreendem que esses aspectos aqui discutidos referem-se a situações reais de repetitivas em nossa história. Menos ainda compreendem a importância de um mínimo de preparação e sua validade para os sistemas de Defesa Civil. E mesmo quando um jornal tenta fazer uma matéria, coloca coisas como “apocalipse zumbi” e outras sandices….
Segue matéria deste domingo do Jornal de Londrina, que perdeu uma ótima oportunidade.
http://www.jornaldelondrina.com.br/londrina/conteudo.phtml?id=1544494
Quando falamos de sobrevivencialismo, acho que não deveríamos associar a algo difícil, a um sacrifício, etc. Deveria ser algo natural, parte do nosso cotidiano. Então convencer os outros a se prepararem ficará mais fácil. Em muitas culturas, é comum esse tipo de ação. Já crescemos sabendo estocar, ter preparo físico e emocional, economizar, prevenir-se de doenças, ser menos dependente de tecnologias, e ensinar os outros a terem comportamentos de colaboração. O que o Júlio faz é muito nobre, tentar divulgar essa ideia, para que todos possam se preparar. E o que mais admiro, é que ele não prega a violência como solução, mas sim a reflexão, a razão e a ação! Veja, preguiça, comodismo, egoísmo têm cura… é importante mostrar (talvez de várias maneiras) pros familiares que não é nada do outro mundo ser mais preparado pra qualquer evento, não necessariamente uma catástrofe. Quando lavamos roupa, estamos nos preparando pra não faltar roupa limpa; qdo nos alimentamos de modo saudável, estamos nos preparando pra não ficar doente, qdo estudamos, nos preparamos pra pensar e agir melhor…
Também vejo dessa forma, esse tipo de atividade pra mim é lazer.
Eu faço isso a anos se interrupção pois sempre espero que algo ou catástrofe abale o país tenho reservar de comida para muito tempo tenho equipamentos que facilitam minha vida na selva como tenho coisas que desevolvir no passar dos anos que posso produzir energia facilmente para manter a mim e meus popilos quanto aos que não se preparam deicho uma frase que define tudo (OS FRACOS QUE SE ARREBENTEM, MISSÃO DÁDA É MISSÃO COMPRIDA OS SENSATOS VIVEM E VENCEM A CRISE).
Então essa é a primeira vez que comento ( o Julio geralmente me responde pelo youtube )
Então acho que se você é um sobre vivencialista, trabalhou pra juntar recursos ai vem aquele cara chato pedir ajuda sem agregar em nada ( em mais recursos, ajudar em trabalhos, alguma experiência útil ) eu também não ajudaria, afinal eu não posso salvar o mundo.
Eu ajudaria alguém que vai me ajudar, por exemplo:
Meu vizinho não tem estoque de comida, mas ele é um militar que tem muito conhecimento que pode ajudar, e se eu confio nele eu o ajudaria.
( Só quis deixar minha opinião )
Tó de acordo cara.Recursos podem acabar mas suas habilidades que outros membros podem lhe dar, ficarão, um dia ou outro terá que sair de sua casa ou are segura para buscar melhores lugares com mais segurança, um grupo pequeno e bom pelo rápido deslocamento com menas defesa, o grande e bom que podem defender melhor mas como contra, se alimentarem mais.
Achei num fórum e se encaixa perfeitamente no assunto…
Apareça no meu abrigo e e atirarei em você…
http://www.ctc.invisionzone.com/index.php?showtopic=68678#entry729506
Artigo original, em inglês:
http://299days.com/i…tf-no-you-wont/
Como eu achei muito interessante, e o momento mais do que pertinente, face a discussão que iniciamos no tópico sobre os conselhos do Consultor em Wall Street, resolvi traduzi-lo para que todas possam ler, e principalmente, entender.
Podem compartilhar a vontade, só peço que dêem o devido crédito a quem escreveu e para quem, posteriormente, o traduziu.
“Eu vou para seu abrigo, quando der problema!” – Não, você não irá!
