Relato: Autossuficiência no mundo real, é possível?
Esse título pode até lhe parecer estranho, mas é exatamente esse o tema que gostaria de trazer para vocês. Hoje gostaria de relatar um pouco das minhas experiências na busca pela produção de alimentos e energia.
Em teoria é tudo muito fácil! Pesquisamos na internet, gastamos pouco dinheiro, montamos o sistema e colhemos os resultados. O que ninguém conta nos tutoriais da internet são as verdades duras que você vai encontrar no meio desse caminho.
Antes de continuar já lhe aviso: Meu objetivo não é desmotivar e sim trazer o senso de realidade para que você saiba exatamente onde está entrando (se é que já não entrou). Geralmente as pessoas desistem dos planejamentos nesta área pois se deparam com uma série de limitações não esperadas. Para tentar auxiliar aquele estão começando, hoje abordarei os obstáculos que eu tenho enfrentado na minha busca pela autossuficiência.
Primeiro, minha realidade atual
Eu adoraria ter tempo para cuidar de um sítio inteiro, mas essa não é minha realidade. Assim como grande parte dos brasileiros trabalhadores, passo a maioria de meu dia trabalhando. De segunda á sexta eu trabalho das 08h00 ás 22h00 e nos sábados até as 18h00.
Além disso, tenho uma série de outros compromissos. Participo de um grupo de pesquisa científica, sou vocalista de uma banda, faço meus exercícios e ainda preciso tirar tempo para construir os planejamentos da minha própria empresa, isso sem contar o tempo que tiro para cuidar do blog.
Em resumo, tenho aproximadamente 30 minutos diários de ociosidade quando chego em casa após minha rotina.
Os recursos que estou construindo/construi
Quando comecei a planejar as estruturas que construiria em casa já levei em consideração a falta de tempo e sempre busquei pelas formas mais automatizadas possíveis de produzir recursos. Atualmente já tenho em minha casa uma horta hidropônica, alguns pés frutíferos espalhados pela casa e estou em processo de construção de um painel solar e um sistema de cisternas para coleta de água da chuva.
Os obstáculos que tenho enfrentado
Agora que você provavelmente se identificou com a minha rotina e sabe o que já possuo em minha casa, podemos continuar.
- O barato sai caro: É, sei que essa frase é clichê mas se encaixa perfeitamente aqui. Como bons sobrevivencialistas que somos, sempre temos a tendência de buscar pelas alternativas mais baratas, mas geralmente essas são as que dão mais trabalho e problemas. A minha maior confirmação nesse processo foi a construção do painel solar, que mostrou-se muito mais custosa do que a compra de um painel industrializado e que com certeza iria durar muito mais do que o que estou construindo. A lição mais importante aqui é a seguinte: autossuficiência automatizada sai cara, mas vale a pena;
- É legal construir, mas se possível é melhor deixar isso para os profissionais: Este tópico vem como complemento do que você acabou de ler. Quando falamos de sistemas que vão produzir nossa comida, coletar nossa água ou gerar nossa energia é muito arriscado confiar que o nosso trabalho não especializado vai garantir a funcionalidade do projeto. A última coisa que você quer é ter uma pane no sistema de armazenamento de energia que você fez quando você realmente precisar dela! Se você puder, além de comprar o sistema ideal, contrate as pessoas certas para instalar ele;
- Em alguns dias você não terá ânimo para cuidar de plantas: Se você conseguir guardar dinheiro e seguir os dois tópicos acima talvez este aqui não cause muito impacto negativo na sua produção. Em vários dias eu chego em casa tão cansado que a última coisa que quero fazer é checar as plantas e monitorar o ph da água da horta hidropônica. Pode parecer preguiça, mas confie em mim, nem sempre temos ânimo para cuidar das coisas e infelizmente já perdi duas produções inteiras de alfaces que foram tomadas por pulgões. Se você puder, tente construir o sistema mais autônomo possível para que possa realmente ter pouco trabalho;
- Seja realista para não se frustrar: Quando começamos a estudar a autossuficiência é fácil ficar empolgado e pensar que o trabalho é mais fácil do que parece. Entenda que por mais chato que isso pareça, para conseguir produzir toda a sua comida (carne e plantas) você precisaria se dedicar totalmente a isso ou investir uma bela bolada de dinheiro para construir um sistema grande, sem contar no espaço físico que isso exigiria. Seja realista e dê os passos dentro desse território com muita cautela para não levar tombos motivacionais no futuro;
- Não comece com muito: Complementando o tópico superior, o ideal é construir pequenos experimentos para depois migrar para sistemas completos. Por exemplo, se você quer investir em uma criação de codornas, comece com poucas unidades! Eu tenho um sério problema com isso, geralmente começo “com força demais” e me deparo com obstáculos que poderiam acontecer em menor escala enquanto estou no processo de aprendizagem.
