Tufão nas Filipinas: E a história se repete mais uma vez

Suponho que todos que assistem jornais ou leem notícias online já estão sabendo do tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas e destruiu praticamente 80% da cidade chamada Tacloban.

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Sabemos que o tufão levou mais de dez mil vidas (até agora) e também deixou rastros de destruição enormes, cenas realmente apocalípticas. Eu não vou falar sobre o desastre propriamente dito, pois você pode encontrar os detalhes em quaisquer sites de notícias. Hoje abordarei esta tragédia de forma mais analítica e com uma visão de preparação. 

Após o estrago imediato ser feito o grande desafio é lidar com um local destruído, sem leis e sem recursos. Deixo aqui um trecho retirado do blog Thoth3126 para começar a discussão:

“As pessoas estão ficando violentas. Elas já estão saqueando estabelecimentos comerciais, shoppings, apenas para encontrar comida, água, arroz e leite. Estou com medo de que em uma semana as pessoas possam matar por causa da fome, acrescentou o professor Pomeda.

Um homem, Edward Guialbert, perambulava entre os cadáveres para recuperar alimentos em conserva sob os escombros de uma casa. Mais adiante, um açougue que por milagre permaneceu intacto foi saqueado por uma multidão. Um comboio de ajuda da Cruz Vermelha também foi saqueado. Momentos após a passagem do tufão, as forças de segurança estavam praticamente ausentes. “

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Mais uma vez vemos a humanidade agindo como esperado. Somos uma espécie incrivelmente fiel ao comportamento em desastres. Observamos que sempre o estrago imediato do desastre é seguido do colapso da lei e a ordem…São pessoas saqueando, matando e fazendo tudo o que sentem que precisam fazer para continuarem vivos. 
Entendam que não estou desmerecendo a gravidade da tragédia ou culpando as vítimas pelo infortúnio, longe disso. Não deve haver estado pior do que  estar em sua cidade completamente destruída, morrendo de fome e com cadáveres de conhecidos e familiares espalhados pela região inteira. Pode ter certeza que estas pessoas não mais serão as mesmas. 

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O que eu quero enfatizar aqui é o fato de que a humanidade sempre será a mesma. Os saques, assassinatos e estupros aconteceram em todos
grandes desastres e continuarão acontecendo. É importante pensar que o Brasil teve muita sorte até hoje e não sofreu estragos tão intensos quanto estes, porém hora ou outra algo nos abaterá e devemos estar prontos para reconhecer os problemas envolvidos.
Claro que é muita presunção achar que suas preparações sobreviverão a tornados de 300km/h, porém independente de termos materiais, é importante pensar em termos psicológicos. Quais são os obstáculos que enfrentaremos?
Vamos pensar no melhor cenário possível, onde o desastre (seja qual for a natureza) não atingiu diretamente sua casa e não prejudicou seus familiares. Se o desastre ocorre e estamos bem, a primeira coisa a se pensar é que outros não estão.
  • O seu “melhor” amigo: Em uma situação de desastre tendemos a voltar as atenções para nossa própria sobrevivência. Logo, aquele seu amigo “parceiro pra caramba” poderá pular o muro da sua casa, tentar lhe matar e roubar tudo o que você tem… Principalmente se ele ria do fato de você ser um preparador. Se ele não conseguir, chamará outros e contará para muita gente que você tem recursos e não quer compartilhá-los. Você terá de se proteger de pais desesperados para alimentar seus filhos, logo entenda que medidas extremas serão tomadas pelos dois lados. Lembre-se que o anonimato de hoje é a segurança de amanhã;
  • Falta de recursos: Apesar de ser um preparador, ninguém consegue desconectar-se da rede por completo ainda. A falta de recursos com certeza se abaterá sobre você, porém em menor intensidade. Saiba quais são seus pontos fracos;
  • Doenças: Dependendo da natureza do desastre epidemias podem ocorrer. Corpos nas ruas, destroços acumulando os mais diversos problemas. Ter alguns itens de proteção contra isso é de suma importância (máscaras, luvas, medicamentos, produtos de limpeza e afins);
  • Falta de suporte: Entenda que de acordo com o desastre as coisas poderão demorar MUITO tempo para retornarem à normalidade. Até hoje existem pessoas em abrigos da FEMA devido ao furacão que abateu NY. A ajuda e o restabelecimento da ordem poderão demorar muito mais do que você gostaria;
  • Esqueça seus “direitos”: Direitos humanos é algo que inventaram para a sociedade. Se as coisas saem do controle, tenha consciência de que você não tem direito a nada e se não puder se garantir, será morto e deixado para apodrecer em qualquer canto.