Artigo escrito por Glen Tate em 22 de Outubro de 2013 – Tradução de Luiz Guilherme Leal
(Este artigo é algo que você pode enviar para seus amigos ou imprimir e ter em mãos para quando der problemas, em inglês, S.H.T.F Shit Hit The Fan – Merda atingir o ventilador)
Caro amigo,
Eu amo meus amigos, mas eu irei atirar em você se eu tiver de fazê-lo. É sério. E aqui está o por que.
Eu tentei lhe persuadir a se preparar para o que está vindo e, seguidamente, lhe mostrando para o que eu estava me preparando. Você me viu armazenando comida, armas, etc. e finalizou dizendo, meio sério, meio brincando, “Eu vou para seu abrigo, quando der problema!”.
Não, você não irá. Eu vou atirar em você. Se você ameaçar a mim ou a minha família, eu irei usar a Força para me defender contra qualquer ameaça. Qualquer um que apareça no meu abrigo, faminto e despreparado é uma ameaça para mim. Você irá comer da minha comida e usar meus suprimentos médicos, remédios, gerador de energia, lenha, etc. Então haverá menos destes utensílios, mantimentos para mim e minha família. É uma ameaça então.
Isto é egoísmo da minha parte? Não. Eu vou cuidar daqueles que realmente necessitem, aqueles que não podem tomar cuidado de si mesmos. Mas você é diferente. Bem diferente. Você teve uma enormidade de chances para se preparar.
Mas o que você fez? Você gastou seus finais de semana vendo futebol, saindo em viagens de férias caríssimas, e nunca deixou sua esposa louca com suas idéias malucas de que algo ruim estava para acontecer. Você não deu a mínima… você simplesmente viria para o meu abrigo. Problema resolvido, correto? Você não gastou tempo, dinheiro e criou uma confusão doméstica por que eu fiz tudo isso por você.
Não. Por que eu deveria gastar meu tempo, dinheiro e stress enquanto você pode apenas caminhar para dentro do meu abrigo e viver feliz após isso? Eu sou um cara legal, mas – sério? Eu estou gastando meu (bem limitado) tempo livre, economias e tranquilidade doméstica enquanto você levava sua vida displicente e com mais confortos pré-colapso, por que eu não poderia?
Por que você acha que eu sacrificaria enorme quantidade do meu tempo e dinheiro enquanto você curtia o seu, e eu me escravizando lá longe? Imaginemos que você pudesse vir a minha casa e deixar seu carro quebrado aqui? Então eu gastaria centenas de dólares em peças e vários finais de semana o consertando, e então eu devolveria para você com um sorriso – apenas por que eu “sou um cara legal”? Alguém imagina isso?
Você sim, aparentemente. Você espera caminhar para meu abrigo e receber – com um sorriso – milhares de dólares em comida e outros suprimentos que me custaram dinheiro e finais de semana para adquirir e armazenar.
Então meu amigo-cigarra (tal como na história da cigarra e da formiga), aqui está o seu aviso oficial: Se o seu “planejamento” para segurança sua e da sua família é ir para o meu abrigo, você está errado. Quando você aparecer, pedirei que vá embora. Quando você não for, eu colocarei minha arma apontada para seu rosto. Se você se recusar a ir embora, eu atirarei em você. Você é uma ameaça para mim.
Você teve anos e vários avisos bem claros para se preparar. Mas você não o fez. Veja, eu amo futebol, mas não tive como ver um jogo sequer nos últimos anos. Eu estava ocupado, consertando a cabana, comprando suprimentos e treinando com o time. Eu gastei uma boa quantidade de dinheiro para fazer todas essas coisas e não tive uma única grande férias desde… sempre. Eu tive várias discussões, tempos difíceis, com minha esposa por causa de toda a preparação que eu estava fazendo. Eu poderia ter facilmente feito como você fez, apenas dizendo “Sim, querida” e não me preparado, por que ela não queria que você o fizesse.
