Um recado para os pais
Hoje lhes trago uma mensagem. Vou conversar sobre a importância do incentivo paterno na criação de adultos sobrevivencialistas.
Temos muitas crianças e adolescentes surgindo no blog e se interessando por práticas do sobrevivencialismo, porém grande parte desses se apresentam frustrados por não conseguirem apoio dos pais. Pensando em tentar ajudá-los, fiz um vídeo direcionado aos pais, mães, tias e quaisquer responsáveis que possam dar uma chance desta criança ou adolescente de trilhar seus próprios passos no aprendizado de tomar conta de si. Segue o vídeo:
Espero que a mensagem tenha servido de algo.
Até.
Pingback: Um Recado Para Os Pais – Brasil No Caos
Comecei a bem pouco tempo a conhecer e me interessar pelo conceito e estilo de vida sobrevivencialista, ainda estou na fase de conhecer mais sobre o assunto e nem de longe posso me considerar um, mas o pouco que tenho aprendido tenho tentado mostrar a minha filha de forma tranquila à minha filha, ela tem sete anos e de tanto me acompanhar nas minhas pesquisas ao tema, inclusive no acompanhamento de seu site, já se entitula sobrevivencialista, claro que de uma forma bem inocente, inclusive já tem seu próprio kit de sobrevivência, como que ela considera importante, incluindo uma boneca, ela tem se interessado sobre sobrevivência na mata e arqueria, já tendo um arco e pratica bastante, rsrs. Procuro discutir com ela assuntos relacionados a segurança e auto suficiência, mostrando situações onde ela poderia correr algum risco e como evitar esse risco, estimulo nela o interesse em criar animais para consumo (galinhas), plantil de horta, entre outros, o que é facilitado por possuirmos um sítio. Enfim conforme tenho aprendido e incorporado esse estilo de vida tento passar de forma tranquila a ela os conceitos.
Muito bom, só lembrando que vale a pena também plantar a consciencia ecológica, não só cortando árvores para treinar as técnicas, mas podemos, por agora, também plantar e garantir que ainda tenhamos lugares para acampar com nossos filhos, com nossos pais. Se cada um que fosse acampar, plantasse uma árvore, seja frutifera ou não (que leve uma semente e jogue-a a própria sorte), acredito que ajudaria bastante e seria bem mais eficaz. Seria legal se levantassemos essa bandeira e tornar essa prática comum.
Bacana seu comentário, mas isso já é prática comum entre as pessoas que acampam, independente de ser sobrevivencialista.
O instinto depredatório só existe entre aqueles que não praticam atividades como o acampamento, sobrevivencialismo ou qualquer atividade semelhante.
Já vi muito plantarem frutas, ervas medicinais e para chás, bambú ou o que se achar mais necessário.
Os mais conscientes coletam seus lixos e incentivam os outros a fazerem o mesmo, inclusive, levando sacos de lixo a mais para doar a outras pessoas.
Olá a todos.
Meu filho só tem 1 ano e 8 meses. Mas eu e minha esposa já estamos tentando passar para ele algumas noções de disciplina e independência. Ele vai ser um sobrevivencialista, porque, independente do fato de estarmos a beira de uma crise, quero que ele aprenda a ser responsável, quero que ele pense nas consequências de seus atos antes de agir, quero que ele leia e aprenda por conta própria, quero que ele preserve a natureza, quero, acima de tudo, que ele seja um cidadão honesto, cumpridor de seus deveres. O sobrevivencialismo ensina tudo isso. Sei que ele vai sofrer influência do mundo, óbvio. Amigos da escola, televisão, internet, tudo isso vai entrar na vida dele. O que queremos é que ele tenha opinião própria e não se deixe influenciar por certas baboseiras digitais e certos comportamentos. E isso se faz com presença, acima de tudo. Já somos pais presentes, mas não ao ponto de sufocá-lo. Sobrevivencialismo também é cuidar de sua prole.
Abraços!
Se as futuras gerações estão ferradas a culpa é das gerações anteriores, não esqueçam disso.