Eu poderia escrever uma lista enorme de dificuldades que surgem pós-desastre, porém estas nunca seriam completas pois existem milhares de variáveis em jogo. A ideia deste post é somente chamar atenção à alguns pontos que os filipinos estão enfrentando, pois a partir da análise de tragédias alheias podemos formar uma imagem melhor do que pode ocorrer em nosso bairro, cidade, estado ou país.

Espero que nosso Brasil nunca passe por nada de tamanha magnitude, mas devemos estar preparados se caso este dia chegar.

Até.

 

25 Comentários

  • Parece que nascemos apenas para consumir e consumir e, quando não podemos, nos enchemos de frustração, pobreza e até autoexclusão.

    O certo, hoje, é que, para gastar e enterrar os detritos nisso que se chama pela ciência de poeira de carbono, se aspirarmos nesta humanidade a consumir como um americano médio, seriam imprescindíveis três planetas para poder viver.

    Nossa civilização montou um desafio mentiroso e, assim como vamos, não é possível satisfazer esse sentido de esbanjamento que se deu à vida. Isso se massifica como uma cultura de nossa época, sempre dirigida pela acumulação e pelo mercado.

    Prometemos uma vida de esbanjamento, e, no fundo, constitui uma conta regressiva contra a natureza, contra a humanidade no futuro. Civilização contra a simplicidade, contra a sobriedade, contra todos os ciclos naturais.

    O pior: civilização contra a liberdade que supõe ter tempo para viver as relações humanas, as únicas que transcendem: o amor, a amizade, aventura, solidariedade, família.

    Civilização contra tempo livre que não é pago, que não se pode comprar, e que nos permite contemplar e esquadrinhar o cenário da natureza.

    Arrasamos a selva, as selvas verdadeiras, e implantamos selvas anônimas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com comprimidos, a solidão com eletrônicos, porque somos felizes longe da convivência humana.

    Cabe se fazer esta pergunta, ouvimos da biologia que defende a vida pela vida, como causa superior, e a suplantamos com o consumismo funcional à acumulação.

  • Acredito que o Brasil nao esta e nem vai estar preparado para um tipo de evento desses primeiro porque nunca passarmos por isso e segundo raramente voce vai ver amidia fazendo reportagem disso de preparaçoes e tal
    e quando fazem sempre vai ter um que vai dizer que nao precisam se preocupar ai esta o problema as pessoas so. acreditam quando o jornal anuncia esso vao se enteresar quando amerda feder

  • Vejo aqui grandes debates sobre catástrofes enormes, como a desse post, mas acho que no Brasil esse não é o maior risco. Não temos terremotos ou furações catastróficos. Um enchente aqui ou deslizamento de terra ali (para quem está envolvido realmente é horrível).
    O que vejo de maior problema brasileiro seria uma forte crise financeira, somos 200 milhões de pessoas e a maioria delas endividadas e vivendo o dia a dia.
    Como bancário e entusiasta de conhecer e aprender com a história (ciclos econômicos) acredito que estamos numa encruzilhada financeira. O capitalismo agressivo de hoje é insustentável e uma hora precisará ser corrigido.
    Imaginem o que aconteceria com os níveis de violência nesse país se em pouco tempo passarmos a ter uma taxa de desemprego de 15% ou 20% (atualmente está, oficialmente, em torno de 5,5%).
    Estamos REALMENTE preparados para uma situação dessa? Eu confesso que não estou completamente preparado, mas tenho procurado me preocupar com minha situação financeira não dando o passo maior que a perna, como se diz. Também procuro conhecer e aprender sobre sobrevivencialismo em geral, pois acho que pode ser necessário futuramente…

    • Alexandre parabéns pelo excelente testo. Só para lembrar o Brasil é um pais de dimensões continentais, uma tragédia como a que aconteceu em Santa Catarina é menor que a que a Filipinas sofreu?