Eu espero que esta mensagem tenha lhe chacoalhado. Ainda tem-se algum tempo. Vá se preparar. Por favor entenda que seu plano não pode ser “Eu vou para seu abrigo!”. Eu não quero atirar em você.
http://www.ctc.invisionzone.com/index.php?showtopic=68678#entry729506
Chega ser engraçado a postura dele diante do amigo cara de pau folgado, eu não faria melhor.
Post muito interessante, esse tema é complexo, afinal, na teoria negar para um amigo, ou principalmente, para alguém da família parece objetivo e fácil, no entanto, na hora da realidade, a decisão se torna bem mais difícil de ser tomada, a consciência pesa….dói ver alguém morrendo de fome (a menos que se seja um psicopata que não se comova com o sofrimento alheio)
Por isso, o mais correto é nunca revelar o que se possui dentro de sua casa, seus estoques, armas e vantagens….evite marcar um X enorme em sua testa, assim diminue as chances dessas abordagens, porque mesmo que a intenção de alertar sobre a necessidade de se preparar seja real, a maioria das pessoas simplismente não conseguem pensar além do sistema.
Se souberem que você esta preparado virão atraz de vc, parente ou nao
Mas se vc mora em uma grade cidade como São Paulo esta fud@#$ e essas questões morais serao seus menores problemas.
Talves seja mais para um interior de algum estado ao norte, nordeste o centro oeste.
Alta densidade populacional, recursos, altos niveis de criminalidade, perfil socio economico e etc, podem fazer dessa regiao um grande barril de polvora.
Com frequencia lemos aqui no blog as traducoes do shtf school e podemos ter uma n2oção do que é um shtf… agora saca só em 1990 a servia so tinha 7500000 de habitantes, imagina o estado de SP com seus 43000000 …
Att
Eu uso a tática do decoy… você tem que ser gray men, então deixe um pequeno estoque tipo um “tubo” de sobrevivência enterrado no quintal com 2 kilos de arros. Esse é o decoy, o cara vem vc divide esse 1 kilo de arroz em 500 gramas e fala que agora esta pobre e fudido que nem ele e manda ele embora, ele vai espalhar para as pessoas que você está tão ferrado que quanto ele, mas não sabe do bunker com comida para 5 anos enterrado do outro lado do quintal.
Se a coisa ja está tão ruim a ponto de ter que “parecer” magrinho e esfomeado, então ja passou da hora de parar de receber as pessoas na sua casa, dar a ela uma aparência de casa abandonada e ficar entocado.
Julio muito bom, na minha opinião o trabalho equipe é bom, podem dividir tarefas diárias que uma pessoa não consiga sozinho, agorabo problema é você achar essa pessoa, o certo é achar alguém de confiança.
Mais uma excelente postagem, Julio. Concordo plenamente com o título. Não é egoísmo não dividir as provisões. Egoísmo é você ter agora e não dar a mínima pra quem mesmo se esforçando está numa pior. As pessoas que recorrem ao método que o “colega” do texto apelou são em geral as mais fúteis e hipócritas, que enchem o mundo de “bons pensamentos” e frases bonitas mas no dia a dia passam por cima de quem realmente ta necessitando de uma mão amiga.
O ruim é que há pessoas desse tipo nas nossas famílias. Sempre há alguém, nem que seja um “agregado”, amigo, conhecido. Pra essas pessoas, infelizmente, teremos de dizer NÃO. Nossa realidade não é a que desejamos, nunca é e não mudará em tempos de crise. Não poderemos prover auxílio para todos que gostamos. O máximo que podemos fazer é cuidar dos mais próximos e íntimos, com quem sabemos que podemos contar.
Na minha opinião, ser realmente parceiro dessas pessoas é o máximo necessário. Se você sabe que fulano tem provisões, preparações, conhecimento útil, se é um potencial auxílio, talvez possa haver uma troca de interesses, mas convencer pessoas a fazerem o que é proposto por aqui não me parece uma boa alternativa.
Boa tarde!