Enfim, como eu disse no começo, não quero desmotivar ninguém! O ideal é que você possa compreender cada um dos pontos acima para evitar cometer os mesmos erros que eu cometi. A autossuficiência é o maior sonho de qualquer sobrevivencialista e não há nada de errado com isso, porém temos de ser conscientes e realistas para que esse sonho possa realmente ser alcançável.
Até.
Julio
Em minhas pesquisas encontrei uma árvore muito difundida na África que pode fornecer todas as vitaminas e proteína que uma família precisa. É a Moringa. Ela é considerada a árvore da vida e suas sementes podem ser usadas para purificar a água. É um bom investimento.
Outra coisa interessante é que o abacate pode substituir o creme de leite em receitas de mousse de chocolate. Pelo seu alto teor de gordura.
Olá Claudia,
Que interessante! Vou pesquisar sobre esta espécie e entender se ela é de fácil cultivo aqui em nossa região. Agradeço a sugestão!
Abraços.
Júlio;
Auto suficiência alimentar e perfeitamente possível, mesmo em espaços menores, existe um mito que diz que e necessário grandes extensões de terra pra produzir comida e isso nao e verdade, e preciso grandes extensões de terra pra produzir comodites.
Baseado na minha experiência de auto suficiencia alimentar, digo que e possível basta fazer as escolhas certas, aprender a ler o ambiente onde será implantado e acima de tudo fugir das monoculturas, quando falamos de auto suficiencia alimentar o ideal seria fazendas, sítios, chácaras, quintais com poli cultivos orgânicos o mais diversificado quanto seja possível e baseado na nossa experiência simplesmente copiar o que se ve na natureza, esquecer mitos como ervas daninhas competirem com a produção entre outros.
Bom conseguimos atingir a auto suficiência alimentar em apenas 1000 m2 e ao contrário do que muitos dizem nao exige dedicação exclusiva e nem trabalho extenuante.
E um sistema que ainda está sendo desenhado, mas ja funciona e graças a ele e a renda que ele gerava na forma de venda de produtos específicos para o comércio local, a venda de excedentes e da economia com a compra de comida, consegui adquirir um pequeno sítio de 38 hectares, onde agora vamos começar entre outras coisas reproduzir este sistema e outras pesquisas relacionadas.
De goma pratica o sistema da forma atual so exige 2 horas de trabalho humano dia, o que pode ser dividido na família e não atrapalhava as outras atividades de trabalho, lazer, tempo com a família etc.
E so questão de colocar no papel os objetivos e ir em frente mas primeiro e preciso planejamento criterioso e pesquisa, sair logo pra ação nesta e em outras temáticas definitivamente não e a melhor opção.
A e como ja disseram esqueça a hidroponia a nao ser que seja um hobby os custos de implantação e manutenção são altos e so e viável se for em escala comercial
Ahh, eu queria falar com você dentro do possível, recentemente (lá em agosto de 2017) eu comecei a mil com um projeto de autosuficiência, meu projeto inicial era de fazer um simples observatório, de 13 metros e num lugar alto pra ver o céu a noite. A gente (eu e meu irmão) já vinha encucado em fazer isso a um tempinho, mas, recentemente eu vi o estopim pra tudo, quando após eu ver um documentário sobre o mundo, sobre a natureza, sobre sustentabilidade, e no final do documentário apareceu uma espécie de petição por um mundo melhor, que eles chamaram de Carta do Mundo Livre, um documento virtual que preza pela sustentabilidade, por um mundo melhor, justo e livre. A partir daí, começamos a incrementar tecnologia no observatório que deixou de ser uma simples construção para o início de uma comunidade livre. Então além de ser sustentável com a nossa presença, ele conseguirá ser sustentável sem a nossa presença… Você se interessaria?
