Liberdade: Brasil X EUA (Com Tony Eduardo) – Sobrecast #004

Quais as diferenças culturais no que tange a liberdade individual quando comparamos Brasil e Estados Unidos? Talvez você se surpreenda neste papo um tanto quanto depressivo mas igualmente importante.

Para esta conversa estamos com Tony Eduardo, diretor da Escola de Tiro .38 e um dos instrutores de tiro mais capacitados deste país. Vamos lá:

Qual a sua visão dentro destes assuntos que comentamos? Deixe sua opinião nos comentários!

Até.

um comentário

  • Adriano Sotero Bin

    Prezado Júlio,

    Sou um admirador do seu trabalho, mas neste sobrecast específico, peço vênia para expor minha visão sob outro ângulo acerca dos vários assuntos tratados. Não tratarei de todos os temas falados no sobrecast, pois pretendo conservar o caráter sintético da minha exposição.

    Com o máximo respeito, achei que a conversa perdeu o rumo diante do tema proposto que era a concepção de liberdade no Brasil e nos Estados Unidos. O tema possui elementos riquíssimos para travar uma reflexão interessantíssima com várias nuances, tais como: as várias concepções de liberdade no âmbito ético e sua relação com a liberdade política; a liberdade na filosofia política no contexto do desenvolvimento histórico brasileiro e no estado-unidense; a relação com a concepção de liberdade individual nas duas nações; a relação entre Estado e cidadãos nos dois países; como é a relação entre liberdade individual e Estado nas unidades federativas dos Estados Unidos (estados e condados) e vários outros subtemas afins à discussão. O excesso de assuntos tratados não gerou um aprofundamento das ideias. Deste modo, tenho comigo que houve uma perda do fio condutor, não sendo possível uma maior elucidação do tema.

    Por exemplo, os processos de independência americana e brasileira são dois momentos complexos com variadas nuances que não podem ser resumidas de modo tão simples como foram tratadas na conversa. Situação análoga com o processo de implementação do republicanismo no Brasil. Por conseguinte, a simplificação pode terminar gerando noções históricas errôneas.

    No que tange a nós brasileiros e a vivência no nosso país, sou menos pessimista. É a história do copo meio cheio ou meio vazio, para onde se deve observar e com a intensidade correta. Todas as nações possuem seus problemas e virtudes, nosso país não escapa à regra e nem os Estados Unidos. A luta para manter uma sociedade saudável e constante e ininterrupta em qualquer lugar do mundo. Não observo os Estados Unidos como a meca da liberdade individual, ao contrário, o governo federal e os governos estaduais norte-americanos são extremamente presentes e atuantes com suas várias instituições agindo de forma eficaz ou ineficaz junto aos cidadãos. Neste sentido, é necessário delimitar bem esta como é compreendida a liberdade individual do cidadãos e das instituições públicas nos Estados Unidos.

    No Brasil, a nossa liberdade enquanto cidadãos também é assegurada em muitos pontos. Muitos cidadãos brasileiros são altamente virtuosos e trabalham diuturnamente nos mais variados contextos para garanti-la. Como tal, pessoalmente, observo alguns vários pontos a serem melhorados, assim como há vários pontos fortes no nosso atual contexto histórico, tal como vejo nos Estados Unidos também e diversos outros países.

    Não vejo a necessidade de usar o termo “brasiliano” em vez de “brasileiro”. O termo “brasileiro” já é consagrado historicamente, não sendo visto como algo pejorativo, mas como a denominação do indivíduo que nasce no Brasil. Além disso, diversos dicionários colocam os dois termos com sinônimos. Logo, neste caso específico, não é a palavra, mas a ideia que vigora na nossa mente sobre o que é ser brasileiro (ou brasiliano) que é mais importante.

    Por fim, tenho comigo que não existe uma liberdade individual absoluta no contexto de um convívio mútuo. Esta somente existirá para o indivíduo que habita sozinho um deserto, uma selva etc. sem necessitar de uma família, de vizinhos e, por consequência, de todas as benesses que a vida comunitária traz. Logo, ser livre também é saber se submeter as regras necessárias para uma boa vivência em comunidade.

    Um grande abraço,
    Adriano

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