É interessante o post porque nos faz refletir ok?Existem pessoas que realmente nunca conseguem imaginar um cenário pior e estar preparada pra enfrentar isso. Mas em um caso como esse devemos,para nossa segurança e da nossa família. Domingo conversando e um amigo meu que é engenheiro disse que a nossa situação não é muito diferente da Grécia. Não sei dizer até onde ele está certo ou não,mas fato é que hoje eu posso pensar que meu futuro é garantido porque sou funcionário publico,ou porque tenho fortuna guardada,ou porque tenho 10 casas alugadas (exemplo ok,so sou funcionário publico – militar) mas se houver uma crise que chegue a romper a ordem hoje existente, quantos estão pensando nisso? Vamos continuar se preparando.
Achei esses links interessantes ok? Compartilho com vocês, boa semana.
http://modernsurvivalonline.com/
http://seasonedcitizenprepper.com/top-10-downloads-you-should-have/
Não precisa nem ir muito longe. Eu sempre deixo claro que não empresto dinheiro a colegas de trabalho e ponto final. Mas mesmo assim veio um me pedindo dinheiro para o aluguel dele. Eu alertei ele que o dinheiro das férias não é um dinheiro extra ao salário e não deve ser gasto como uma sobra e tem que evitar sair e gastar mesmo que você esteja de férias, porque férias deve ser planejada antes e deve-se guardar um pouco a cada mês, então aí sim você tem um dinheiro sobrando. Mas não, o cara torra o limite do banco, então o banco não empresa mais dinheiro, pega dinheiro emprestado com o cunhado, vive ligando para a tv a cabo para renegociar dívida… Sinto muito, pode falar que sou “mau”, mas nessa fria eu não entro. Como dizem: Eu não empresto, você bravo. Eu empresto, você não paga, então eu bravo. É melhor você bravo.
concordo com o artigo e penso que não se pode informar a ninguém que temos um pequeno estoque de alimentos, água, combustível, em casa. Essa questão da esposa é delicada mesmo: lembro-me que morei numa COHAB (pra quem não sabe conjunto habitacional popular) e em 64 apartamentos, divididos em dois blocos, eu era o único que tinha uma bela caixa de ferramentas. Quando descobri que faltavam algumas pois a minha ex- as emprestava pra todos os moradores (detalhe: ela nunca comprou um prego!!!!!!), especialmente a molecada pra arrumar suas bikes, e os demais para reparos domésticos ou dos carros, passei a trancar com cadeado a caixa metálica. O duro é que a indivídua (a ex- antes mencionada) queria UMA CÓPIA DA CHAVE, pois todos os dias os folgados compareciam e achavam incompreensível que eu não quisesse emprestá-las “mais” (como se algum dia alguém tivesse me procurado para pedir, o que jamais aconteceu). Mas é caso de pensar que as pessoas tenham carros, bikes, casas e nem uma reles chave-de-fenda pra hora do aperto… E não são necessárias fortunas pra montar um kit de emergência, não se justifica ficar contando com o alheio!
Depois que soube do sobrevivencialismo, através do Julio (e outros caras ótimos que tem na internet, além de alguns outros exagerados), comprei cesta básica – de menos de 100 paus – pra ficar em reserva – aquela mesmo, da caixinha de papelão do atacarejo do atacarejo -, estoquei água (dois tambores, ocupam pouco mais de um metro quadrado), passei a ter um botijão de gás a mais, tenho fogão alternativo, lanternas, carregador solar de celulares, dínamo manual com a mesma finalidade, chuveiro solar (baratéssimo, xing-ling), enfim, uma porção de equipamentos pra tornar uns dois ou tres meses de sufoco menos sufocantes, sinto-me muito melhor. A ideia não é repartir o pão, mas ter pão, pois mantendo-se vivo e ativo vc certamente irá ajudar a organizar a sociedade em tempos de crise!