Bom dia pessoal.
Não sou um sobrevivencialista ainda, acho que nem sequer posso ser chamado de iniciante, um interessado talvez kkk. Enfim tenho observado que uma boa sugestão para se obter sustentabilidade em casa, em meio urbano principalmente pode ser a criação de abelhas sem ferrão. Tenho 2 colméias em casa e as bichinhas trabalham bastante. Produzem mel em quantidade razoavel e praticamente não dão trabalho, eu que fico mexendo nas caixas de chato mesmo kkk. Ahh e tem uma outra vantagem que elas produzem própolis, um antibiótico natural muito eficaz. Lógico que a produção de mel não se compara as abelhas africanizadas conhecidas por todos, que tem ferrão, mas com a vantagem que você pode manejar e colher o mel sem nenhum equipamento, pode fazer sem roupas se quiser que não há perigo, sendo ideais inclusive para as cidades pois não vai matar seus vizinhos com um enxame enfurecido.
Bom é uma sugestão. Os enxames tem preços variados, dependendo da espécie, mas uma boa Jataí, relativamente rústica e generalista com hábito alimentar sai em média R$ 100,00 – 150,00, podendo periódicamente ser divididos, multiplicando seu número de enxames.
Vale a pesquisa sobre o assunto.
Abraços
gostaria de lhe perguntar aqui sobre o suporte da mochila modelo alice, se este suporte serve para os tres tamanhos .
Julio, gostaria de dar uma contribuição, visto que entendo um pouco da área.
Primeiramente, esqueça a hidroponia, minha família trabalhou com isto por mais de uma década, só compensa em larga escala, além de exigir um grande conhecimento técnico. Além do mais, em uma situação de crise onde você irá conseguir os insumos necessários? E não é pouca coisa que se precisa. Além disso é um investimento alto, sendo que as plantas mais úteis para o caso de um caos generalizado não poderem ser cultivadas desta forma.
Concentrando-se na produção convencional, você precisará de um espaço de terra bem iluminado. Não precisa ser nada enorme, mas pelo menos um 10x10m são necessários. Se você vive em apartamentos esqueça, pode ser legal cultivar umas plantinhas em vasos, mas isso é apenas hobby.
O mais importante é pensar quais plantas você irá cultivar. Plantar verduras pode ser legal na sua horta, mas numa situação de desespero ninguém mata a fome com alface e tempero verde. Além do mais a maioria das verduras são difíceis de produzir sementes e totalmente inviáveis em um caso de calamidade.
Minhas sugestões são:
* Aipim/mandioca/macaxeira – Produz no Brasil inteiro, da pouco trabalho, é fácil de reproduzir (basta usar um pedaço do caule) e é rico em carboidratos para lhe sustentar da fome;
* Batata doce – As mesmas vantagens do aipim;
* Milho – Fonte de energia, fácil de cultivar;
* Banana – Depois que você tem um pé a coisa só aumenta, e um cacho de bananas alimenta muita gente.
* Abacate – Fonte de energia e gorduras, realmente mata a fome. O problema é que uma árvore toma muito espaço.
* Maracujá – Não que seja muito energético, mas da no Brasil inteiro e qualquer cerca serve pra ele. Facílimo de cultivar.
* Morango – Não é algo muito energético, mas pode servir para dar uma vitaminada, afinal passar meses comendo só carboidratos deixa qualquer um debilitado. A vantagem é que ele não precisa de sementes para a reprodução, uma grande vantagem em situações de caos.
Essas são as plantas que lembro de cabeça que seriam uteis, fáceis de plantar e que não te tornarão dependentes de insumos externos. O que você acha?
realmente, a autossuficiência urbana é algo difícil de se atingir! A pouco tempo iniciei um projeto para coleta de água da chuva, um painel solar para aquecimento da água que seria utilizada em banhos e uma horta na minha casa, e o texto demonstra exatamente a maneira como me senti chegando em casa cansado do trabalho e vendo a mulher reclamando das plantas e da “bagunça” de estar guardando garrafas pet e caixas de leite vazias… ¬¬”
Fala Rodrigo!