Aproveitando o tema do relacionamento entre pais e filhos, vejo, de um modo geral, na sociedade brasileira moderna duas espécies de pais, os surperprotetores, que são aqueles que estão apavorados com a sociedade caótica de extrema violência e horrores que presenciamos na mídial e os excessivamente liberais, que, em resumo, acreditam que os filhos devem aprender nas ruas como sobreviver neste mesmo mundo insano. Aqui no local onde moro eu conheço vizinhos que representam esses dois extremos – um deles controla a vida dos filhos adolescentes sob estrita vigilância, sendo que o lazer deles é sempre em família, sob os olhares do pai sempre atento. Dificilmente vemos os dois meninos do casal nas ruas ou saindo com outros colegas. Do outro lado, temos também um casal de pais que os dois filhos pequenos estão quase que constantemente nas ruas brincando com os colegas. Só que, um fato que já chamou a atenção minha e de minha esposa, é que os meninos menores estão, na maioria das vezes, em companhia de garotos de bem mais idade. Nós identificamos aí um risco de abuso, sendo que em uma certa oportunidade minha esposa teve que intervir e dizer para um dos garotos ir para a casa.
A criação adequada dos filhos não é algo fácil, tampouco tomar as decisões mais adequadas. Vivemos em um mundo insano, bárbaro, em que não podemos relaxar por um instante qualquer. Moro em uma área militar em que muitos pensam que há segurança – ledo engano. Passeio com meu beagle todos os dias e os operários que trabalham na região já me consideram uma espécie de “olheiro” das redondezas. Aqui há muitos trabalhadores que fazem faxina, cortadores de grama, pedreiros etc. Infelizmente, senhores, não dá para confiar em ninguém. Aqui há também muitas jovens e adolescentes que vão a academia e voltam a pé, com as roupas de academias. Deixo a encargo do leitor fazer as associações. Digo apenas que nem as mulheres adultas são respeitadas como deviam.
Desse modo, queremos dar mais liberdade a nossa única filha adolescente, de modo que ela saiba ter iniciativa e também a esperteza para se desvencilhar de situações complexas, visto que não podemos pensar que viveremos eternamente e criar os filhos em uma redoma protetora. Nossos filhos um dia serão adultos e terão seus próprios filhos – como criarão nossos netos com independência e iniciativa se eles mesmos não tiveram essas oportunidades no tempo certo?
Adotamos a técnica da liberdade vigiada e controlada, ou seja, deixar que ela vá a ligares diversos com amigas e mais modernamente com o namorado, desde que sob certas circunstâncias de segurança. Então os locais que oferecem certa segurança, como shoppings centers são os ideais. Agora, ver o show do Naldo com as colegas em um casa de show que cobra R$ 10,00 a entrada e que tem jagunços como seguranças, não dá! Por outro lado, ver o show do Red Hot Chili Peppers com o namorado, sendo que os pais de um ou de outro irão deixar na porta da casa de espetáculo com toda a estrutura necessária, e depois os pegarão no mesmo local, já é algo mais factível.
O que isso tudo tem a ver com sobrevivencialismo ou preparação? Ora, sobreviver (e criar filhos) em uma das cidades mais violentas do mundo, cuja estrutura de segurança pública está completamente falida e corroída pela corrupção, em uma sociedade cujos valores básicos estão deturpados e distorcidos, não é, por si só, um exercício de sobrevivência diária?
Sensacional o vídeo. Busca incutir na mentalidade dos pais a importância de serem atores ativos na formação e desenvolvimento dos filhos, além de demonstrar as vantagens e benefícios do sobrevivencialismo na formação do caráter, capacidade de iniciativa e raciocínio lógico na solução de problemas e crises repentinas. Certamente são virtudes que tornarão o adulto futuro em cidadão consciente de seus deveres em sociedade e o preparará para as dificuldades e exigências de sobreviver em um mundo cada vez mais doente e caótico. Por outro lado, nos chama a responsabilidade de que nós, os pais sobrevivencialistas, temos como educadores. Essa responsabilidade vai além dos nossos filhos, se estendendo a todos os membros da nossa família e amigos próximos. Os filhos são mais fáceis de serem convencidos e motivados na atividade, mas superar os bloqueios familiares nos dá a vantagem de termos, no próprio seio parental, um núcleo de pessoas preparadas e engajadas em enfrentar crises. O sobrevivencialismo, muito diferente do que muitos acreditam, não cria machos alfas em disputa pela liderança do clã e sim estabelece um vínculo de união que torna a família mais coesa em torno de um objetivo comum – sobreviver à crise!
