A fragilidade da Internet
Talvez vocês estejam estranhando a paradeira nas postagens dos vídeos e podcasts por aqui, mas há uma explicação razoável para tal fato… Estou offline. Por conta disso, hoje vamos pensar sobre os perigos que nossos hábitos “internéticos” apresentam para nossa conduta sobrevivencialista.
Neste momento lhes escrevo usando a internet móvel do meu celular, afinal, já fazem três dias que estou sem internet em minha residência. Isso causou um atraso geral em toda a programação do nosso Portal, visto que estou incapaz de enviar novos vídeos.
Contudo, mais importante ainda, lembrou-me da enorme fragilidade da internet. Hoje é muito fácil contarmos com o acesso rápido que a internet nos proporciona para resolver problemas ou dúvidas cotidianas. O problema é que existem perigos muito sutis neste tipo de pensamento e comportamento moderno, vamos pensar em alguns deles:
- Surgiu uma dúvida? Google: Lembro passar um bom tempo fazendo pesquisas nas enciclopédias para um trabalho escolar. Hoje, em segundos, podemos ter acesso a um número virtualmente ilimitado de informações. Apesar de isso ser ótimo, você não pode confiar apenas nesta ferramenta. Se um dia ficar sem acesso à internet, todo aquele conhecimento se evapora no ar. Procure imprimir (sim, em papel) tudo aquilo que você julga ser valioso e ache um bom local para armazenar estas informacões;
- Vou falar com os meus amigos sobrevivencialistas no WhatsApp ou Facebook: Conectar-se é ótimo, na verdade, imprescindível. Porém muitas pessoas acabam mantendo seus contatos somente em nível online e, como sabemos, a primeira infraestrutura a sofrer com uma crise é a telefonia e internet. Busque formas de manter contato sem depender desses elementos. Hoje com rádios PX você já consegue certa efetividade se os contatos que almeja realizar são da mesma região que você;
- Vídeos são belas formas de aprender técnicas novas: Sim, são… Mas são mais frágeis que os textos, afinal, não podem ser impressos. Com o “boom” do Youtube e sites de vídeos semelhantes é muito mais atraente aprender algo novo vendo um vídeo, mas se aquele conhecimento ficar somente ali, será perdido ou esquecido. Procure praticar aquilo que vê e tome notas, como se estivesse em uma sala de aula. Estas notas poderão realmente ser úteis quando os sites não estiverem mais disponíveis.
Sempre defendo que devemos usar a tecnologia à nosso favor, mas há uma linha tênue entre usá-la como complemento de suas informações e depender exclusivamente dela. No mais, paro por aqui e acredito que até o final desta semana consiga voltar com a programação normal do nosso portal.
Me diga, o que você faz para garantir seu acesso a informações caso a internet sumir do mapa?
Até.
Falando de internet, olhem esse vídeo fantástico que o Nerdologia postou hoje (08/10) falando sobre qual seria nossa maior perda devido a um apocalipse moderno: https://www.youtube.com/watch?v=4_TU5fI-zdQ
Uma dica que acho importante pra galera que não sabe ficar sem computador é gravar os sites, tanto em pendrive como em mídias DVD ou CD. Parece ilógico, mas a maioria não pretende ficar sem energia eletrica, ou se ficar deve ter pensado em uma forma de produzir Energia eletrica pra pelo menos uma emergência.(SOLAR, EÓLICA, MECANICA). Mas nada disso substitui os velhos e bons livros de papel, o problema é carregar isso tudo, por isso a dica de mídia offline.
chapa, tb é bom ter pelo menos uma agenda escrita com os contatos e tentar memorizar os mais importantes, hj em dia se o cel não funcionar…
Valeu Julio. O sqma é o veio papel e lapis….kkkk um custuma faia…..
To com prob coç teclado kkkkk o texto fica ruim mas da pra compreemder!!!! Ja to com um bom material q trascrevi destas postage….. Tá guardado!!!!
Site simula destruição que uma bomba atômica produziria em sua cidade:
http://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/e-se-a-sua-cidade-fosse-alvo-da-bomba-at%C3%B4mica-de-hiroshima/ar-BBlohjX?ocid=mailsignoutmd
O site está fora do ar agora.