      • docrdm,
        .
        Para as pessoas envolvidas na tragédia de SC, ela foi igual ou até maior que a das Filipinas.
        Não pretendi ser insensível com as coisas que acontecem no Brasil, apenas pretendi enfatizar que aqui elas sempre são locais ou no máximo regionalizadas (seca no nordeste).
        Tentei mostrar que as nossas tragédias nunca são nacionais, também por causa de nossas proporções continentais como você bem lembrou.
        Mas uma crise financeira assolaria o país todo.

  • nossos amigos ali de cima deram um bom exemplo de quanto o conflito,a competição e as disputas são tão humanas e corriqueiras.

  • Bom, o cenário atual das Filipinas é resultado da má preparação que afeta nosso país como um todo. Não vou nem discutir os erros do nosso país, já que são muitos, mas se as chuvas que são ditas “normais” causam tantos transtornos TODOS OS ANOS NOS MESMOS LOCAIS, imagine uma catástrofe do porte do tufão Haiyan.
    No entanto, uma situação “SHTF” clássica, como tufões, terremotos ou algo do tipo seriam coisas menos urgentes no Brasil. Nós JÁ ESTAMOS EM CRISE. Já vivemos em uma situação onde a saúde, saneamento básico, alimentos, água de qualidade, educação e outros bens são difíceis de conseguir para uma parcela considerável da população.
    Já vivemos em meio a uma zona de guerra e tensão, com criminosos e marginais rondando a cada esquina. Não dá pra sair de casa tranquilo, mas ficar dentro dela também é um transtorno, pois a segurança é ausente no nosso país.
    O principal problema não será uma guerra nuclear entre Rússia e EUA. Não esperem que a catástrofe só vai chegar quando seus vizinhos estiverem cuspindo os próprios dentes por causa do inverno nuclear.
    Nossos problemas já estão aqui. A crise já é uma realidade, camuflada, silenciosa e sorrateira, mas ela está aí.
    Por isso meus amigos, acelerem suas preparações e tentem incluir seus entes queridos nelas, porque A MERDA JÁ BATEU NO VENTILADOR.

  • Olá, queria deixar esse comentário em relação à discussão sobre o nosso país, sua expectativa de futuro nada glorioso, ir para o exterior, etc que sugiu nesse artigo.
    O Brasil não é o pior país do mundo por diversas razões:
    – Não temos um histórico de genocídio (ao menos recente) como ocorrido na extinta URSS, China, alguns países africanos, etc
    – Não temos racismo, diferenças etnicas e religiosas tão gritantes como nos EUA (num passado recente) e países árabes e africanos.
    – O acesso a cursos superiores avançou muito nessa década, o que vai gerar maior qualidade de vida.
    – Somos tolerantes em relação a diversidade sexual e cultural (agressões homofóbicas são pontuais).
    – Dispomos de recursos naturais indiscutivelmente valiosos.
    Então, não devemos perder as esperanças e deixar de apostar num futuro melhor, até porque a grande maioria dos brasileiros não pode abandonar seu país. E por mais que o “sonho de vida” americano seja tentador, o mundo suportaria outros países com o nível de consumo dos EUA?
    O “mal” do nosso Brasil está nessa elite rançosa, detentora da mídia e que ainda mantém aquela aura de superioridade colonial (mantida na maior distância possível entre classes). Muitos faturam alto aqui, mas vão viver em Miami, como o Faustão.
    Quanto aos protestos, nada mais foi do que diversionismo a serviço de interesses políticos muito bem organizado. Tentem mobilizar algumas dezenas de pessoas e verão o quanto é difícil…agora imaginem milhões de pessoas “espontaneamente” nas ruas! *Vejam “O dia que durou 21 anos” onde percebe-se como se mobilizam “protestos legítimos”.
    Sou funcionário público e garanto que muita coisa que está errada é por incompetência de cada órgão, então é lá que tem que ser a pressão! Tal hospital não tem leitos, não tem médicos? Pressionem a Direção e talvez descubram que tem médicos, mas eles não vão trabalhar, por exemplo.
    Outra coisa: viram alguma pauta nesses protestos cobrando segurança pública, com legislação mais rígida para criminosos??
    * O segredo da sensação de segurança nos EUA talvez seja o fato desse país ter a maior população carcerária do mundo!!!!!