Pois é, não é um trabalho fácil de se manter rodando. A grande saída é apostar em abordagens tecnológicas e que dêem o menor trabalho possível, infelizmente estas requerem maior investimento. Ainda assim, vamos em frente!
Abraços.
Kkkkkk parece que há uma programação nelas, pra agirem assim por instinto. Kkkkk
Olá Júlio!
Parabéns pelo seu blog e seus vídeos!
Quero deixar algumas dicas que talvez possam te ajudar nas suas idéias/publicações.
Permacultura, no seu caso seria melhor focar em permacultura urbana, e caso você queira e eu aconselho fortemente, leia os livretos de Bill Mollison que um dos pais dela.
Aquaponia, que nada mais é do que um sistema de hidroponia em conjunto com a criação de peixes, até onde vi e não sei se é verdade, você pode criar as plantas sem a necessidade de comprar nutrientes pois as condições químicas e biológicas do tanque de peixes supre as necessidades das plantas, e as plantas ajudam os peixes. Além disso as folhas ruins ou “bichadas” podem ser usadas para alimentar os peixes.
Quanto ao seu problema com pulgões, alguns já citaram algumas soluções, você pode pesquisar sobre alelopatia.
Autossuficiência dentro da cidade e sozinho acho que é muito, muito difícil, a não ser que você tenha muito tempo e muito espaço físico. Mas ao meu ver uma possibilidade a ser estudada seria a produção conjunta, onde vários moradores se juntariam e cada um produziria um tipo de hortaliça diferente por exemplo, e nada impede que, caso exista, sejam vendidos os excedentes.
Olá Júlio na minha opinião também é válido pensar em auto suficiência de maneira agronômica, mas também é devemos pensar de maneira sintética ou seja alimentos processados tal como barras de cerais, leite em pó, cereais enlatados e em pó como por exemplo fubá de milho, farinha de mandioca, farinha de trigo, farinha de aveia, etc…
Ola, Eu sou nenhum agronomo e tals, mas esse site aqui pode ajudar muito, esse tema.
“www.fruticultura.iciag.ufu.br/hidropo.htm”
Valeu Julio Lobo, por nos ajudar a começar.
Um grande abraço.
Trabalhar das 08:00 as 22:00 é cruel hein! rs
Republicou isso em Fernando "Eagle" de Sousa.
Oi julio…. Muito bom c falar sobre essa realidade …muita gente coloca tudo perfeito d+ na net…. E não fala dos percalssos q vamos encontrar plo caminho…. Lembrando q isso pode desmotivar alguns amigos. No momento eu mesmo estou perdendo uma compostagem …. Tá tudo cheio d bicho kkkkkk…… Mas vamos começar d novo afinal a horta também tá cheia d fungos…. Poucas plantas vão sobreviver. Então é muito interessante q os colegas principalmente os q estão chegando agora, entendam q não é moleza…… Afinal rapadura é doçe + não é mole não!!!! Valeu julio!!!
Ouvi falar num curso que fui, que no solo deve haver rotação de culturas, para evitar os fungos… tipo: num mês se planta hortaliças, no outro se planta frutíferas, daqui a uns anos deixa o solo parado (descansando) noutra época se planta batatas e plantas subterrâneas, trepadeiras depois e noutra hortaliças novamente…
Oi Júlio, bom dia,
Há tempos tenho muito interesse por esses assuntos, motivada por pensamentos ecológicos, de sustentabilidade, preservação da natureza e poluir e degradar o meio ambiente o mínimo possível.
O Ecocentro IPEC desenvolveu um projeto onde uma família poderia viver (se manter e vender os restos da produção) em uma área de 1000m2.
O projeto chamava-se “O Hectare” e confesso que não sei em que pé está, pois a última vez que acompanhei foi em 2008.
Segue o endereço do projeto na web: http://www.ecocentro.org/o-ipec/midias/publicacoes-pdf/o-hectare-3/
Esta foi a terceira publicação sobre o projeto.
Um grande abraço e esteja em paz.
Sucesso no seu projeto.
Mais uma vez parabéns, Júlio! A cada postagem você me anima mais e mais nessa nossa empreitada. Desejo-te muito sucesso!