Boa noite
se existir alguém de Portugal mande-me um email para sobrevivencialista.pt@gmail.com
cumprimentos
Ola eu sou o joao tenho 16 anos vivo em Portugal mas especificamente na Moita e uma terra perto de Setubal e de Lisboa e começei a ser um sobrevivencialista o ano passado com muito esforço e com pouco dinheiro que tenho vou juntando e vou comprando coisas para o meu kit ( vou comprar agora uma faca que me esta a custar muito a juntar dinheiro) ,e vou aprendendo tecnicas vendo em livros sites, e enfim os meus pais dizem que sou um maluco que isso e desnecessario,e eu acho que nao acho que isso e muito importante a chatisse que nao foi para eu ter uma navalha dos navy seals, a chatiçe que nao foi pa eu ter a minha mochila de campoismo eu vou começar a acampar vou começar a a utilizar as tecnicas que aprendi nas matas mas eu gostava de tre mais apoio dos meus pais gostava de simplesmente ter esta atividade em grupo, em portugal sao poucos os sobrevivencialistas eu tenho um amigo que por acaso e brasileiro que me apoia e ajuda nessa coisa e por acaso cruiamos um grupo, eu precisava de conselhos eu ando tao baralhado que ja nao sei por onde começar o meu kit ainda ta muito fraquinho eu preciso de ajuda se for possivel alguem me ajudardeixo aqui o meu email ptmato_97@hotmail.com
obrigado
JR
Equipamentos são a parte menos importante da preparação. Saber o que ocorre no mundo, como conseguir alimentos e abrigos em cenário de crise, como entrar e sair da sua cidade alem das estradas principais… enfim, um monte de informação que não custa nada e esta espalhada aos montes pela internet. A melhor maneira de se montar o seu kit de sobrevivência é você saber em qual situação você pode vir a precisar dele. Comprar itens que você realmente precisa, e não aquela faca de 200 euros que todo mundo fala.
Enfim, o seu equipamento mais importante é também o mais leve, conhecimento. Leia, leia e leia mais um pouco.
Perfeito brother, perfeito!!!
Fico triste em ver o tipo de educação que as crianças dos dias de hoje recebem. Fico mais triste ainda em ver que tipo de gente esses jovens tomam como ídolos. A molecada de hoje cara não sabe nem brincar…
Este post é excelente e os comentários mostram a ponta do “iceberg” do problema que é a ausência do senso de sobrevivencia nos jovens de hoje.
Infelizmente existem muitos pais e responsáveis que iram pensar que o sobrevivencialismo é bobeira, mas infelizmente não é…. Vou contar uma historinha (real), tentarei fazê-la bem curta e resumida para poupar o seu tempo:
Um casal de amigos com dois filhos, um menino de 11 e uma menina de 8 anos. O pai é militar da ativa, portanto vive para o trabalho. A mãe sempre foi zelosa e carinhosa, fazia tudo pelos filhos, cozinhava, lavava, passava, limpava a casa, lavava a louça, enfim, fazia tudo sozinha enquanto os filhos apenas estudavam e jogavam video game. Aquela senhora nunca ensinou os filhos pensando que não havia necessidade de fazê-los passar pelos momentos chatos que ela passou na sua infância quando sua mãe a ensinava a ser prendada e independente.
Esta jovem mãe adoeceu devido a uma pancreatite (doença que mata 96% dos doentes), devido a gravidade de sua doença, o médico lhe deu 6 meses de vida (ou menos).
E agora, quem criará e cuidaria dos filhos dela?? pois o pai vive para o serviço militar… Ela se arrependeu amargamente de nunca ter ensinado seus filhos a serem independentes dela.
O tempo urge!!!… Ela tem pouquíssimo tempo para ensiná-los a fazer as tarefas domésticas, pois ela sabe que o pai apenas poderá dar continuidade aos ensinamentos que ela iniciará.