  • Os americanos, na iminência de um tufão, logo correm a se abastecerem de água, comida e outros ítens essencias, reforçam suas residências ou então abandonam suas cidades. O povo filipino não tem as mesmas condições ou quem sabe nem consciência sobre preparativos; no Brasil não seria diferente.
    Seja um tufão e\ou enchente, ainda acho que manter um pequeno estoque de água, enlatados, medicamentos, documentos e uma arma discreta em caixas plásticas bem vedadas e enterradas, seja um preparativo mínimo. Até porque sair da cidade pode ser a melhor opção, ao invés de ter que enfrentar pessoas desesperadas em busca dos recursos estocados. Por isso, quando vejo pessoas buscando auto-suficiência de alimentos em casa, acho duvidoso por dois motivos: ou seria tudo destruído ou atrairia uma multidão de famintos. Então, estoque para uma semana(que possamos carregar) e um plano de evasão seriam a melhor escolha na maioria dos casos.
    Outra coisa: sempre imaginamos nos defendendo de saqueadores, mas e se numa catástrofe ficarmos sem acesso a nossos preparativos? Também seremos mais um na multidão, e é bom que saibamos onde buscar recursos e ir antes de todos.

  • dar alerta de um possível tufão com os equipamentos disponíveis hoje é simples, porem dar a precisão do seu vento e a durabilidade é praticamente impossível e esse é o primeiro problema, pois todo ano filipinas recebe um alerta contra tufões porem o ultimo foi a mais de 10 anos.As pessoas esquecem rápido das coisas por isso a falta de preparação. Aqui no Brasil não é diferente e vou fazer um alerta…. aqui no estado do Mato grosso o clima não esta mudando, ele simplesmente ja mudou a chuva ta fora da época e ta tudo descontrolado e a tendencia é ficar pior. Bom, assim que passando o tufão e obviamente vc saindo vivo dele vem o segundo problema que é as pessoas, que infelizmente mais da metade das pessoas que eu conheço são ansiosas, depressivas e nervosas etc…não aguenta nem esperar um sinal, uma batidinha no carro e ja estão falando de sacar a arma. nem quero imaginar um brasileiro numa situação de pós desastre. 2 dia ja vai……Deus que me livre. bom então o melhor que nós podemos fazer é cuidar das pessoas que estão dentro do nosso plano de sobrevivencia e importante não saia desse plano pois pode ser mortal, não faça parte das “virgens loucas”, pode faltar azeite pra você e para elas.Em fim agradecer ao Julio Lobo por este texto ficou muito bom.parabéns

  • Sou médico, anestesiologista, e vou morar e trabalhar em New England, EUA. muito provavelmente em Boston, passei muito tempo lá, voltei, e posso GARANTIR, que isso que temos no Brasil, e digo com confiança, em TODO o Brasil, não é vida.
    Não é normal, não é certo. Não se deve viver assim, o tempo todo com medo, sem qualidade de vida, sem poder sair de casa e passear com seu filho no parque com medo de bandido, não é vida não poder ajudar uma pessoa caída na estrada (como o amigo disse no outro comentário) porque pode ser bandido fingindo estar acidentado… Vocês precisam entender que não deve ser assim! Estamos em 2013! Nossas casas não deviam ter cercas eletrificadas, não devíamos ter um LIXO de hospital sem equipamentos, não devia morrer gente por falta de uma agulha para intravenosa!!! que absurdo de vida estamos levando aqui?!
    Serei muito sincero.. eu amo o Brasil, eu amo meu país, mas não precisa ser assim. Eu não vou me submeter a essa vida medíocre. O que quero dizer com isso é que eu vi como as coisas nesse país estão erradas, e que existe outra realidade! Me desculpem, mas não vou viver o suficiente para ver o “país do futuro” finalmente conhecer esse “futuro” que nunca chega. Quando eu sair do Brasil, vou continuar com minhas preparações, sempre anônimo, sempre discreto.
    o carlossilvapb comentou “Há 10 anos, se eu dissesse que iria colocar uma cerca eletrificada na minha casa, seria motivo de chacota. Hoje em dia, são raras as casas que não as tem.”
    Porque as casas precisam disso? Porque estamos em uma sociedade quebrada.
    Me desculpem, acho que isso virou um desabafo… precisava mostrar minha indignação, porque muitos pensam que não dou valor pro nosso pais, muito enganado eles estão.. porem acima de meu país está minha vida, e pretendo viver dignamente, nem que para isso precise sair daqui.