Bom post Julio… Esta é uma questão delicada e real…
O brasileiro é muito acomodado e acha que se você é amigo ou parente têm OBRIGAÇÃO de ajudar em uma crise, o que é muito perigoso. Você demonstrou bem como um ‘amigo’ pode rapidamente virar um possível inimigo seu, um saqueador…
O melhor é manter o máximo de segredo em suas preparações, ter um grupo bem coeso e, infelizmente, deixar os outros colherem o que ‘não plantaram’… Particularmente, tomaria uma atitude política, não diria um não de cara, procuraria ‘enrolar’ o máximo possível a pessoa, mentir dizendo que não tenho tantas coisas assim, falar que estou em um lugar enquanto vou para outro, etc.. pois um NÃO direto é traumático e pode levar a inimizades e a formação de inimigos… tentar enrolar o outro acho ser melhor, deixa a pessoa na dúvida, você ganha tempo e não causa uma atitude tão hostil assim…
Outro problema é também que amigos e parentes, conhecem outros amigos e parentes e COM CERTEZA vão tentar ajuda-los com os seus recursos, portanto, é preciso muito cuidado sobre quem você vai chamar ou convidar, principalmente parentes….
O problema maior é que realmente 95% das pessoas não ligam para o dia de amanhã, se a crise financeira se agravar essa semana (por exemplo) e começar a ter demissões em massa, a maior parte das pessoas estão quebradas e de mãos abanando, se quer tem recursos para se sustentar suas finanças para o próximo mês…estoques de alimentos e coisas úteis…pff…isso nem pensar.
O comodismo nos torna frágeis, hoje vejo em minha cidade, que é bem pequena, as pessoas utilizam carros e motos para qualquer coisa, a maior parte dos que tem 35 anos ou mais, fora de forma, sem contar que se precisar de comida o mercado é logo ali na esquina…
As pessoas preferem ostentar um veiculo, e ficar com um carne enorme para pagar do que se preocupar se vai conseguir saldar suas contas no fim do mês…
Esquecem de pensar de modo estruturado, mas é isso ai, no fim das contas quem segura a onda é a parcela das pessoas com pensamento sobrevivencialista, que sabe das incertezas e que se prepara, seja estocando alimentos, reservando recursos financeiros para momentos de crise ou criando meios e ferramentas para se virar quando nosso sistema governamental nos da as costas ou deixa de existir ( o que acontece em muitos lugares de nosso país, que é totalmente abandonado pelo governo, sem água, sem energia, sem rede de saneamento, etc…).
Esse texto me lembrou o ano de 2011, eu ainda não pensava muito bem em preparação e Sobrevivencialismo, mas possuo uma tia que acreditava fielmente no fim do mundo em 2012, ela e seu grupo havia se preparado muito bem, enquanto todos da família apenas riam dela.
Quase na data do “apocalipse”, eu perguntei aos meus familiares mais próximos
– Já pensou realmente começa o “apocalipse” o que vamos fazer?!
A resposta geral foi:
– vamos pra casa da tia
Então retruquei:
– criemos vergonha na cara, nunca a apoiamos, ao contrario, apenas gozamos dela …. se algo ocorrer, de maneira alguma devemos ir pra lá… nem que custe nossas vidas (esse é o preço da nossa falta de vergonha)
Desde então venho me tornando um preparador, aprendi com meus erros e os erros da minha tia e da minha família
acho que nao ajudaria mesmo porque teria que dividir minha comida,agua e ferramentas nas quais eu guardo
Difícil imaginar se for um parente que amamos, mesmo que seja um relapso. Mas as pessoas devem ser sensatas: se dividir seus recursos com um colega de trabalho, logo virão outros colegas, vizinhos acompanhados de parentes e amigos…o estoque de 3 meses para 2 pessoas não dura um dia, até porque são pessoas que não terão comprometimento em racionar víveres e água.
O interessante seria o compartilhamento de recursos: Alguém bate na sua porta e diz que tem pouca comida, mas tem um gerador e alguns galões de gasolina, ou armas e muita munição.