Em referência aos pulgões que acometeram as suas alfaces, talvez ajude plantar algumas ervas aromáticas no mesmo ambiente, afim de que afugentem as pragas ou atraiam predadores; além disso, a maioria, senão todas, dessas outras plantas podem ser usadas como fitoterápicos. Abaixo seguem alguns links de uma breve pesquisa:
http://www.avelonline.com/plantas-repelentes-de-pulgao.html
http://auepaisagismo.com/?id=Plantas-que-atuam-como-inseticidas&in=749
http://www.agronomianet.com.br/receitas_da_vovo_tabelas2.htm
http://www.portaldojardim.com/pdj/2010/04/14/dica-contra-pulgoes-e-formigas/
http://centrodeartigo.com/tudosobre/artigo-15605.html
Você também deveria diversificar a sua produção, não só para evitar as pragas, mas também, para que caso ocorram, não afetem toda a sua produção com tanta intensidade; além disso, você terá outras opções de alimentos – convenhamos… alface todo o dia é de enjoar!
Uma ótima opção que eu te sugiro é o agrião. Ainda não tenho a minha horta hidropônica, todavia, pelo que sei, este cultivar se adapta muito bem à esse sistema. E também, não só é calmante, assim como alface, como – se não me engano – ao invés de ser depressivo do SNC, é um ótimo nootrópico.
Olá,
Fui criado numa família de horticultores e gosto da atividade. Cheguei a plantar algumas coisas em casa e não é fácil. Se for com intenção de auto-suficiência, eis os obstáculos:
– Pouco espaço. Sustentar uma família de 4 pessoas exigiria no mínimo 1 hectare, pois os cultivos são sazonais, o que torna boa parte da terra improdutiva com viveiros ou cultivos ainda sem frutificar;
– Hortas em quintais que não tem bom arejamento e\ou tem muito sombreamento produz pouco;
– O terreno tem que ter boa drenagem – o excesso de água no solo é pior que a falta dela;
– alta incidência de pragas (como pulgões, lesmas) e
– Necessidade de correção do solo e adubação.
É fato: Grandes produções agrícolas apenas são mantidas com muita adubação química e agrotóxicos!
Porém, numa crise, creio que me dedicaria na produção de feijões e milho, pois além do valor nutricional, podem ser armazenados por anos.
Discordo sobre a necessidade de agrotóxicos e outros produtos químicos, pois existem experiências exitosas no Brasil em em outros países (Austrália, Índia, China) de pequenas, méidas e grandes propriedades onde são produzidos apenas produtos orgânicos.
Achei interessante o seu comentário, porém discordo. Não acho que seja impossível e nem difícil manter uma produção agrícola sem o uso de venenos e adubos químicos. Entendo na verdade ser inclusive mais “rentável” para a humanidade esse tipo de produção.
Discordo também relativamente da recomendação de armazenar o milho – afora minha compreensão autodidata de que a alimentação de grãos é biológica e historicamente insuficiente e inadequada – pelo que sei quase todo o milho produzido já é Frankstein, isto é, transgênico. E sensatamente, conjecturalmente e óbviamente duvido que esse tipo de ser vivo não ataque a saúde.
No mais, gostei do que dissestes. Recomendo que você pesquise no Youtube e mesmo na internet, por um indivíduo chamado Ernst Gotsch são animadores os seus sentimentos idéias e atitudes, vale a pena conferir os seus ensinamento e trabalhos.
Felicidades!
Já acompanhei e acompanho vários vídeos seus e do nosso amigo Batata entre outros sobre esse tema, também em pesquisas pessoais, e pequenos testes, já pude perceber que são grandes os obstáculos, no meu caso o maior desses obstáculos é a falta de espaço, mas que estou perto de sanar esse problema, mas com certeza o maior de todos os problemas do sobrevivencialista é relacionado com o fator energia elétrica, tenho alguns projetos que pretendo por em pratica mais ainda estão no papel e não tenho certeza da quantidade que pode ser produzida, realmente não é fácil mas somos sobrevivencialistas, essa é a intensão superar obstáculos.quando muitos acham loucura, difícil ou impossível nós fazemos.