    • Marcelo Rockett

      Meu caro, o problema não é o Brasil. Tu estás visitando lugares que representam o 1% da situação mundial. A desigualdade social é a pior e mais constante violência dentro da sociedade. Não se pode dividir o mundo em “cidadão de bem” e “bandido”, o mundo como um todo está em colapso social, chegamos em um ponto onde é visível que não deu certo. O que resta é abrir os olhos, reconhecer os erros e tentar modificar o que está errado. Vejo muitas vezes que os perfis de sobrevivencialistas é uma mistura de redneck americano misturado com um tipo de crocodilo dundee militar, com a preocupação em defender, se proteger e apenas se preparar para uma possivel tragedia no futuro. Porém, ninguém fala em mudar seus comportamentos para fazer a mudança hoje, e tentar evitar que estes problemas não ocorram. Ninguém quer abdicar de comprar carros menos potentes para economizar combustivel hoje! Ninguém fala em lutar para que a industria alimenticia cesse esta politica de envenenamento dos alimentos e dos rios com o unico objetivo de aumentar cada vez mais o lucro. É mais facil mudar o hoje… Grande abraço à todos.

      • Yoseph Makabi

        Olá Foguete.
        Vejo que você pode classificar os sobrevivencialistas como redneck americano misturado com o crocodilo dundee militar, mas os outros não podem dividir o mundo em “cidadão de bem” e “bandido”. Engraçado não??? Porque você pode julgar e classificar os outros e os outros não tem esse direito? Serás tu um deus ou segue a filosofia do grande mestre??? O mundo é dividido em gente boa e gente ruim… apenas existem nuances comportamentais, mas no fundo é isso: do “bem” e do”mal” o resto é filosofia. E pra terminar tem muita gente lutando pelas coisas que você tá falando. E tem gente faturando com isso, pois no fundo, com o status quo que está aí, tudo se resume em GRANA. Mas os crocodilos dundee (eu sou um deles) estão aí para quando o ser humano viver na pele que dinheiro não se come.
        SELVA!!!

      • Marcelo, eu concordo com o Yoseph…..
        Nosso país não tem tradição popular ou governamental de se preparar para nada… espera-se que alguém faça algo por todos….
        Você já tentou convencer as pessoas sobre os assuntos abordados por este site? Viu a dificuldade e como somos motivo de chacota, piadas, comentários? Uma senhora do meu local de trabalho (de quase 200 pessoas) também está do nosso lado. Ela é de origem alemã, veio ao Brasil muito pequena, mas está se preparando. É cultural. A maioria fazem piadas e dizem que estamos exagerando. Piadas de que somos McGyver, Batman e seu cinto de utilidades, Professor Cata Treco, etc….
        Sim, o mundo pode ser dividido entre pessoas de bem e pessoas más. Em situações extremas pessoas de bem podem se tornarem más. Não dá rotular pessoas específicas até ter que comer um quilo de sal com ela. Quando há doces em abundância todos são legais. Tentar lutar contra o “sistema” resolve algo? Tenho 50 anos, participei de vários movimentos e concordava com idéias e ideais que hoje vejo que foram ferramentas que alguns utilizaram para chegar ao poder e manter e piorar a forma de dominação que exercem sobre o pensamente de milhares de pessoas.
        É uma batalha perdida para a maioria. Portanto não adianta nosso pequeno grupo de sobrevivencialistas tentar mudar o mundo, pois não vai conseguir. O que podemos fazer sim é nos preparar para o pior que está por vir. E tentar sobreviver quando pessoas que apoiam o “sistema” “caçar” alguns de nós quando o caos estiver instalado. O comentário do André me fez lembrar de uma conhecida (nasceu e conheceu a pobreza do interior do Ceará, que hoje é empresária e esteve em setembro visitando a filha que casou e mora na Suiça, para onde foi a trabalho. Entre várias coisas interessantes ela ficou impressionada com os bunkers que haviam nas casas, e o que estava estocado nelas. Havia o mesmo para os apartamentos. Ela conheceu alguns outros países e voltou encantada e comparou com nosso país. Chorou. Enfim, não serão alguns sobrevivencialistas que vão mudar quase 500 anos de dominação e formação cultural, financeira, política e social de nosso povo. Veja como são tratadas as populações de alguns países de primeiro mundo quando ocorrem catástrofes. E veja o restante, que vivem na catástrofe. É duro, mas todos que conhecem melhores referências veêm o quanto estamos distante do minimamente recomendado em ações sociais.
        Na minha opinião quem leu seu comentário entende o que quis dizer… mas isto é dito há mais de 30 anos (começou no final da década de 70 e início da década de 80) e no que evoluímos significadamente na prática? É como diz o Robson… não podemos agir como as virgens que não foram prevenidas…. sabendo que o noivo virá…….
        Gostei muito da manifestação de todos….. obviamente todos compartilhamos do mesmo desejo e sempre alguém acrescenta um comentário útil……
        Abraços a todos…
        Não podemos contar que mudanças acontecerão para melhor, porque NÃO vão acontecer para melhor e sim para pior. É histórico e cíclico!