Falando em munição, vi esse vídeo no youtube sobre gerenciamento e estoque de munição de forma legal: https://www.youtube.com/watch?v=OBmYmcLt9SQ
O pior no seu caso, Julio é que você mostra que você é um preparador na internet. Se eu fosse você, eu já teria cuidado com esse cara pois ele sabe de suas preparações, aparentemente não liga para preparação e você já o confrontou dessa forma. Essa pessoa seria a número 1 na minha lista de possíveis inimigos numa situação de crise. Como você bem disse, o mais correto é deixar nossas preparações em mais completo sigilo. Não me importa se fulano é um grande amigo ou que beltrano é um parente próximo se eles querem o mole na hora da crise. É nessas horas que temos que ser duros e agir com 100% de razão.
Eu sempre evito falar muito sobre meus estoques. Claro que falo sobre meus planos para coletar e armazenar água e energia extra. Pra ver se a galera se inspira e faz o mesmo. Mas como o kalehcyus falou, minhas provisões são meu tesouro e eu definitivamente tomaria a mesma atitude. “Não, você não poder vir para a minha casa. Meu estoque já esta contado. Se eu dividir com você vai fazer falta.”
Agora minha esposa…
Aposto um dedo como na hora que a crise estourasse ela iria ligar pra família inteira pedindo pra ir pra nossa casa, “pois podemos oferecer segurança, recursos e abrigo”. E isso é um problema que ainda não descobri como resolver.
Já que não pode “se livrar” deles o negócio é convencer eles a se juntarem nessa causa, por exemplo, um cuida da água outro da comida etc. mas claro que cada um tem que ter um pouco de cada. Ou vai ter que conversar mesmo com a tua mulher pra resolver isso aí cara, uma coisa que eu tenho certeza que ninguém vai querer é um bolinho de pessoas na porta pedindo um pouco de comida e suprimentos, sem falar que uma informação dessas se espalha rápido pela região e aí já era estoque.
Vc pode conversar com sua esposa de forma sincera e mostrar artigos na internet que demonstra como as pessoas se tornam perigosas em uma situação de crise real. O que falo com alguns parentes é a necessidade de se ter um estoque de comida para uma eventual crise ou emergência, ensino a estocar e JAMAIS digo que sou uma preparadora. Os meus parentes até me agradecem por abrir os olhos para estocagem.
Só meus pais, marido e irmão sabem, já que também são preparadores (e também não falam)!
Não quero que meus parentes me procurem em um cenário de crise, ainda não tenho filhos, mas quando tiver, não quero colocar a vida deles em risco por causa de excesso de caridade…
Creio que com um tempo sua esposa entenderá em manter o sigilo, o diálogo e a informação irão te ajudar.
olá, Deb, a algumas semanas tenho sentido a necessidade de me preparar, vc poderia me dar algumas dicas? Não tenho experiencias e quero estar preparada para qualquer intercorrência. Obrigada
Oi Iara, eu comecei minhas preparações fazendo uma lista com itens de primeira necessidade, tais como comida, higiene, limpeza, remédio… não sei quais as necessidades de sua família, mas procure ter em maior quantidade o que sua família gosta de comer.
Tem vários vídeos ensinando a estocagem, inclusive vc pode pesquisar alimentos com validade indeterminada, tipo o mel (que foi encontrado nas pirâmides do Egito ainda consumível). Pesquiso bastante. Dá uma olhada no site: https://www.lds.org/topics/food-storage/longer-term-food-supply?lang=por
Para começar acho melhor vc começar pelos alimentos, e também seja discreta, não fique falando com as pessoas, pq em um cenário de crise vc vai virar um alvo.
Abraço!
Claro…
Boa postura para se ter quando ninguém estiver disposto a cooperar ou ainda se “encostar”. Será mesmo????
Mas, contudo, todavia, entretanto, que Você (eu digo aqui preparador ou sobrevivencialista) esteja sabendo e tenha em mente que existe o outro lado da moeda. Ao invés do outro vir bater à sua porta, Você ir pedir por socorro.
Seus recursos podem acabar, seu abrigo pode sofrer uma invasão ou uma intempérie e/ou ser pego de surpresa (um tornado, um ciclone extra tropical, incêndio, uma cheia de rio ou tromba d´água e por ai vai…) e Você se ver obrigado a buscar refúgio, abrigo e ajuda de outra pessoa ou família.