Esse do acesso a informação é um problema sério. O google deixou as pessoas mal acostumadas. Considero livros como um item essencial no estoque de um sobrevivencialista. Tenho um e-reader e leio uma tonelada nele, mas nunca deixo de comprar bons livros de referências quando encontro. Livros sobre botânica, mecânica, eletrônica, primeiros socorros…
Nunca se sabe quando a energia vai sumir e perderemos todos as milhares de info salvas nos pendrives da vida.
Tem razão, o google tá ali, sempre a disposição quando temos alguma dúvida, mas é preciso memorizar as informações que adquirimos por esse meio e pratica-las.
Além de termos uma biblioteca razoável, por exemplo, quem usar sua casa como abrigo em situações críticas por vários meses, logo ficará entediado sem livros ou papel e caneta. Sua idéia de se esconder na biblioteca foi ótima, rsrs, só torcer prá algum maluco não ter a idéia de tacar fogo nos livros.
Que horror! Porque alguém tacaria fogo em livros? T_T
Julio Lobo, suas publicações são sempre úteis. Obrigado.
Pois é, ja tinha pensado nisso, tanto que tenho minha pequena biblioteca em casa, alguns manuais que baixei da internet impressos em papel e salvos em pen drive, e a minha próxima aquisição será um par de rádio portátil com alcance de até 56 km, mesmo na prática sendo uns 15 km ja estará ótimo, pois mesmo tendo um no carro, sempre há a possibilidade de termos que abandona-lo ou morrer a bateria, e o que estou vendo tem a possibilidade de usar baterias ou pilhas comuns.
Fabrício, considere uns 5kM um gigantesco sucesso….particularmente nunca vi esses pequenos rádios operarem nem a isso…..
e que os modelos mais comerciais ja anunciavam o alcance de 3km imagina na pratica, esses sao uns modelos mais caros que anunciam 56 km em campo aberto tempo limpo e lomba abaixo rss, por isso que na pratica se na cidade ou campo forem uns 15 ja esta de bom tamanho.
Além de uma biblioteca em casa, é sempre bom saber onde fica a biblioteca mais próxima na sua cidade. Nem sempre nossos livros na estante conseguem abranger todos os temas (sem falar que bibliotecas são ótimos lugares para se esconder, já que quase ninguém pensaria em ir atrás de livros em uma crise).
Olá quero muito participar, pois sobrevivência é o meu forte a floresta é como se fosse o quintal da minha casa!
Bom dia a Todos!
Alguém já assistiu uma série de TV chamada “REVOLUTION”?
Sinopse:
“Quinze anos depois de um evento desconhecido fazer com que toda a eletricidade mundial parasse de funcionar, o mundo mergulhou em outra idade das trevas, as pessoas tiveram que se adaptaram à vida sem aviões, sem comunicação de alta tecnologia, confortos cosmopolitas, etc..
Em pequenas comunidades agrícolas, a vida parece mais doce neste ritmo mais lento, mas o perigo e mistério espreitam nas sombras. Após descobrirem que a nova milícia governamental matou um homem que, supostamente, tinha algo a ver com o apagão, uma equipe formada pela filha deste homem e aliados improváveis sai em busca e luta para determinar a verdade sobre o cataclismo, a fim de recuperar o futuro.”
A sociedade voltou ao tempo das carruagens.
Fica a dica, quem quiser e puder assistir, é uma visão interessante sobre a vida real após um “EMP”, sem o apelo dos zumbis, alienígenas e outros.
Saudações,
Carlos
Saudações!
eu gosto muito dessa série, estou esperando a 3º temporada, é claro que isso é só um filme, mas realmente as situações são bem retratadas, dá pra ter uma ideia das coisas que se pode esperar em um cenário onde o sistema caiu e não há mais tecnologia.
vai ter terceira?
grande abraço
Bom post.