    • André,

      Entendo seu posicionamento. Creio que somente aqueles que não vivenciaram outras realidades (países mais avançados) não se indignam com a situação atual de nosso país.

      É triste, mas penso como você. Amo o Brasil e sua enorme diversidade, porém não posso dizer que admiro o povo brasileiro, dificilmente vejo o Brasil se tornando “o país do futuro” quando nossas fundações estão tão mal feitas e afetadas por anos e mais anos de manipulação governamental.

      Vai amigo, vai feliz e segue o que você acredita. Eu ainda vou ficar por aqui por mais um bom tempo, ainda tenho gás da juventude e um resto de esperança nessa minha terra amada.

      Abração

      • É isso mesmo!! ninguém vai deixar de viver com o conforto que pode proporcionar para si, pensando na indústria alimentícia, ninguém quer abdicar de comprar carros, por causa do combustível… nem vão!
        Eu também não vou, vamos deixar de ser hipócritas…
        Ninguém devia se privar de ter o que quer por causa que está inserido em uma sociedade que não funciona, que não te dá o mínimo.. segurança, saúde, e educação.
        Nada de “redneck americano”, sou bem esclarecido. Tenho em mente que nesse mundo, no final das contas é cada um por si, e o que todo mundo busca é ser feliz! Não estou preso em um tipo de pensamento “caipira”… Não vamos falar que o “politicamente correto” é que de DEVÍAMOS seguir, pq a gente sabe que ninguém se prejudica por um “bem maior”… escutem um conselho de quem tem mais experiencia de vida que vcs.. Deixar de viver com conforto, fazendo o que se acha certo e ser feliz, para pensar no “fazer a mudança hoje” e “tentar evitar que estes problemas não ocorram.” não da certo.
        Eu sei que é revoltante, que desde sempre nos contam a história que “a mudança começa com a sua mudança” e etc etc etc… isso infelizmente é história pra boi dormir! Um país NÃO MUDA rapidamente. se está uma bosta hoje, é pq vai continuar uma bosta por um bom tempo até que se comece a notar alguma mudança. Meu avô ouvia essa história de que o Brasil era o país do futuro.. e morreu vendo gente morrer por falta de sanamento básico. Somos um povo em que 99.999999% não passa de massa de manobra… o povo parou de protestar para ver a seleção ganhar a copa das confederações.. passou 1 mes e ninguem mais nem lembrava o motivo de ter ido as ruas.
        Então, não deixem de procurar uma oportunidade de ter uma vida tranquila, saudável, segura.. por causa de um pensamento de “ainda temos esperança”. Eu, que não tenho nenhuma influencia religiosa na minha vida, acredito que a gente tem que viver agora, pq sempre tem a possibilidade de não tem ter nada mais do “outro lado” né. uehuehueh
        abraço

      • Luiz Carlos

        Concordo com o medico ali de cima,não é normal oque esta havendo no Brasil,estamos vendo a maior exportação de escravos(cubanos obrigados a aceitar o trabalho)desde a colonização ea mídia trata como normal,voltando ao ponto vi uma loja que vendia concertina,que era usada em guerra para evitar o avanço do inimigo,logo a frente,casas e condomínios,todos ja tinham instalado,não há liberdade,o Brasil é maravilhoso mas a grande maioria da população esta perdida,letárgica o que a grande mídia passa hoje nada mas é do que lavagem cerebral.