O maior dos problemas no Brasil é o altíssimo custo das coisas que chega até a desestimular você iniciar um projeto maior… Um aerogerador custa cerca de R$ 26 mil e este equipamento pode produzir mais de 500 kWh de energia “limpa” por mês… Já o custo de instalação de energia solar gira de R$ 20 mil para a aquisição de painéis solares de silício cristalino e filmes finos, e, pode produzir 250 kWh de energia por mês com oito painéis… Já pensando em biogás, os custos de produção de 30kW de energia, monta em R$ 15 mil, porem o biogás serviria para mais coisas que somente a geração de eletricidade… Bem… O retorno financeiro para as duas primeiras pode demorar um pouco mais de 10 anos, já o biogás, se usado para fogão e aquecedor, creio que uns 5 anos seja recuperado seu investimento…
Para ter energia elétrica de graça:
– Pegue um motor (que não use mais) E proteja bem (com um saco, deixando a entrada de ar aberta)
– Inverta o sentido de alimentação
– Ponha uma ventoinha ou qualquer pá
– Coloque no vento ou no rio para girar as pás
– Estenda dois fios do local até sua casa
Desfrute da energia ; )
Creio sim que a auto-suficiência seja possível até certo grau, porem pra isso é necessário alguns muitos pré-requisitos… Gostei muito do texto do Julio, pois expressa bem a realidade… Existe um livro intitulado de “Guia Prático da Auto-Suficiência” (The Complete Book Of Self-Sufficiency), publicado em 1976, do inglês John Seymour, agricultor e ambientalista, que ensina o passo-a-passo da auto-suficiencia porem diz que “neste mundo em que nos inserimos e em que somos, cada vez mais, dependentes uns dos outros, a auto-suficiência completa será, verdadeiramente, impossível de atingir.”
Muito bom, a alguns anos eu comecei em casa com uma horta de temperos e medicinais em vasos, depois foi crescendo e hoje tenho algumas verduras e frutas, tudo em vasos, mas a realidade é como você citou no texto, mesmo produzindo bem não dá pra minha auto suficiência, creio que isso seja por causa do espaço limitado e do período de tempo que leva para o crescimento das plantas ou produção de frutos. Mas isso serve para passar meu tempo e me dá a oportunidade de aperfeiçoar o que já sei e aprender sempre mais, e esse aprendizado poderá ser aplicado quando eu tiver alguma chácara ou sítio.
Recentemente consegui um local não frequentado e bom pra acampar e ficar caso algo aconteça, estou produzindo algumas mudas desse meu cultivo lá em casa que levo quando pra esse local quando posso, afim de proporcionar algum conforto caso precise ficar lá e em breve ter algumas frutas pra colher quando acampar lá
Ótimo posto Júlio, ajuda bastante essas experiências de pessoas “comuns” fazendo estes experimentos.
Eu moro em apartamento e curti a ideia de montar uma horta na sacada, e fui isso que fiz. Por várias vezes eu perdi tudo, pelo simples fato de não dar a devida atenção a mini-horta. Nada como a experiência de por a mão na massa para realmente entender as coisas. Ficar só lendo e vendo videos tira essa visão da realidade.
Fala Fernando,
Exatamente o problema que tive. Ficamos ocupados com outros itens e as plantas sofrem as consequências…rs. Agradeço a complementação.
Abraços.
Um post “pé no chão”.
Acredito que depende muito do nível de imersão dentro do mundo real e do mundo sobrevivencialista (se é que posso usar essa dicotomia). Aqueles que dispuserem de mais recursos (diga-se tempo e dinheiro) para as atividades sobrevivencialistas muito provavelmente conseguirão ir mais longe, é assim nas artes, nos esportes, e até jogos e sites da internet, chega um momento em que os caras têm que escolher entre diminuir o ritmo e manter aquilo como um hobby (e ficar aquém das expectativas, próprias e dos seus “pares”), para poder viver a vida real, ou profissionalizar o negócio pra poder fazer aquilo integralmente e com mais qualidade.
Olá Victor,
Concordo plenamente. Digo com bastante certeza de que se eu pudesse me dedicar integralmente a esta jornada o objetivo final seria muito mais fácil de ser alcançado.
Ainda assim, meu planejamento é bastante simples: Trabalhar o máximo que puder agora para então angariar fundos para tal dedicação ser possível no futuro de médio prazo.
Abraços!