A família se reuniu e conversou (aos choros das crianças) mas decidiram se empenhar na árdua terefa, onde os pais ensinam e as crianças aprendem.
A doença piorou e ela NÃO conseguiu ensinar tudo o que devia, da forma correta. Ela passou semanas de dores angustiantes no hospital e nem mesmo morfina amortecia tais dores, porém, o que mais lhe doía era saber que seus filhos estavam entregues à sorte e que teriam que aprender tudo sozinhas, pois o pai não estaria sempre presente.
Resumindo mais a estória…. Após muitas orações e uma cirurgia onde o médico não dava nenhuma garantia de sucesso, ela ficou curada. Hoje já se passaram 4 anos e a mãe conseguiu ensinar tudo que ela sabia e muito mais, sem contar os ensinamentos do pai, que ensinou algumas coisas que aprendeu como fuzileiro naval.
Foram tempos dificílimos para aquela família, que poderíam ter um fim trágico e um resultado doloroso para os demais membros, mas felizmente tiveram tempo para se arrepender e corrigir seus erros.
.
O recado que eles me deram é o mesmo que você pode concluir do que escrevi:
– ensine seus filhos a serem independentes de você;
– crie seus filhos como se hoje fosse o seu último dia de vida, então ame-os e eduque-os como se isso fosse verdade;
.
Existem várias outras situações que podem deixar uma família em apuros…Sugiro que leiam o texto do sobrevivencialista Batata no site “Guia do sobrevivente urbano”, no link abaixo ele escreve sobre o que ele viveu em uma crise econômica que passou pelo mundo e no Brasil, que o Lula chamou de “marolinha”… Mas a estória contada no site não tem o mesmo poder de entendimento que o vídeo que ele (o Batata) deixou no Youtube onde ele próprio conta a estória que mudou a vida dele até hoje.
.
.
http://sobrevivencialismourbano.blogspot.com.br/2013/10/eles-desligaram-tudo-e-agora.html
A história que você contou mostra como muitas pessoas só aprendem através da dor, na marra ou a força, enquanto estas situações não chegam vão educando seus filhos com tablets, celulares, pcs etc… transferindo a responsabilidades que é deles para o acaso, e quase sempre o resultado dessa displicência são pessoas de baixa auto estima, inseguras, imaturas e despreparadas para a vida.
Parabéns Julio, palavras que muitos pais deveriam escutar! Aliais você foi ate paciente diante de um absurdo de proibir criança se tornarem verdadeiros humanos e não máquinas programas pelo sistema!
Para os pais é mais fácil dar um Tablet, um PC cheio de jogos entre outros, para entreter o filho e não ter “problemas” ou responsabilidades com ele. Acontece que a longo prazo estes jovens vão se tornar adultos ansiosos, depressivos, antissociais e inexperientes. Tenho pena dessa nova geração que está presa nessa Matrix do sedentarismo digital e o que é pior, pelos próprios pais.
Este assunto é muito importante Julio, e o pior de tudo é que esta cada vez pior, você falou das crianças que ainda tem vontade de praticar o sobrevivencialismo, acampar etc.. e aquelas que nem vontade tem??? Meu enteado que já esta com 18 anos… fica 24 horas na frente do PC dês de dez anos de idade… não sabe pescar, não sabe caçar, não sabe nada de nada.. é uma pena e por mais que eu tente tirar ele dessa vida eu não consigo já esta enraizado nele este modo de vida sedentário horrível. Meu pai tinha espingarda 22 e de chumbinho, saia para pescar e acampar varias comigo e meus irmãos vezes, isso me ajudou muito até no relacionamento com meu pai e hoje não troco a natureza por nada e sou muito feliz por ter vivido isso.
Meu irmão, meus cunhados, são do mesmo jeito Felipe, quando convido para acampar ou pescar, ainda tiram sarro. Por sorte, consegui salvar meu afilhado de 4 anos dessa vida de marmota.
É triste, mas não podemos perder a esperança talvez sejamos os últimos sobreviventes do massacrante “besteirol digital” a que nossa futuras gerações estão já estão entregues…