Aproveito para infelizmente, comentar que vejo muitos ‘amigos sobrevivencialistas’ formando redes, grupos, comunidades, etc; todas virtuais, tão frágeis quanto a própria rede. Sempre desconfiei deste tipo de comunidades ou grupos, pela fragilidade e impessoalidade. Você pode ter um grupo com 1.000 amigos sobrevivencialistas no WhatsApp ou Facebook, mas numa crise real ou numa mera ‘pane elétrica’ você está isolado, além do quê, conhecer e trocar informações com uma pessoa por estas redes não significa que são seus amigos na verdade ou que formam uma rede !!!!
Têm muita gente se iludindo ou brincando de ser sobrevivencialista, infelizmente !!!!
Por isto, também tenho a minha estação de PX e uma biblioteca nos padrões tradicionais. Amigos, considero apenas aqueles que conheço pessoalmente e convivo regularmente……
Excelente!
Instalei um PX no meu carro. Só opera em AM, mas viajando pelas estradas do Paraná já falei com RS, Pernambuco, Goiás, Bahia, MT e, muito brevemente, com Porto Rico, Santo Domingo e Argentina. E sem qualquer potência adicional. Aliás, já postei aqui nesse espaço uns anos atrás, discutindo a importância das comunicações via rádio, e sobre a fragilidade dos sistemas de internet e celular. O aviso do Julio é precioso. Tenha um PX no seu veículo.
O que achei mais importante no post foi o alerta : é necessário APRENDER aquilo que estamos assistindo no youtube, lendo em blogs/facebook/email etc.
Apenas imprimir e enfiar o conteúdo em uma gaveta não resolve. Na hora do “aperto” não dá tempo de ir vasculhar os arquivos… Tem que realmente aprender e usar o conhecimento rotineiramente. Alerta geral. Estamos ficando cada vez mais preguiçosos e não estamos mais (desde a escola) treinando nossa habilidade de aprender, memorizar, raciocinar. Minha filha gasta 5 minutos para fazer uma pesquisa. Eu gastava dias. Porém, nesse processo, folheando enciclopédia, procurando livros, perguntando aos avós, eu aprendia mais do que apenas o conteúdo pesquisado, ampliava meus conhecimentos além do mínimo pedido na escola.
Assim como #max do primeiro comentário, eu também brinco dizendo que, daqui a milhares de anos, quando os ETs arqueólogos vierem estudar nosso planeta, irão se deparar com um curioso desaparecimento da civilização repentinamente. Após o avanço da internet, praticamente todo o conhecimento humano foi migrado para dentro do mundo virtual, que, como sabemos, pode evaporar totalmente com um simples PEM (pulso eletromagnético).
Já vi uma reportagem onde um senhor alertava que, caso ocorresse um colapso mundial, os remanescentes da nossa sociedade teriam poucas informações sobre nosso momento, haja visto que a maioria das informações estão na rede.
Armazenar em papel as informações é útil, mas tb pode-se armazená-las em cartões de memórias. Só será imprescindível energia para ligar os aparelhos. Esses dias comentei com minha mulher vendo a nossa pequena biblioteca na estante: ” Engraçado como o espaço ocupado por um daqueles livros de 13 x 5 cm, se preenchido por cartões de memórias de 64 gb, quantas “bibliotecas” caberiam neles?!”
Ah, vou scanear todos os nossos documentos, sejam pessoais, da casa ou dos veículos e armazenar em um cartão de memória ou pen drive e guardar em um recepiente hermético.
Como sempre uma postagem de extrema importância. Nossa sociedade tornou-se um tanto quanto “leite com pêra” e acomodou-se em níveis alarmantes. Seu post nos lembra exatamente algo de suma necessidade nos dias atuais: Reaprendermos a armazenar, anotar e guardar as informações que nos são prioritárias, e principalmente valorizarmos nossas mentes e nosso potencial humano com práticas e treinamentos. Ao menos, com o conhecimento armazenado de forma segura em nossa cabeça, e ou, impressos, sofreremos menos com o impacto de uma mudança brusca da sociedade. Porque conhecimento é vida.
Parabéns pela postagem e desculpe meu comentário cheio de rodeios. Kkkkkkk
O que vejo de interessante é que a maioria dos cartões de memória perdem os dados com o tempo. Temos exemplos, que tabuas de argila ou manuscritos escritos no couro, tem durados séculos. Fica a dica!.