Talvez a mais difícil emoção sentida por quem enfrente uma situação de crise.
A compaixão.
Ma real, já passei por situações de SHTF em vários sentidos (inundação, distúrbios sociais, desemprego…) E não faltou cooperação mútua.
Mas talvez eu aprenda e endureça.
Ainda refletindo sobre o assunto…
Boa sorte e boa preparações a todos!
Todas as minhas preparações são um segredo, não sabem se eu tenho estoque e se soubessem não saberiam onde ele está, não sabem dos meus planos, não sabem nada. Evito falar disso pra todos pra evitar esse tipo de conflito. Em meio a uma crise, seria eu e mais ninguém. Um lobo solitário.
Ótimo post!
– Júlio, meu camarada! Vim aqui pegar 14 dos seus 16 pacotes de feijão para alimentar a patroa e meus 2 filhos, certo? irmão..
– Sim, e o que terei em troca?
– Ora, minha eterna gratidão, compadre! qualquer coisa tamos aê! (pra pegar o resto e não te ajudar em nada, é claro e ainda falo mal de você pelas costas)
– Você tem uns 50 cartuchos de .22, poderia me dar uns 5?
– CLARO QUE NÃO, larga mão de ser ganancioso, preciso proteger minha família, você deveria ter pensado em juntar isso antes de ter que me pedir!
Qual o diagnóstico de gente que procede desta forma?
Percebo que não sou o único a lidar com esquizofrênicos que atribuem a falha de caráter deles aos outros, rotulando você das coisas que ELES são e fazem. Tudo bem chegar e tomar boa parte de tudo que você, sujeito honesto e capaz conseguiu e não lhe oferecer nem um cartucho de .22 em troca?! E ainda te chama de “ganancioso”? Canalhas assim são para se receber com cães ferozes ou tiro de advertência para mostrar que não são bem vindos, verdade seja dita. Os parentes? Se não são teus aliados são inimigos, não há meio termo. Se entrarem vão te por para fora sem piedade e ainda te acusar de tudo que não presta. O único laço de sangue bom na prática é o da transfusão, o resto é valor socialmente construído.
Desculpe a dureza, mas me revoltam relatos deste tipo.
Existe um grande preconceito/tabu no que se refere ao sobrevivencialismo, se escutam sobre “estocar comida” pensam que você é um lunatico esperando pelo apocalipse e no geral veem como uma perda de tempo .
Ao invés de esperar a ***** atingir o ventilador pra tomar uma atitude, deve-se ensinar a essas pessoas que isso não é algo que requer uma quantia excessiva de tempo ou dinheiro, entender que não precisam comprar o kit de sobrevivência importado de 700 reais que dura uma semana ou da faca ginsu 3000 deluxe que solta raio lazer e faz café, é algo acessível pra qualquer um disposto a aprender.
Enlatados e conservas caseiras, duas opções acessíveis pela comodidade e baixo custo que qualquer um pode ter acesso.
Se mesmo assim a pessoa se recusar ou tratar com descaso, a solução é mandar elas irem tomar lá onde o sol não bate, ninguem merece gente que quer viver a custa dos outros.
Os preparadores devem manter a máxima discrição sobre seus estoques, refúgios e demais recursos para enfrentar crises. Isso por si só já evita esse tipo de situação relatada no post. Não adianta confrontar as pessoas dizendo que não serão bem vindas em caso de crise. Se elas souberem que alguém é preparador e está com estoques de recursos certamente elas virão até esse preparador. Inevitável será o confronto. Os preparadores devem pensar em suas provisões como tesouros. Ninguém conta dos seus tesouros aos outros. Mas no caso do post, onde alguém já sabe das suas preparações, acho que a postura tomada foi a correta. Diálogo claro e direto: “Não, você não pode vir até a minha casa!”.
Pessoas má acostumada.
Tipo filho único, mimado que alguém fará por mim, sendo assim possa viver de forma irresponsável.
Agora trabalhar e poupar um pouco de tempo, dinheiro e aprender algo, ninguém quer…