  • O mais preocupante é que já sabiam que iria chegar esse tufão, a meteorologia acertou em cheio e mesmo assim as pessoas não se prepararam, talvez subestimando o tufão ou achando que os ventos previstos de 300km/h não fariam tudo aquilo.

    Informação atualizada e de confiança faz parte da preparação!

  • Yoseph Makabi

    É isso aí Carlos. Sempre pronto! Sempre alerta! Isso que está ocorrendo nas Filipinas poderá ocorrer em escala mundial e, neste caso, nós estaremos no espeto do saci. Ouçam a voz da razão e preparem-se. É MELHOR TER (OU SABER) E NÃO PRECISAR DO QUE PRECISAR E NÃO TER (OU NÃO SABER).
    SELVA!!!

  • A cada dia estamos mais fortes devido a esse tipo de trabalho de conscientização que vem sendo feito por alguns blogs e sites. Parabéns pela matéria!

  • Neto Romero

    Parabéns mais uma vez, Julio. Excelente matéria.

  • carlossilvapb

    Poucos sabem que sou adepto da preparação e que eu e minha família temos um refúgio em caso de crise. Não costumo falar sobre isso, mesmo com a maioria dos meus amigos. Até tentei conversar com alguns, mas sempre falam que sou paranoico. E, após ver alguns vídeos, tanto de sobrevivencialistas brasileiros, como o Batata, como vídeos sobre possíveis tragédias, em que o conselho é tentar passar despercebido, tenho sido muito discreto. Mas, mais do que a preparação em termos de víveres e equipamentos, é a preparação mental. É saber que, por mais doloroso que seja, em caso de crise é cada um por si. A sociedade permite que sejamos solidários em vários momentos, desde a doação de um prato de comida para aquela senhora que está com fome, até a ajuda financeira à instituições como a Pastoral da Criança. Mas, mesmo sem crise, não podemos ser solidários em certos momentos. Posso ser taxado de egoísta ou desumano, mas, se, por exemplo, eu venho em uma estrada e vejo uma moto caída e uma ou duas pessoas também caídas, eu passo direto, não paro. Mais a frente, eu pego o celular e ligo para o serviço de emergência. Não dá pra confiar. Pode ser ladrão fingindo-se de acidentado. Imagine então em um cenário de crise. Infelizmente, para ser bem sincero, parece que já estamos em tempos calamitosos, a medida em que, cada vez mais, temos que tomar medidas cada vez mais drásticas para garantir nossa sobrevivência. Há 10 anos, se eu dissesse que iria colocar uma cerca eletrificada na minha casa, seria motivo de chacota. Hoje em dia, são raras as casas que não as tem. Antes de abrir o portão de casa, sempre olho os arredores, para ver se não tem pessoas estranhas. Ando na rua sempre alerta. Pensando bem, estamos em tempos pré-crise. Não se pode chamar essa vida que levamos hoje, nas pequenas e grandes cidades, de normal. Viver com medo não é normal. Portanto digo sempre: Mantenham-se preparados. E que Deus ajude os filipinos a atravessar esse momento terrível da melhor forma possível.

    • Carlos,

      Infelizmente o mundo atual nos força a adotar uma postura mais individualista. Estamos a tanto tempo imersos nessa cultura de medo, consumismo e egoísmo que damos ela por natural, porém diria que já estamos vivendo em crise a muito tempo.

      Ter o posicionamento como o seu é mais do que correto, afinal, você está priorizando aquilo que realmente importa, sua família e a sua vida.

      Obrigado pelo comentário. Abração.

    • Muito bom, só discordo da questão de viver com medo não ser uma coisa normal

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